(Minghui.org) A perseguição brutal do Falun Gong na China continua há mais de 20 anos. Por causa de manterem a sua crença nos princípios da Verdade - Compaixão - Tolerância, um grande número de praticantes do Falun Gong foram detidos, aprisionados e torturados pelo Partido Comunista Chinês (PCC) desde que a perseguição começou em julho de 1999.

No início deste mês, Minghui.org publicou uma lista de 105.580 perpetradores envolvidos na perseguição ao Falun Gong. A lista contém as informações pessoais dos perpetradores e os crimes cometidos contra os praticantes do Falun Gong e destina-se a ajudar o Departamento de Estado a identificar violadores dos direitos humanos conhecidos. De acordo com Minghui: "O propósito de compilar esta lista é parar a perseguição, preservar o que é bom e defender a justiça.”

A compilação da lista foi possível depois de muitos praticantes responderam a um aviso do Minghui no final de maio de 2019, chamando os praticantes de Falun Gong em todo o mundo para “todo o mundo a tomarem medidas imediatas para coletar, compilar e enviar ao Minghui.org informações sobre os perpetradores e seus familiares, de modo a localizar e verificar suas identidades.”

Inúmeros crimes

Jiang Zemin, ex-líder do partido comunista chinês, lançou a perseguição ao Falun Gong em julho de 1999. Milhões de praticantes foram, desde então, visados por se recusarem a renunciar à sua fé. Muitos sofreram danos físicos e mentais irreparáveis como resultado do abuso em custódia. Praticantes que experimentaram as brutalidades da perseguição em primeira mão residem em todo o país e são de todas as classes sociais.

Todo o aparato estatal tem sido mobilizado para perseguir o Falun Gong, desde os Comitês Políticos e Legais (PLAC) até a agência 6-10 em todos os níveis, desde judicial a escritórios de segurança estatal, desde escritórios de segurança doméstica a sistemas de segurança pública (polícia), desde procuradorias a tribunais e desde centros de detenção a prisões. Além disso, a perseguição tem sido executada em hospitais psiquiátricos e centros de lavagem cerebral onde os praticantes são detidos em conjunto com empresas, escolas, comitês de bairro (em áreas urbanas) e comitês de aldeia (no campo).

Mais de 200 mil queixas criminais foram apresentadas ao Supremo Tribunal Popular da China contra Jiang Zemin por iniciar a perseguição ao Falun Gong. As queixas descrevem conjuntamente o grave abuso e mais de 100 métodos de tortura usados contra praticantes do Falun Gong em campos de trabalho, centros de detenção, prisões, hospitais psiquiátricos, centros de reabilitação de drogas e centros de lavagem cerebral.

Tortura sem precedentes

Conforme descrito no Relatório do 20º Aniversário de Minghui, o uso extensivo da tortura é aplicado aos praticantes para forçá-los a renunciar à sua crença na Verdade-Compaixão-Tolerância.

De acordo com o relatório, o espancamento é um método comum de tortura. As ferramentas usadas para bater nos praticantes, no entanto, podem ser classificadas em 10 categorias com 79 tipos no total. Incluem equipamento policial, clava, chicotes, varas de bambu e bastões de plástico ou madeira. Muitas vezes, muitos métodos de tortura são combinados. Por exemplo, um praticante pode ser pendurado enquanto simultaneamente recebe choques com bastões elétricos.

Além do abuso físico, os oficiais do PCC frequentemente enviam praticantes perfeitamente saudáveis para hospitais psiquiátricos, centros de lavagem cerebral, ou centros de reabilitação de drogas para abuso psicológico. Em toda a China, os praticantes têm sido mantidos em tais instalações e injetados ou alimentados com drogas que danificam os nervos. Muitos praticantes foram mantidos nesses lugares por meses ou anos e a psiquiatria punitiva de longo prazo, especificamente o mau uso de drogas psiquiátricas, levou à cegueira, perda de audição, paralisia, perda de memória e doença mental. Outras lesões incluem úlcera e falência de órgãos internos.

Esforços de várias frentes para acabar com a perseguição

A publicação da lista de perpetradores pelo Minghui.org aumentará os esforços existentes em muitas frentes para parar a perseguição aos praticantes do Falun Gong e levar os perpetradores à justiça.

Um oficial do Departamento de Estado dos EUA disse no início deste ano que 28 países aprovaram ou planejam promulgar leis semelhantes à Lei Magnitsky Global Act. dos EUA. Isso permitiria que um governo sancionasse qualquer funcionário de governo estrangeiro por abuso de direitos humanos, incluindo ter o visto negado e o bloqueio de ativos e transações financeiras.

Em resposta ao plano do Departamento de Estado dos EUA de reforçar o controle de vistos de violadores de direitos humanos, praticantes do Falun Gong nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália apresentaram recentemente aos seus respetivos governos uma lista idêntica de perpetradores envolvidos na perseguição do Falun Gong na China. Os praticantes estão solicitando a recusa de visto e o congelamento de bens destes violadores dos direitos humanos.

Também houve esforços a nível local para resistir à perseguição do PCC ao Falun Gong. Em um movimento popular notável, mais de 340 milhões de chineses abandonaram o PCC e as suas organizações de jovens subordinadas ao saberem da brutalidade do PCC contra os praticantes do Falun Gong e outros cidadãos chineses inocentes.

O autor acredita que todos esses esforços, junto com a lista de perpetradores recentemente publicada, agem como um aviso aos oficiais do PCC e outros ainda envolvidos na perseguição ao Falun Gong: mais cedo ou mais tarde, a justiça será feita.

Em novembro de 2018, um tribunal internacional apoiado pela ONU no Camboja acusou Nyon Chea, 92 anos, deputado líder durante o regime extremista brutal de Pol Pot, e Khieu Samphan, 87 anos, cabeça de estado cambojano, de exterminar os muçulmanos chamoneses e as comunidades étnicas vietnamitas comunistas entre 1975 e 1979.

Enquanto Chea e Samphan foram processados décadas depois de seus crimes de genocídio, apoiantes do Falun Gong têm procurado justiça para praticantes que foram presos, torturados ou até mesmo que tiveram seus órgãos retirados enquanto ainda estavam vivos.

Em junho de 2019, um tribunal popular independente em Londres emitiu uma declaração anunciando os resultados de sua profunda investigação sobre a extração de órgãos de prisioneiros de consciência na China. A declaração concluiu que o Partido Comunista Chinês vem retirando órgãos de praticantes vivos do Falun Gong na China há muitos anos e que esta brutalidade continua até hoje.

Em resposta à declaração do Tribunal, a Coligação Internacional para Acabar com o Abuso de Transplante na China exortou a comunidade internacional a ajudar a parar a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência.