Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

Ser altruísta: tratar os outros como a si mesmo

8 de setembro de 2017 |   Por um praticante de Dafa em Taiwan

(Minghui.org) Eu sei que nós, cultivadores, devemos alcançar um claro entendimento do que sejam o desprendimento e o altruísmo. No entanto, após muitos anos de cultivo eu percebi que, muitas vezes, eu olhava para dentro de forma egoísta, buscando proteger a mim mesmo inconscientemente. Eu era capaz de identificar apenas alguns problemas superficiais, mas não podia realmente descobrir os meus apegos e noções inculcadas pela sociedade comum.

Eu sempre tive muitas interferências no meu cultivo. Parecia que eu estava longe, muito longe dos critérios do Mestre e dos profundos princípios do Fa. Embora eu cumpra bem as três coisas, seja até eloquente ao compartilhar os princípios do Fa com outros praticantes e trabalhe dedicadamente nos projetos do Dafa, eu sinto claramente, no fundo do meu coração, que eu estou muito longe do reino do desprendimento e do altruísmo.

Um dia, eu li um artigo no site Minghui intitulado: “Grandes transformações acontecem quando mudamos as nossas noções e nos apoiamos nos pontos corretos”. O artigo tinha o seguinte parágrafo:

Eu preciso acabar com o meu egoísmo. A partir de hoje, eu sou um ser altruísta. Se eu não for capaz de fazer isso hoje, eu vou simplesmente me considerar como um bebê recém-nascido em um reino altruísta do novo universo. Eu não sei nada e vou crescer e aprender tudo desse Reino altruísta, no novo universo.... Hoje eu vou me desligar das minhas noções anteriores e me firmar na perspectiva de só agir “para os outros”.

Esse artigo foi para mim como uma luz que se acendeu na escuridão. Mesmo assim, eu me perguntei: mas como aprender, como crescer, como me livrar das minhas noções anteriores, como alcançar o desprendimento e me assimilar à Verdade, à Compaixão e à Tolerância?

Eu refleti nessas questões e tentei descobrir respostas. Durante o estudo do Fa, o Mestre me iluminou ao seguinte.

Não julgar os outros a partir de noções pessoais

O Mestre disse:

Ao lidar com assuntos importantes e relevantes, se a pessoa realmente pode avaliar as coisas sem qualquer noção preconcebida, então essa pessoa é capaz de ser verdadeiramente responsável. Essa clareza de pensamento é sabedoria, e é diferente do que as pessoas comuns chamam de ‘inteligência’. ” (“Para quem você existe? ”, em Essencial para o Avanço Adicional)

Certa vez, quando um praticante compartilhou o seu entendimento sobre um assunto, após a reunião dois outros praticantes expressaram reações diferentes.

O praticante A questionou: “Por que ele não acreditou nos outros? ”. O praticante B se espantou: “Eles não estão indo bem uns com os outros? ”

Das respostas desses dois praticantes eu percebi que não devemos ser movidos ou acrescentar os nossos próprios pensamentos sobre os entendimentos de outros praticantes. O primeiro praticante apenas compartilhou o seu entendimento pessoal e isso é tudo. Os nossos pensamentos sobre o assunto são todos baseados em nossas próprias noções pessoais.

Olhar para dentro sem buscar culpar os outros

O Mestre disse:

Sempre que vocês encontrarem problemas cada um deve olha para dentro e procurar a causa dentro de si, sem importar que você seja culpado ou não. Lembrem-se das minhas palavras: independentemente de o problema ser culpa sua ou não, você deve olhar para dentro de si, e certamente vai encontrar problemas [da sua parte]” (Ensinando o Fa na Conferência da Europa)

Foi assim que eu aprendi a olhar para dentro e identificar os meus problemas. Eu trabalhei com um colega praticante em um projeto do Dafa por um longo tempo. Conforme o tempo passava, nós começamos a ver problemas um no outro. Eu queria resolver o conflito, mas o meu colega sempre evitava. Quando discutíamos eu reclamava e sentia raiva no meu coração: “Por que sou sempre eu quem pede desculpas? Você está sempre com a razão? ”

Eu olhei para dentro, mas estava preso em um determinado nível e os conflitos continuaram. Então eu pensei que seria melhor abandonar o projeto.

Um dia, o praticante A me disse: “Desistir não é uma solução”.

O praticante B também me falou sobre olhar para dentro: “Se o seu coração se agita, isso significa que você ainda tem falhas. Quando você olha para dentro, você deve apenas olhar dentro de si mesmo, e não procurar falhas nos outros”.

Eu me voltei para dentro novamente e identifiquei as minhas emoções em relação a ele. Eu usava os meus próprios padrões para julgá-lo. Quando eu discutia com o colega, eu sempre falava dos meus próprios entendimentos e apontava as deficiências dele. Eu não considerava a sua situação pessoal e só me preocupava com o projeto.

Quando eu olhei para dentro mais uma vez, a sua expressão de impaciência surgiu na minha mente. Eu percebi esse pensamento errado imediatamente e continuei a refletir internamente. Finalmente, eu descobri qual era a minha preocupação em relação a ele. Eu julgava que ele não estivesse fazendo o suficiente em relação ao esclarecimento dos fatos. Eu tomava o quanto cada um contribui nas atividades de esclarecimento da verdade como um padrão para alcançar a consumação. Percebi que isso era um apego de busca e uma forma de egoísmo.

Tratando os outros como eu trato a mim mesmo

Um colega praticante compartilhou a sua visão de como seguir os princípios da Veracidade, da Compaixão e da Tolerância durante uma troca de experiências de cultivo.

Veracidade: como se pratica a veracidade? A primeira pessoa a quem você deve tratar com honestidade é a você mesmo. A veracidade tem origem no seu próprio coração. Portanto, trate a si mesmo com honestidade em primeiro lugar. Seja honesto consigo mesmo, diga sempre palavras verdadeiras e seja verdadeiro em todas as ocasiões. Gradualmente, isso se tornará um hábito e você começará a tratar os outros da mesma forma. A sua compaixão emergirá naturalmente uma vez que você possa realmente tratar os outros com honestidade.

Compaixão: tenha compaixão por si mesmo. Não se menospreze, nem deprecie a si mesmo. Não se sinta inferior. Trate a si mesmo, do fundo do seu coração, com honestidade e compaixão. Em seguida, trate os outros como você trata a si mesmo. Quando alguém ferir os seus sentimentos ou prejudicar os seus interesses pessoais, perdoe. Se você não puder perdoar os outros, você não será capaz de ser compassivo. Somente se você puder perdoar os outros verdadeiramente é que você será capaz de praticar a compaixão verdadeira.

A compaixão inclui perdoar os outros. Se você é capaz de perdoar os outros, a compaixão emerge em seguida. Uma vez que você possa perdoar os outros, você poderá facilmente ser compassivo com qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer ocasião.

O Mestre disse:

Eles estão em um estado de imensa tolerância, de misericórdia para com todos os seres e de lidarem com tudo com gentileza. Para colocar isso em termos humanos, eles são sempre capazes de ser compreensivos uns com os outros” (“Ensinando o Fa na Conferência em Boston de 2002”, em Conferencias do Fa II)

Tolerância: como se pratica a tolerância? Se você é capaz de ser honesto e paciente, sempre considerando os outros em primeiro lugar, olhando para dentro durante os conflitos e cultivando a si mesmo, então praticar a tolerância se torna tão fácil como caminhar em terreno plano porque nada poderá agitar o seu coração, irritar você, testá-lo ou desafiar o seu xinxing.

Sempre que alguém te ferir, você é capaz de compreender com bondade. Se você puder tolerar a dor, você poderá perdoar os outros em todas as situações. O que você não será capaz de tolerar? Você pode tolerar qualquer coisa.

O Mestre disse,

O cosmos do passado era baseado no egoísmo. Vamos tomar o ser humano como exemplo: quando se trata de momentos cruciais ele realmente não pode se importar menos com os outros. Quando eu comecei a retificação do Fa, alguns deuses me disseram: “Você é o único que se envolve nos negócios dos outros”. Eu sei que é difícil de acreditar porque vocês são seres altruístas criados pelo Dafa, que têm papéis na retificação do Fa e que têm verdadeiramente se iluminado. Mas se eu não fizesse essas coisas [da retificação do Fa], o fim da história seria o fim de todas as vidas. Quando um ser é atencioso com os outros e exibe tolerância ao fazer as coisas é porque o seu o ponto de partida é altruísta”. (Ensinando o Fa na Conferência Internacional Fa de Nova York, 2004)

Quanto eu tomei consciência dessas coisas, eu quis começar tudo do zero. Eu disse a mim mesmo que começaria por aprender a ser uma pessoa “sem ego”, a tomar o Fa como meu mestre e finalmente viver uma vida de verdadeiro altruísmo.