(Minghui.org) A perseguição do Partido Comunista Chinês ao Falun Gong, agora em seu 20º ano, continua inabalável em muitas regiões da China. De acordo com informações recolhidas pelo Minghui.org, em 2018, de janeiro a novembro, 831 praticantes foram condenados à prisão por sua fé.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática espiritual baseada nos princípios da Verdade-Compaixão-Tolerância. O ex-líder do partido comunista, Jiang Zemin, ordenou uma campanha nacional contra a prática em julho de 1999. Aqueles que praticam o Falun Gong ficam sujeitos a violações flagrantes de direitos humanos, incluindo prisões e detenções arbitrárias, trabalho forçado, prisão, tortura horrível e extração de órgãos.

O Sr. Wang Yuelai, residente da província de Hunan, foi preso em 24 de janeiro de 2018 durante a leitura de livros do Falun Gong com três outros praticantes. Ele foi condenado a três anos em 10 de abril e multado em cinco mil yuanes. Três meses depois de ter sido levado para a prisão em 14 de maio, ele desenvolveu graves problemas de saúde, mas foi-lhe recusada a liberdade condicional, mesmo depois de um médico ter emitido três notificações de estado crítico. A sua saúde continuou a deteriorar-se e ele faleceu na prisão em 31 de agosto de 2018. Ele tinha 56 anos.

Os 831 praticantes condenados representam 27 províncias e municípios da China, com Shandong (96), Liaoning (90), Hebei (67), Heilongjiang (58) e Sichuan (48) como as províncias com mais condenações.

Em média, foram condenados mensalmente 76 praticantes, com o mês de setembro registrando o maior número, com 110 prisões.

Devido ao bloqueio de informações pelo PCC, o número de praticantes do Falun Gong condenados nem sempre pode ser reportado em tempo útil, nem informações detalhadas estão imediatamente disponíveis.

As sentenças variam de seis meses a 14 anos, com uma média de 3,26 anos.

O Sr. Song Zhigang, natural de Huludao, província de Liaoning, foi condenado a 14 anos de prisão por um tribunal na província de Xinjiang, onde trabalhou. A sua longa prisão foi desencadeada depois que seu telefone perdido foi entregue à polícia, que descobriu nele informações relacionadas ao Falun Gong.

Entre os 831 casos, 233 praticantes enfrentaram extorsão pela polícia ou foram multados por um tribunal num total de 2.704.577 yuanes, com uma média de 11.608 yuanes.

A idade dos praticantes condenados varia entre 23 e 82 anos. O mais jovem praticante, o Sr. Chen Shuang, foi condenado em julho a 7 anos de prisão, por colocar cartazes com informações sobre o Falun Gong.

Oitenta e dois dos praticantes tinham 65 anos ou mais; entre esses praticantes idosos, a média de idade foi de 72,6 anos. O praticante mais velho, o Sr. Yang Xiyuan, 82 anos, foi condenado a dois anos de prisão em 4 de janeiro de 2018. Outra praticante, a Sra. Zhang Shuxiang, de 81 anos, foi condenada a quatro anos de prisão sem julgamento público.

Violação de procedimentos de acusação

Embora nenhuma lei na China criminalize o Falun Gong, tornou-se comum a polícia, procuradores e juízes violarem os procedimentos legais na acusação de praticantes. Em alguns casos, tais violações continuam mesmo depois que os praticantes são condenados.

Violação de procedimento legal em todas as etapas do processo

No caso de quatro praticantes de Tianjin, Sr. Wu Dianzhong, Sr. Li Mingjun, Sr. Wang Lianrong e Sr. Geng Dong, que foram presos em 7 de dezembro de 2016, as autoridades violaram os procedimentos legais em todas as etapas da acusação, desde a polícia não apresentar mandados de busca antes de prendê-los, a não fornecer uma lista de itens confiscados após saquear suas casas, a fabricar confissões nos registros de interrogatório; desde a procuradoria mudar o procurador depois do período legalmente permissível, até o tribunal não notificar com antecedência os praticantes de suas audiências.

