Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

Manifestação do Falun Gong em Washington DC marca 20 anos de resistência à perseguição

24 de julho de 2019 |   Pelo correspondente do Minghui, Xia Yanchu

(Minghui.org) Cerca de 2.000 praticantes e apoiadores do Falun Gong realizaram uma manifestação em 18 de julho de 2019, no gramado oeste do Capitólio dos EUA, em Washington DC, pedindo o fim dos 20 anos de perseguição contra o Falun Gong na China. Os 20 anos de resistência pacífica à perseguição são uma história de não-violência, sabedoria, tenacidade e criatividade, de acordo com os palestrantes.

A Freedom House creditou os esforços dos praticantes do Falun Gong como “dar energia ao trabalho que nós, aqui, em Washington DC precisamos fazer”. Muitas organizações sem fins lucrativos elogiaram o Falun Gong por fornecer esperança e ajudar outras pessoas que não fazem parte do Falun Gong. 22 representantes dos EUA enviaram cartas de apoio à manifestação.

A condenação da extração forçada de órgãos foi outro foco da manifestação. Muitos oradores mencionaram o trabalho do Tribunal da China, que terminou em 17 de junho de 2019, no qual concluiu que “na China a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência tem sido praticada por um período substancial de tempo envolvendo um número muito substancial de vítimas”.

"Este é o ponto culminante de duas décadas de esforços", resumiu Alan Adler, diretor executivo da Friends of Falun Gong, ao abrir a manifestação. Nos dias seguintes ao pronunciamento do Tribunal da China, pelo menos 100 reportagens foram publicadas por agências de notícias de grande e pequeno porte, em todo o mundo.

Foi consenso entre os palestrantes que, embora o Congresso dos EUA tenha aprovado cinco resoluções, em 1999, 2002, 2004, 2010 e 2016, mais trabalho precisa ser feito.

Enquanto a segunda reunião ministerial anual para promover a liberdade religiosa ocorria no Departamento de Estado, onde o presidente Trump se reuniu com sobreviventes de perseguição religiosa, incluindo praticantes do Falun Gong, organizações sem fins lucrativos pediram ao governo dos EUA que impusesse sanções globais à Magnitsky contra as autoridades chinesas envolvidas por perseguir os praticantes do Falun Gong e por haver cometido outros abusos dos direitos humanos na China, bem como impor penalidades mais rigorosas para a China sob a Lei de Liberdade Religiosa Internacional.

Os praticantes e apoiadores do Falun Gong realizaram uma manifestação em 18 de julho de 2019 para marcar o 20º ano de resistência pacífica à brutal perseguição do PCC contra o Falun Gong na China.

22 representantes dos EUA enviaram cartas de apoio à manifestação em 19 de julho de 2019.

Representantes dos EUA condenam a perseguição

Steve Chabot, congressista dos EUA.

O congressista Steve Chabot disse: “O Partido Comunista Chinês é verdadeiramente bárbaro. Prisões injustas, a chamada “reeducação” — lavagem cerebral, na verdade — tortura, extração forçada de órgãos e assassinato são as ferramentas que eles usam para sufocar o movimento do Falun Gong… Agora eles estão fazendo as mesmas coisas para os uigures. Tais táticas não têm lugar em uma sociedade civilizada. No entanto, são comuns na China comunista”.

O congressista Chabot representa o Estado de Ohio e atua no Comitê de Relações Exteriores. “Nenhum governo, muito menos o Partido Comunista Chinês, tem o direito de negar a liberdade de religião. Enquanto ainda estiver no Congresso, eu e muitos dos meus colegas republicanos e democratas lutaremos pelo direito de vocês de praticarem livremente na China”.

Sheila Jackson Lee, congressista dos EUA.

“Que triste, saber que cem milhões de pessoas estão sendo reprimidas e os números continuam crescendo”, disse a congressista Sheila Jackson Lee, que também é membro da Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos e membro do Comitê Judiciário e Comitê de Segurança Interna.

“Acredito na liberdade religiosa para todas as pessoas e acredito que deva haver uma resposta para os familiares das pessoas que morreram ou estão desaparecidas, apenas por não desistirem do que elas acreditam... Acreditamos que a China também deva aceitar o fato de que não podemos ter uma perseguição constante de pessoas que apenas querem praticar ou serem capazes de estar com a família do Falun Gong”.

Ela citou Martin Luther King Jr.: “Injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares”. Lee acrescentou: “Sua injustiça é nossa e isso significa que não vamos desistir… Nós nunca, nunca, nunca desistiremos. O Falun Gong deve avançar em força, humanidade, poder e vitória”.

O trabalho do Tribunal da China levanta novas preocupações com a extração forçada de órgãos

A preocupação com a extração forçada de órgãos tem sido um tema nesta manifestação anual nos últimos anos. O trabalho e a conclusão do Tribunal da China trouxe um foco maior neste tema este ano.

