The Associated Press

DETROIT, 30 de março de 2002 – No sábado, um praticante norte-americano do Falun Gong que foi detido em Pequim retornou aos Estados Unidos dizendo que havia sido interrogado e ameaçado antes de ser deportado.

Jason Pomerleau, 25 anos, disse que foi apenas por causa da nacionalidade que ele e sua namorada canadense, Christine Loftus, 22 anos, foram libertados sem muitos danos.

“Se fossemos chineses, teríamos sido seriamente espancados”, disse Pomerleau, do Aeroporto Metropolitano de Detroit, onde ele chegou em um voo de Pequim e esperou por um voo de conexão para Boston. “Nós somos muito, muito sortudos”.

Seu irmão, Daniel Pomerleau, estudante da Clark University em Worcester, Massachusetts, foi preso na quarta-feira enquanto distribuía panfletos do Falun Gong e foi deportado no mesmo dia.

Jason Pomerleau disse que ele e Loftus, na quinta-feira, planejaram distribuir materiais do Falun Gong em um mercado de eletrônicos.

“Nós estávamos entrando no ônibus, quando alguém à paisana nos agarrou”, disse Pomerleau. “Imediatamente minha reação foi : Não fizemos nada de errado. Não cometemos nenhum crime”.

Pomerleau disse que juntos eles foram interrogados e naquela noite, mais tarde, foram separados.

Pomerleau, um técnico de laboratório do Joslin Diabetes Center, em Boston, disse que houveram muitos “empurrões” e ele foi ameaçado.

“Não estávamos nem um pouco zangados com essas pessoas”, disse ele. “Nós não mostramos nada além de bondade para com elas. Por isso, foi difícil para elas serem agressivas com nós”.

Loftus, uma estudante da Brock University em St. Catherine, Ontário, foi libertada na noite de sexta-feira, disse ele.

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Milhares de membros do Falun Gong foram detidos na China e o grupo alega que centenas foram mortos pela polícia. Pequim nega abusar dos seguidores do Falun Gong.