Depois que os praticantes foram condenados e apelaram de seus casos, o tribunal de recursos confirmou suas sentenças sem uma audiência, o que é exigido por lei.

Paciente com câncer é condenada a mais três anos por um segundo tribunal durante uma detenção de cinco anos

A leucemia da Sra. Mou Lihua, que desapareceu depois que ela começou a praticar o Falun Gong, reapareceu quando ela foi presa por sua fé em 2016. Apesar de sua saúde debilitada, o Tribunal de Beipiao na cidade de Chaoyang condenou-a a cinco anos de prisão em abril de 2017.

A Prisão Feminina de Liaoning recusou-se inicialmente a aceitar a Sra. Mou devido a sua saúde, mas depois cedeu após ser pressionada pelo procurador e pelos funcionários do tribunal.

A Sra. Mou foi forçada a fazer trabalhos pesados, apesar da piora em sua saúde. Apareceram muitos hematomas em seu corpo, e seu seio esquerdo tinha três tumores de onde escorria secreção. Ela também desenvolveu um tumor uterino.

Em mais uma tentativa de perseguir a Sra. Mou, a polícia reabriu um processo em 2009 quando ela foi liberada sob fiança devido a problemas de saúde. Ela foi julgada por um tribunal diferente, o Tribunal de Longcheng, em meados de junho de 2018, e recebeu outra pena de prisão de três anos, elevando a sua condenação total para oito anos.

A Sra. Mou foi levada de volta à prisão no final de setembro para cumprir a sua segunda sentença.

Juiz e procurador pressionam praticante a declarar-se culpada

A Sra. Liu Xiangmei, uma moradora de Tianjin, foi indiciada por postar informações online sobre o Falun Gong em 2017. Ela foi pressionada tanto pelo procurador como pelo juiz, que tentaram forçá-la a se declarar culpada e a renunciar à sua fé em troca de sua libertação.

A Sra. Liu permaneceu firme em sua crença, e o juiz condenou-a a 3 anos de prisão em 12 de junho de 2018. Nem seus advogados nem sua família foram informados da audiência de condenação.

Depois que a Sra. Liu recorreu da sentença, o Tribunal Intermédio nº 2 de Tianjin confirmou sua sentença em 24 de outubro sem uma audição. O juiz determinou que esta era a decisão final sobre o caso e proibiu-a de recorrer ao tribunal superior.

A Sra. Liu foi levada para a Prisão Feminina de Tianjin em 7 de novembro de 2018.

Mulher condenada em um julgamento por teleconferência que durou menos de cinco minutos

A família da Sra. Yang Xianghua foi mantida sem informação sobre seu paradeiro e o andamento de seu caso depois que ela foi presa em 7 de setembro de 2017 por distribuir materiais informativos do Falun Gong.

Só em agosto de 2018 a família descobriu que em junho ela havia sido condenada a cinco anos de prisão. Ela disse a seu advogado em setembro de 2018 que foi julgada pelo Tribunal Distrital de Luyuan através de uma teleconferência, na qual o juiz anunciou seu veredito apenas três ou quatro minutos depois dos procedimentos.

A advogada da Sra. Yang está agora no processo de apresentar um recurso para que seu caso seja reconsiderado.

Condenado por aumentar a conscientização sobre a perseguição

Em face da perseguição brutal do regime comunista e da censura estrita nos principais meios de comunicação, muitos praticantes do Falun Gong recorreram a atividades básicas pacíficas para divulgar informações sobre a perseguição. Os esforços corajosos de muitos praticantes foram recebidos com sentenças de prisão como retaliação pelas autoridades.

Uma faixa origina uma condenação de prisão de cinco anos e meio

O Sr. Wang Baoshan, um residente da cidade de Tangshan, província de Hebei, foi preso no trabalho em 3 de julho de 2017, dias depois de ter sido encontrada uma faixa na vizinhança em 29 de junho, que dizia "O mundo precisa da verdade-compaixão-tolerância”.

