(Minghui.org) Eu sempre fui tímida. Pouco depois de ter começado a praticar Falun Dafa mudei-me de cidade, por isso tive muito poucas oportunidades de interagir com outros praticantes. Como estava ocupada trabalhando, esqueci-me frequentemente de estudar os ensinamentos do Fa e gradualmente comecei a afastar-me do cultivo. Estava também apegada a divertir-me e a viver confortavelmente.

Fui presa e levada para um campo de trabalho forçado. Fiquei assustada, cedi à intensa pressão e renunciei à minha fé. Para me consolar, usei a desculpa de não estar apegada à consumação. Contudo, o Mestre compassivo nunca desistiu de mim e nas minhas horas mais negras no campo de trabalho forçado, conheci várias praticantes. A sua firme crença no Dafa ajudou-me a regressar ao cultivo.

Inspirada por outras praticantes

Quando cheguei ao campo de trabalho, o meu comportamento e a minha mentalidade não eram diferentes dos de uma pessoa comum. Um dia conheci outra praticante que tinha assistido por três vezes às palestras do Mestre.

Ela disse-me que, durante uma aula, o Mestre apertou as mãos dos alunos. Perguntei-lhe: "Em que estava pensando neste momento"? Ela respondeu: "Não pensei em nada. Quando olhei para o Mestre, não tive pensamentos que me distraíssem. O tempo parecia estar parado". Quando ela disse isto, lembrei-me das palavras de Mestre: 

"...a luz do Buda ilumina tudo e harmoniza todas as coisas”. (Zhuan Falun)

Ela descreveu como já tinha sido perseguida. Foi levada para um hospital psiquiátrico e recebeu drogas psicotrópicas. Quando as cuspiu, a sua saliva queimou o chão de concreto. No entanto, ela não foi afetada. Ao ouvi-la, fiquei comovida com a grande compaixão do Mestre e como o Dafa é milagroso!

Senti-me muito encorajada depois de ouvi-la e lembrei-me dos ensinamentos que havia lido. Percebi que tinha estado meramente suprimindo os meus apegos por causa do meu caráter introvertido. Percebi que devia cultivar honestamente e parar de esconder os meus apegos.

Conheci uma praticante nos seus 60 anos que me disse que tinha quase morrido quando os seus perseguidores tentaram sufocá-la com toalhas molhadas. Apesar de ser quase analfabeta, ela podia recitar muitos dos ensinamentos do Mestre. Ela memorizou o Fa ao ouvir os outros lerem. Ela podia recitar todos os ensinamentos do Hong Yin. Quando fazíamos trabalho forçado, recitávamos frequentemente o Hong Yin. Sempre podíamos contar com ela para nos corrigir se esquecêssemos de uma frase. O seu coração puro para com Dafa e o Mestre inspirou-me tremendamente. Mesmo os guardas já não se preocupavam mais em tentar "transformá-la" porque sabiam que isso seria uma perda de tempo.

Outra praticante tinha memorizado uma grande parte dos ensinamentos do Fa. Ela escreveu as novas palestras do Mestre e transmitiu-as a outros praticantes. Os guardas não conseguiram perceber, porque revistaram minuciosamente todos os praticantes. Por vezes esperavam até que os praticantes tomassem banho e depois revistavam os seus pertences.

Os guardas do campo perguntaram finalmente a esta praticante: "Onde vocês está escondendo os artigos? Como você os trouxe?" A praticante apontou para a sua cabeça e disse: "Estão todos aqui!" A sua resposta deixou os guardas sem palavras. Admirei a sua coragem e entusiasmo, apesar do nosso ambiente horrível.

Voltando ao caminho do cultivo

Depois de regressar do campo de trabalho forçado, um colega praticante ajudou-me a escrever uma declaração solene e a enviá-la para o site do Minghui para anular todos os acordos que eu tivesse feito enquanto estava detida. Utilizei o meu nome verdadeiro para anular tudo o que eu dissse ou fiz que não estava de acordo com o Dafa. Também utilizei o meu nome verdadeiro para me retirar do Partido Comunista Chinês (PCC) e das suas organizações juvenis. Finalmente retomei a prática do Falun Dafa.

O Mestre disse:

"Certamente, não reconhecemos nenhum arranjo das velhas forças. Eu, seu Mestre, não reconheço. Certamente, os discípulos do Dafa tampouco devem reconhecê-lo". (Ensino do Fa no Fahui de Chicago, 2004" ).

Não tem sido fácil para mim voltar ao cultivo. Contudo, acredito firmemente no Mestre e no Dafa e posso sentir o Mestre cuidando de mim.

Nunca esquecerei os praticantes que conheci enquanto estava detida. Lembrá-los me encoraja a avançar rapidamente e a rejeitar as tentações da vida quotidiana. Estou agora verdadeiramente motivada para estudar o Fa diligentemente.