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Algumas considerações sobre o artigo “A maneira como lido com o meu casamento (com nota do editor)”

30 de julho de 2018 |   Por um praticante do Dafa na China

(Minghui.org) Tenho algumas reflexões sobre o artigo “A maneira como lidei com o meu casamento (com nota do editor)" e eu estou expondo-as para discutir com todos. Primeiro, deixe-me começar com um tópico diferente. No mundo, as mulheres que sofrem em um casamento doloroso: alguns são devido a razões predestinadas ou à falta de experiência em lidar com esse tipo de situações. Há de fato mulheres que foram enganadas e encontram-se numa má situação. Hoje em dia, em um mundo sobrecarregado de luxúria, se um praticante não consegue lidar bem com as coisas, ele ou ela pode enfrentar problemas.

Em minhas observações, os colegas praticantes com esse tipo de situação estão sujeitos a sofrimentos e dilemas desnecessários. Aqui eu gostaria de apresentar minhas considerações sobre como lidar com esse tipo de situação como referência.

Supondo que eu fosse mulher, quando encontro esse tipo de situação, que aspetos devo considerar se aceito ou rejeito os avanços dele? Em minha opinião, neste período de tempo especial (o período anterior à conclusão da retificação do Fa), é preferível que aqueles com melhor qualidade inata entrem no cultivo do Dafa. Não deve haver nenhuma pré-condição se alguém quiser começar a cultivar. Quando alguém diz que se cultivará somente depois que sua doença for curada, ou depois de ver a imagem dos deuses para que ele possa começar a acreditar, ou depois de ter concordado em casar com ele, etc; todas estas pessoas estão vindo para buscar, e a pessoa não realizará sinceramente o cultivo. Colocando isso mais seriamente, isso é um insulto ao Dafa. Satisfazer tais desejos é ceder a esses pensamentos incorretos de potenciais novos praticantes.

Portanto, quando o sexo oposto propõe: "Se você me aceitar, irei cultivar", dever-se-ia explicar-lhe claramente sobre tal pensamento e não se deveria fazer-lhe concessões intermináveis. O cultivo deve ser incondicional. Mas os praticantes têm boas intenções, e alguns podem já ter-se casado com alguém dos acima mencionados. Nessas circunstâncias, o praticante só pode aconselhar a outra parte com as palavras apropriadas e, ao mesmo tempo, pedir ajuda ao Mestre para reduzir essas dificuldades que foram criadas pela incorreta avaliação do praticante. Espero que todos possam entender esse ponto e não cometam de novo os mesmos erros.

Quando um companheiro praticante se casa com um não-praticante pelas razões erradas, isso não apenas aumenta as dificuldades para o cultivo do próprio praticante, como também pode agravar as dificuldades do Mestre em salvar pessoas. Portanto, espero que os colegas praticantes não façam mais isso. Através do estudo do Fa com uma mente calma e progredindo no cultivo, uma pessoa será capaz de, gradualmente, examinar a questão mais claramente. O casamento é para toda a vida. Não se deve lidar com isso apressadamente devido a pressões ou por causa do que as outras pessoas podem dizer. Deve-se considerar seriamente por que alguém está se casando.

Além disso, a pessoa em questão deve estar clara sobre os princípios do Fa. Ela não deve seguir cegamente as opiniões de outros colegas praticantes, enquanto num momento persegue algo de uma forma e no momento seguinte persegue-o de outra maneira. Esta questão é bastante comum entre os nossos colegas praticantes e precisamos prestar atenção a isso. Por exemplo, a praticante mencionada no artigo foi bastante pretensiosa e também não cultivou a sua fala. Quanto mais eu lia esse artigo, mais sentia pena dela. Por exemplo:

(1) "Confiante, contei a situação à colega praticante A. Para minha surpresa, ela ficou irritada e me criticou dizendo que, se eu não tivesse esses pensamentos, não deveria ter acontecido esse tipo de coisa. Mas eu também sabia que várias pessoas lhe haviam pedido em casamento, incluindo um alto oficial militar e um chefe do Departamento de Educação, etc.” Isso mostrava que a praticante A estava julgando irracionalmente os outros de modo severo, sem se manter nos mesmos padrões. Neste ponto, também pensei em mim. Em outras palavras, quando vejo as deficiências de um colega, posso facilmente ficar irritado, também preciso prestar atenção a esse ponto.

(2) "Depois de vários dias, a praticante A me disse que eu poderia sair com ele e persuadi-lo a começar a cultivar o Dafa. Senti-me um pouco desconfortável naquele ponto e não sabia se era apropriado. Mas eu admirava muito a praticante A e ela era uma das coordenadoras em nossa cidade.” Envolver-me com ele, como proposto pela praticante A, na verdade significava “procurar casamento” com ele. Então, como um praticante deveria lidar com essa situação? A pessoa em questão poderia perguntar à praticante A como ela lidaria com a situação? Talvez assim ela pensasse sobre o assunto de maneira mais objetiva e com uma mente calma.

(3) "Vários dias depois ele me disse: Se você me aceitar eu vou entrar (ou seja, começar a cultivar). Eu disse-lhe que ele poderia começar a cultivar, mas não concordei em relacionar-me com ele. Ele então partiu. Mais tarde a praticante B ficou sabendo disso e me disse que eu havia afastado uma pessoa que poderia começar a cultivar o Dafa, que se ele namorasse uma pessoa comum, ele provavelmente perderia sua oportunidade de cultivar e que ele queria cultivar junto comigo, como pude descer o meu nível?" Aqui, o que a "praticante B" disse pode parecer razoável, mas não foi baseado no Fa.