Embora o procurador tenha devolvido seu caso à polícia por falta de provas, o Sr. Wang foi indiciado na terceira tentativa da polícia. Ele compareceu no tribunal em 9 de maio de 2018 e foi condenado em 12 de julho.

O advogado do Sr. Wang recorreu ao tribunal de recursos em 30 de julho. Foi somente em 18 de outubro que ele descobriu que o tribunal de recursos havia tomado uma decisão em 10 de setembro, de manter o veredito original sem realizar uma audiência.

Em 22 de outubro, quando o advogado foi ao centro de detenção para visitar o Sr. Wang, ele já havia sido transferido para a Segunda Prisão de Jidong em 17 de outubro, onde lhe foi negada a visita da família por se recusar a abandonar a prática do Falun Gong.

Dois homens presos por instalar uma antena parabólica para receber notícias não censuradas da mídia internacional

Os Srs. Yang Yueliang e Liu Wenting, da cidade de Cangzhou, província de Hebei, foram condenados a 3,5 e 2,5 anos no início de outubro de 2018 por ajudar um residente local a instalar antenas parabólicas para receber programas da NTDTV, uma estação de TV sediada em Nova York que é especializada em fornecer informação sem censura sobre a China, incluindo a perseguição ao Falun Gong.

Um programa sobre uma exposição de arte com o tema dos três valores do Falun Gong, Verdade-Compaixão-Tolerância, foi reproduzido durante sua segunda audiência em 11 de dezembro de 2017 como “evidência de acusação”.

Condenado a prisão por postar informações em redes sociais para expor a perseguição ao Falun Gong

O Sr. Huang Daimiao, 51 anos, residente na cidade de Yichang, foi condenado a quatro anos e multado em dez mil yuanes em 12 de abril de 2018 por enviar vídeos relacionados ao Falun Gong no WeChat, a principal plataforma de rede social da China. Seu recurso foi rejeitado pelo tribunal de recursos local em 20 de julho de 2018.

Outros seis praticantes, incluindo os Srs. Wang Yong, Wang Dengli, Wang Hui, Wang Xin, Han Xiaoqiu e You Tingting, da província de Zhejiang, província de Hebei, e província de Yunnan, foram presos em 22 de maio de 2017 e cada um condenado a 1,5 anos por volta de maio de 2018 por postar informações no WeChat sobre o Falun Gong.

Condenado apesar das condições de saúde

Alguns praticantes sofriam de problemas de saúde graves enquanto estavam detidos, mas as autoridades se recusaram a conceder-lhes condicional dispensa médica e, pelo contrário, condenaram-nos à prisão por não desistirem de sua fé.

Mulher acometida por câncer é forçada a suportar julgamento e condenada à prisão

A Sra. Gao Cuifang, uma residente da Província de Yunnan, foi presa em 29 de abril de 2018 por colocar dois cartazes que diziam “O Falun Dafa é bom”. Ela compareceu pela primeira vez no tribunal em 10 de agosto e foi forçada a permanecer quatro horas em audiência, ela quase desmaiou devido ao desconforto físico.

A sua condição se deteriorou rapidamente após a audiência. Ela foi diagnosticada com câncer pouco antes de sua segunda audiência em 9 de outubro. Ela disse a seu advogado quando ele a visitou em 7 de outubro que ela tinha dificuldade em respirar, não conseguia comer e sentia uma dor aguda em volta da cabeça e do pescoço.

O juiz encarregado do caso da Sra. Gao negou repetidos pedidos de liberdade condicional médica e em 15 de outubro, forçou a terceira audiência sem a presença de seu advogado, seis dias depois que sua segunda audiência foi adiada quando ela estava fraca demais para falar. Nenhum membro da família foi autorizado a participar da terceira audiência.

O juiz condenou a Sra. Gao a 1,5 anos de prisão e multou-a em quatro mil yuanes no dia seguinte à sua terceira audiência.

Mulher com 70 anos enviada para a prisão com pinos de metal ainda implantados na perna

Duas mulheres da província de Heilongjiang foram condenadas a prisão por volta de outubro de 2018 por distribuir materiais sobre o Falun Gong.