Gayle Manchin, vice-presidente da United States Commission on International Religious Freedom (USCIRF)

Gayle Manchin, vice-presidente da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos (USCIRF), disse: “Em 2015, o governo chinês alegou ter proibido a prática de extração de órgãos de prisioneiros, incluindo os praticantes do Falun Gong que foram presos por suas crenças. No entanto, no mês passado, um tribunal independente de especialistas e defensores de direitos humanos encontrou evidências confiáveis de que a extração forçada de órgãos continua até hoje. Esta é realmente uma alegação perturbadora, que esperamos que o governo dos EUA investigue completamente”.

Ela disse que a situação dos direitos humanos na China hoje é pior do que há 20 anos e citou estatísticas do Minghui.org afirmando que “o governo chinês prendeu 688 praticantes do Falun Gong por suas crenças, em abril passado”.

Benedict Rogers, líder da equipe da Ásia Oriental com Christian Solidarity Worldwide.

Benedict Rogers, líder da equipe da Ásia Oriental com a Solidariedade Cristã Global, recebeu a Friends of Falun Gong, dando seu prêmio anual de direitos humanos à ETAC, uma organização de caridade que ajudou a organizar o Tribunal da China. O Sr. Rogers faz parte do conselho consultivo da ETAC.

“Acredito que as descobertas do Tribunal da China são extremamente importantes. Eles concluíram que a extração de órgãos, além de qualquer dúvida, tem acontecido na China e que não há evidências de que isso tenha parado”, disse ele. "Eu peço aos governos de todo o mundo que levem esse relatório a sério”.

Suzanne Scholte, presidente do Defense Forum Foundation.

Suzanne Scholte, presidente da Fundação Fórum de Defesa, disse: “Somos gratos a heróis como David Matas, David Kilgour e Ethan Gutmann, que documentaram os horrores que aconteceram nos hospitais da China, onde foram colhidos 100.000 órgãos, decorrendo no assassinato de muitos praticantes do Falun Gong. Eu quero fortemente encorajá-lo a nunca, nunca, nunca desistir até que os direitos humanos dados por Deus sejam respeitados. Nossos governos estão finalmente acordando para isso”.

Dra. Linda Lagemann, comissária do Citizens Commission on Human Rights (CCHR).

A Dra. Linda Lagemann, comissária da CCHR, Comissão de Cidadãos para os Direitos Humanos, também citou a conclusão do Tribunal da China e acrescentou: “A Comissão de Direitos Humanos pede que o Tribunal Penal Internacional intervenha nas atrocidades injustificáveis dos direitos humanos cometidas contra os praticantes do Falun Gong. Também pedimos à Associação Mundial de Psiquiatria que se posicione junto ao Congresso, a outras legislaturas e às Nações Unidas em nome do Falun Gong, e rompa com seu histórico terrível de não abordar e disciplinar o papel de seus membros nesses crimes”.

O regime do PCC é um governo criminoso: a perseguição precisa parar

Benedict Rogers também destacou uma das conclusões do Tribunal da China: “Qualquer um, levando em conta as evidências que encontraram, qualquer um que interaja com o Estado chinês, não a China como país, não a China como povo, mas o Estado do Partido Comunista Chinês, deve estar ciente de que está interagindo e se envolvendo com um estado criminoso. Isso deve ser conhecido pelo mundo. É hora de enfrentar o estado criminoso do Partido Comunista Chinês. É hora de dizer o suficiente sobre a perseguição ao Falun Gong, a perseguição de outros, a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência”.

David Kilgour, ex-secretário de Estado (Ásia-Pacífico) do Canadá e candidato ao Prêmio Nobel da Paz.

David Kilgour, um dos pioneiros em investigar a extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong, citou Charles Burton, ex-conselheiro na embaixada canadense em Pequim e professor de ciência política na Universidade de Brock: “A China é uma ameaça existencial ao pluralismo, democracia e sociedades de pensamento livre, porque fomos cegados pela ganância. Há mais de 25 anos, desviamos o olhar quando as autoridades comunistas ignoram as normas internacionais de direitos humanos e comércio justo”.

Marion Smith, diretor executivo da Victims of Communism Memorial Foundation.

Marion Smith, diretor executivo da Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo, disse: “Vi em uma das faixas que 337 milhões renunciaram ao Partido Comunista Chinês. Eu acho que há também muitas pessoas no Ocidente que realizaram propaganda em nome do Partido Comunista Chinês. Eu acho que eles deveriam aproveitar a oportunidade para também pedir desculpas, recuperar a consciência e parar de participar das mentiras do Partido Comunista Chinês”.

Dede Laugesen, diretora executiva de Save the Persecuted Christians.