Cultivar no Dafa é um assunto sério e sagrado, e não pode ser tomado como garantido com a mentalidade das pessoas comuns. Se alguém pode começar a cultivar o Dafa depende de seu relacionamento predestinado com o Dafa desde tempos muito antigos, em vez de ser persuadido a cultivar com a promessa de casamento. Nas muitas vidas anteriores de uma pessoa, ela poderia ter desenvolvido muitos laços de gratidão e ressentimentos com outras vidas, e todos esses laços poderiam levar ao casamento nesta vida. Se uma dúzia dessas pessoas, com a desculpa de começar a cultivar o Dafa, procurasse a nossa companheira praticante em busca de casamento, ela deveria aceitá-las a todas? Se esse tipo de situação acontecesse a praticante B, a praticante B poderia convencê-los a começar a cultivar no Dafa com a promessa de casamento?

Além disso, a companheira praticante em questão deveria dedicar mais tempo para estudar o Fa com uma mente calma e ver essa questão verdadeiramente baseada no Fa, em vez de aceitar passivamente as palavras de outras pessoas. Por exemplo: "Então, eu não sabia o que fazer. Naquele momento ouvi seu choro no corredor (ele não estava no apartamento) e achei que poderia ser sua consciência principal chorando. Assim, eu aceitei relacionar-me com ele.” A praticante em questão tomou isso como "sua consciência principal", mas eu não concordo. Poderiam ser demônios causando problemas e tentando perturbar sua mente. É verdade que quando a consciência principal da pessoa é forte, ela não é facilmente atacada pelos espíritos malignos. Normalmente é o caso quando uma pessoa não sabe o que fazer, com uma mente perturbada ela fica mais vulnerável a tais ataques. É como o Mestre disse:

“Você pode ter encontrado a interferência de um parente que faleceu e essa pessoa chora e implora para que você faça isso ou aquilo. Todos os tipos de coisas podem acontecer.” (“Sexta Palestra” no Zhuan Falun)

Portanto, acho que provavelmente houve outras razões para o som do choro e a pessoa em questão não deveria encará-lo levemente.

(4) "Naquele momento a praticante C deu a sua opinião sobre o assunto: "Todos os praticantes do Dafa têm famílias e não é o caso de depois de começar a cultivar ele não querer mais a família. Logo que alguém pode eliminar o apego em sua mente, ele ou ela é capaz de passar em qualquer teste. Nós então nos registramos para casar em um curto período de tempo." Não há nada errado com a afirmação acima. No entanto, "praticantes do Dafa têm famílias" não significa que um praticante deve se casar ou implica que esse praticante deveria casar-se arbitrariamente. Por que razão a praticante C poderia garantir que a praticante em questão “passaria em qualquer teste”? Por que a praticante C não pensou na complexidade do assunto? O que a praticante C fez pode ser qualificado como usar o Dafa como uma desculpa para se comportar como casamenteira, em vez de colega praticante. Esta não é uma questão trivial. Hoje estou francamente dando a minha opinião, não apenas para o bem da praticante C, mas também para lembrar os colegas praticantes que não leram o Fa com uma mente tranquila e que ainda não cultivaram sua fala.

(5) Perante a proposta de casamento de um homem, uma mulher não precisa se decidir no momento. Primeiro ela pode dizer que precisa de tempo para pensar sobre o assunto. Se ela não quiser aceitar sua proposta, mas quiser manter a oportunidade de persuadi-lo a começar a se cultivar no Dafa, ela poderá rejeitá-lo educadamente mais tarde.

Ao mesmo tempo, ao conversar com ele, ela deve ser solene e respeitosa; fazer-se respeitar mas não deixar as pessoas se tornarem próximas sentimentalmente. Isso se relaciona com o estado de cultivo de alguém, e ela deve ser rigorosa consigo mesma. Quando sua mente é tranquila e reta, os pensamentos irracionais dele serão suprimidos pelo seu campo puro. Além disso, ela deve se lembrar de enviar pensamentos retos para eliminar a luxúria da mente dele. As situações com que nos deparamos durante o nosso cultivo não são sem motivo. As coisas não aconteceriam conosco se não estivessem relacionadas ao nosso cultivo. Elas podem acontecer para nos ajudar no cultivo. Elas também podem surgir para interferir. Mas durante a conversa de recusá-lo educadamente, ela não precisa mencionar o Dafa. Ela pode apenas falar da perspectiva de uma pessoa comum. Em outras palavras, não devemos forçar os princípios que os praticantes do Dafa entenderam para os não praticantes. Isso pode levá-los a entender mal o cultivo do Dafa.

Além disso, ao recusar a proposta de alguém, é preciso considerar a questão de como lidar com os sentimentos do outro. Se a pessoa que se recusa não for firme, a parte oposta pode sentir-se rejeitada e pode continuar insistindo. O modo como a pessoa que está sendo rejeitada encara a rejeição está relacionada à sua personalidade, mas também se a pessoa que rejeita mostra suficiente firmeza com respeito e educação.