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Percebendo as ações daqueles ao nosso redor como espelhos em nosso caminho de cultivo

23 de abril de 2019 |   Por um praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Se um cultivador vê algumas más ações nos outros, isto geralmente aponta para alguns apegos que devem ser removidos de sua parte. Se ele não prestar atenção, esses apegos o seguirão por toda parte como uma sombra.

O Mestre Li disse:

Cultivo é cultivar o coração da pessoa e cultivar a si mesmo. Quando há problemas, conflitos, dificuldades e tratamento injusto, ainda se pode buscar em si mesmo e olhar para dentro de si mesmo, e isso é cultivo verdadeiro, somente assim se pode melhorar continuamente, somente assim se pode caminhar retamente no caminho de cultivo.” ("Uma mensagem de congratulação à Conferência do Fa de Taiwan")

Se os pensamentos retos não são fortes, ou se ele é controlado por noções adquiridas, ele gradualmente se torna apegado demais a assuntos mundanos. Recentemente, percebi que, como os praticantes estão entre as pessoas comuns, o Mestre sabia que alguns deles ficariam confusos; por isso, usou outros para nos fazer perceber, refletir e cultivar a nós mesmos.

O que quer que vejamos, ouvimos ou pensamos, o Mestre usa os outros como espelhos para refletir as nossas noções que não removemos e nos ajuda a identificar suas origens e cultivá-las.

Por algum tempo, eu não soube como me cultivar ou como buscar interiormente. Eu sempre via as pessoas e incidentes ao meu redor a partir da perspectiva de uma pessoa comum, o que fazia eu me sentir inferior e chateado. Ao me deparar com o comportamento de outros, não pensava em refletir sobre mim mesmo e olhar para dentro.

O Mestre declarou:

Sendo um discípulo do Dafa, vocês não podem relaxar em seus próprios cultivos, devem se aferrar a se cultivarem bem. Quanto mais complicadas forem as coisas, mais vocês poderão cultivar na confusão; quando mais tribulações encontrarem e mais se depararem com assuntos infelizes, mais devem vê-los de forma inversa: essas coisas são todas degraus para vocês poderem se cultivar, degraus para se elevarem. Digam todos, não é assim? (Os Discípulos do Dafa devem estudar o Fa – Fahui realizado em Washington DC, 2011)

Eu finalmente percebi que o que eu testemunhei nas más ações de outras pessoas indicava que eu também tinha essa mesma noção. O Mestre usou o comportamento de outras pessoas para me mostrar e deixou-me ver claramente o meu falso eu; aquelas coisas que eu adquiri pós-natalmente. Se conseguirmos perceber isso e pedirmos ao Mestre que nos fortaleça, podemos eliminar essas noções pós-natais com pensamentos retos. Agora, olhando para trás, lamento ter perdido tantas oportunidades de me cultivar.

O espelho que encontrei no trabalho

Sou vice-diretor da escola e meu desempenho no trabalho tem sido excelente. Eu senti que tinha ganhado a capacidade de ser um chefe. Por muitos anos, trabalhei com vários supervisores, sempre pensando que suas habilidades eram medíocres e que eles não estavam qualificados para serem meus supervisores. A inveja fazia com que eu me achasse melhor que eles. Eu era muito orgulhoso e competitivo. Sempre comentava sobre suas opiniões e os obrigava a adotar minhas sugestões. Só então me sentia satisfeito.

Com meu atual chefe-executivo, percebo que suas habilidades de compreensão são boas, mas ele é muito competitivo. Ele também gosta de criticar e desprezar os outros. Eu trabalhei com ele por muitos anos, o tempo todo competindo um com o outro. E às vezes até gostávamos de fazer truques atrás das costas um do outro.

Eu não considerei meu tempo com ele como o arranjo cuidadoso do Mestre para melhorar meu caráter (ou xinxing), nem usei isso como uma oportunidade para refletir e cultivar a mim mesmo.

Não, até que recentemente comecei a perceber a verdadeira razão: o Mestre me transferiu para trabalhar com ele. Ele refletia cada uma das minhas noções e apegos. Era exatamente o mesmo que o meu eu sombra falso e pós-natal. Como praticante, devo remover meus apegos enquanto me protejo contra o meu eu sombrio.

Os espelhos na minha família

Eu tenho dois irmãos e todos nós vamos bem em nossas carreiras. Adoramos competir e conversar uns com os outros sobre nossos próprios negócios. Meu pai tem mais de 70 anos e também é uma pessoa muito capaz. Ele foi o oficial da vila por muitos anos e nos contratou como funcionários do governo.

Ele era muito orgulhoso e sempre desprezava os outros com um tom sarcástico. Quando ele falava com as pessoas, ele não olhava ninguém nos olhos. Sempre que estava em casa, tentava convencê-lo de que minhas opiniões estavam corretas; como consequência, tanto ele quanto eu ficamos infelizes.

Recentemente, descobri que o Mestre providenciou para que meu pai fosse meu espelho, com o propósito de refletir meu próprio orgulho e preconceitos. Além disso, as demonstrações e admiração de meus familiares pelo poder também eram meus próprios apegos. Percebi minhas falhas e imediatamente pedi ajuda ao Mestre. Então enviei pensamentos retos para remover essas noções.

Agora as pessoas comentam que meu pai é muito mais educado e amigável. Quando vou para casa conversar com ele, ele me ouve e não discutimos mais um com o outro.

Os espelhos na sociedade

Além de nosso ambiente de trabalho e família, a sociedade (em geral) nos oferece oportunidades de nos cultivarmos a qualquer momento. O comportamento de outra pessoa também pode refletir nossas noções e nos permitir cultivá-las e melhorar a nós mesmos. Então, nós sempre temos que olhar para dentro e nos purificar enquanto caminhamos no caminho divino.