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França: Revisão da Lei de Bioética visa limitar a extração forçada de órgãos e o tráfico de órgãos

9 de setembro de 2020 |   Pelo correspondente do Minghui na França, Zhou Wenying

(Minghui.org) Uma revisão da Lei de Bioética Francesa avançou para o Senado em janeiro de 2020, quando quatro senadores apresentaram um projeto de lei para estabelecer um sistema de registro dos cidadãos franceses que recebem transplantes de órgãos no estrangeiro e para rastrear a origem dos órgãos. A sensibilização para a extração forçada de órgãos e o tráfico de órgãos aumentou recentemente na França.

O Senado francês reúne-se no interior do Palácio do Luxemburgo.

Para chamar a atenção para a revisão da lei, os praticantes do Falun Gong e organizações de direitos humanos reuniram-se no exterior do edifício do Senado na tarde de 23 de janeiro.

A França assinou a Convenção do Conselho da Europa contra o Tráfico de Órgãos Humanos (CETS n°216) em novembro de 2019 e tornou-se o 25º país signatário do tratado.

"O tratado estipulava que é crime tirar órgãos de corpos vivos ou mortos na Europa e no resto do mundo. Este é um princípio que a França defenderá, e nós legislamos as nossas leis em conformidade", disse Agnès Buzyn, a ministra francesa da saúde.

Muitos senadores expressaram a sua preocupação pelo fato dos órgãos dos praticantes do Falun Gong estarem sendo retirados à força pelo regime comunista chinês.

O senador Oliver Cadic disse que o governo chinês ignorou o indivíduo e os seus direitos para poder retirar os órgãos das pessoas. "Obviamente, isto é totalmente desumano. O tema [da extração de órgãos] é muito importante porque viola a integridade do corpo humano", disse ele.

O senador Olivier Paccaud disse que a extração forçada de órgãos é uma das coisas mais terríveis da sociedade. "Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para acabar com isto". Quão baixo pode uma pessoa ir antes de perder a sua alma".

O senador Serge Babary disse: "Devemos proibir a comercialização do corpo humano, incluindo qualquer parte do corpo humano. Para proibir o tráfico de órgãos, um sistema para rastrear a origem dos órgãos é um imperativo".

A  senadora Esther Benbassa disse: "Se não houver um sistema para localizar a origem dos órgãos, haverá um comércio ilegal de órgãos e muitos outros comportamentos antiéticos".

O senador Jérome Bascher disse: "Toda a informação sobre doação de órgãos deve ser rastreada para evitar o tráfico de órgãos".

O sistema proposto pela França para registrar todos os transplantes no estrangeiro é o primeiro na Europa. Se a lei for aprovada pelo senado francês, irá fazer avançar a gestão do transplante de órgãos em toda a Europa.

A revisão da Lei de Bioética tem de ser aprovada tanto pela Assembleia como pelo Senado e espera-se que o processo seja concluído no verão de 2020.

Os praticantes demonstram os exercícios do Falun Gong durante uma manifestação em frente ao Edifício do Senado na França.

Fiorella Luna, representante da Coligação Internacional para Acabar com o Abuso de Transplante na China (ETAC) na França, afirmou: "A situação atual na China é que dissidentes como o Falun Gong, os Uighurs, os Tibetanos, e os Cristãos são assassinados. Os seus órgãos são retirdos e vendidos para transplantar pacientes. Queremos que o governo francês e o Parlamento ajudem a parar a perseguição e a parar a extração forçada de órgãos".

Atraídos pela manifestação, muitos transeuntes expressaram as suas opiniões. Laurene Cippe, uma estudante licenciada em Geografia, assinou o seu nome em uma petição para acabar com a extração forçada de órgãos. Ela disse: "Esta extração forçada de órgãos não deve existir e deve ser condenada pelo mundo. Esta manifestação é muito importante e permite que as pessoas saibam o que está acontecendo".

Charles, um estudante universitário que estuda Economia, disse: "Aqueles que forçarem a extração de órgãos de outras pessoas devem ser condenados à pena de morte. O Partido Comunista não quer saber dos direitos humanos. Não devíamos depender da China. Não devíamos concordar com o que eles fizeram. Não devemos apoiar aqueles que violam os direitos humanos".

Hubert, um eletricista, disse que mais pessoas deveriam estar cientes da extração forçada de órgãos, tomar medidas, e não deixar o regime comunista encobri-la.