Dede Laugesen, diretora executiva da Salve os Cristãos Perseguidos, disse: “Estou diante de vocês como uma mãe estadunidense preocupada com pessoas como vocês, cujos membros da família, cujos amigos, cujos colegas foram tão brutalmente prejudicados pelo Partido Comunista Chinês. Quero assegurar-lhe que vocês estão em nossas orações e em nosso trabalho. Nós estamos juntos, unidos, como indivíduos contra os regimes do mal que buscam calar nossa voz. Nós estamos com vocês por verdade, por compaixão, por tolerância. Estes são os princípios do Falun Gong. E eles também são nossos”.

Ela acrescentou: "Nós assinamos uma carta multi-fé, exigindo que os facilitadores da perseguição aqui nos Estados Unidos, escritórios de advocacia estadunidenses que fazem lobby em nome de perseguidores como a China sejam chamados e solicitados a deixar seus esforços de lobby em nome de esses regimes. Que eles não sejam legitimados e que não possam receber tratamento especial aqui nos Estados Unidos. Especificamente, o Squire Patton Boggs, um dos escritórios de advocacia mais proeminentes dos Estados Unidos, faz lobby em nome do regime chinês”.

A história dos praticantes do Falun Gong é de coragem e esperança

Gayle Manchin, o vice-presidente da USCIRF, agradeceu aos praticantes do Falun Gong por seus esforços: “O governo chinês tenta esconder seu crime da comunidade internacional, mas a disposição de vocês em falar a verdade expôs essas mentiras para o mundo ver. É graças ao espírito e energia de pessoas como vocês, apesar dos desafios atuais, que temos todos esperança sobre a liberdade religiosa na China”.

Annie Boyajian, diretora de Advocacia na Freedom House.

“Os que acreditam no Falun Gong na China reagiram à perseguição do PCC com tenacidade, não-violência e criatividade”, disse Annie Boyajian, diretora de advocacia na Freedom House, ao apontar vários exemplos. Praticantes dentro e fora da China se unem para se comunicar diretamente com agentes de segurança e juízes na China por telefone e pessoalmente; e conseguiram garantir a libertação de alguns praticantes detidos".

Ela acrescentou: “Enfrentando o sistema de vigilância e censura mais sofisticado do mundo, os praticantes do Falun Gong provaram ser particularmente adeptos de não apenas desenvolver novas soluções para preservar o acesso à informação, liberdade de expressão e privacidade de dados, mas também disseminá-los no nível básico".

“Essas vitórias são encorajadoras e dão energia ao trabalho que nós aqui em Washington DC precisamos fazer... Enquanto os praticantes do Falun Gong continuam a ganhar pequenas vitórias dia após dia em toda a China, aguardamos ansiosamente o dia em que praticantes de todas as religiões possam praticar livre e abertamente a sua crença no país mais populoso do mundo”.

Faith McDonnell, diretor de Religious Liberty Programs no Institute on Religion and Democracy

.Faith McDonnell, diretora dos Programas de Liberdade Religiosa do Instituto sobre Religião e Democracia, discursou na manifestação anual de julho por quase 20 anos. Ela disse: “Eu sou incrivelmente abençoada e inspirada por todos vocês, pela habilidade que vocês têm de permanecer firmes em meio ao que tem ocorrido; e mostraram a verdade antes que a verdade surja como evidência: o que nós agora conhecemos em termos da extração forçada de órgãos”.

Ela elogiou os esforços dos praticantes do Falun Gong em ajudar os chineses a renunciar ao Partido Comunista Chinês (PCC). "Muito obrigada por isso. É graças a vocês, sua verdade e posição pela verdade, que isso aconteceu, que tem havido pessoas corajosas o suficiente para desistir do comunismo online desse jeito".

“Vocês também estão ajudando outras pessoas que não fazem parte do Falun Gong. Sou cristã e os cristãos na China estão sendo perseguidos. Vocês estão a favor deles quando defendem a verdade. Vocês estão a favor dos uigures, que estão sendo colocados em campos de concentração no Turquestão Oriental. Vocês estão a favor dos refugiados norte-coreanos, que estão sendo empurrados de volta ao seu próprio país pela China para enfrentar a morte certa na Coreia do Norte”.

Benedict Rogers compartilhou: “O embaixador geral dos Estados Unidos pela Liberdade Religiosa, Sam Brownback, disse que a China está em guerra contra a fé. Ele também disse que é uma guerra que não vencerá. A coragem e a perseverança dos praticantes do Falun Gong, mesmo aqui em Washington DC, de ficarem em pé neste calor intenso que temos hoje, mas estão em pé apesar disso, em solidariedade aos seus colegas praticantes na China; a coragem e a perseverança dos praticantes na China persistindo contra a perseguição, é uma inspiração. É por isso que tenho o prazer de estar com vocês hoje”.

Wendy Wright, presidente da Christian Freedom International.

O que aconteceu com o Falun Gong também acontecerá com os cristãos. Deus abençoe vocês! Como vocês falam em nome dos outros, estão sendo uma voz para os outros”, disse Wendy Wright, presidente da Liberdade Internacional Cristã.