Uma das praticantes, a Sra. Yu Guirong, de 70 anos, caiu e quebrou a perna no centro de detenção em maio, um mês após sua prisão. A sua filha pagou dez mil yuanes como fiança para ela receber tratamento médico em um hospital, seguido de recuperação em casa. A Sra. Yu foi mais tarde levada de volta para a prisão com os pinos de metal ainda implantados em sua perna.

A outra praticante presa com ela, a Sra. Wang Hongixa, de 47 anos, foi condenada a seis anos e também foi levada para a prisão feminina de Harbin.

Repetidamente presa e condenada

Ex-funcionária do governo condenada a 5,5 anos por sua fé após um encarceramento anterior de 14 anos

A Sra. Liu Jialing, de 46 anos, desapareceu em 20 de julho de 2017, o 18º aniversário da perseguição ao Falun Gong. A sua família foi mantida sem informações sobre o andamento do seu caso e só descobriu em outubro de 2018 que ela havia sido condenada a 5,5 anos de prisão por sua fé.

A última sentença da Sra. Liu foi decretada dois anos depois dela ter sido solta após nove anos de prisão na Prisão Feminina de Tianjin, onde foi submetida a uma tortura brutal, enquanto os guardas tentavam forçá-la a renunciar ao Falun Gong.

Além de suas sentenças de prisão, a Sra. Liu também cumpriu duas sentenças separadas de trabalho forçado, num total de cinco anos.

Empresária é presa pela terceira vez, tendo sido repetidamente drogada durante seus encarceramentos anteriores por sua fé

A Sra. Guo Chengru, de 54 anos, residente em Tianjin, foi condenada a 5 anos de prisão e multada em cinco mil yuanes em julho de 2018, quase um ano após sua prisão em 25 de agosto de 2017.

Nos últimos 19 anos, a Sra. Gao tem estado repetidamente detida por manter-se firme em sua fé.

Enquanto cumpria uma sentença de dois anos no campo de trabalho forçado, ela foi obrigada a ingerir drogas desconhecidas que danificaram seu sistema nervoso central e resultaram em perda de memória. A sua família agora se preocupa que ela possa ser submetida a torturas mais brutais, como resultado de não renunciar à sua fé.

A angústia das famílias

As prisões e condenações arbitrárias não só causam tremenda angústia aos próprios praticantes, como também trazem uma enorme pressão para os membros de suas famílias.

O marido da Sra. Ren Fengmei tinha acabado de entrar em licença por incapacidade de trabalho e estava recebendo apenas uma escassa pensão de desemprego quando sua esposa foi condenada a três anos de prisão em outubro de 2018. Mesmo com a saúde debilitada, tinha também a responsabilidade de cuidar da mãe da Sra. Fen, de 85 anos.

O marido da Sra. Tian Yanhua, quando foi buscá-la no tribunal, ficou estupefato ao ver sua esposa ser secretamente julgada pelo tribunal distrital de Pingding em 12 de outubro de 2018. A Sra. Tian foi presa em 8 de maio de 2018 por distribuir material informativo sobre o Falun Gong. Mais tarde, ela foi condenada a 2.5 anos de prisão e multada em 20.000 yuanes após o julgamento secreto.

A detenção e prisão da Sra. Tian deixaram o marido devastado. Ele estava tão perturbado que passou vários sinais vermelhos como motorista de táxi e teve sua carteira de motorista suspensa. Depois que ele fez o exame e teve sua carteira devolvida, ele sofreu um acidente e teve que pagar dez mil yuanes para resolver o caso. Ele agora está desesperado, sem ideia de onde conseguir os 20 mil yuanes para pagar a multa cobrada pelo tribunal.

No caso da Sra. Liu Zongxue, sua sobrinha de 25 anos, Zhu Xiaoting, que não pratica o Falun Gong, foi presa junto com ela e condenada a 3,5 anos por tentar proteger sua tia e avó quando a polícia invadiu a casa de sua avó em 5 de janeiro de 2018.

Baixe a lista completa de praticantes condenados.

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