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Cadeia negra em Heilongjiang reabre e detém 117º praticante de Falun Gong

6 de agosto de 2017 |   Por um correspondente do Minghui na província de Heilongjiang, China

(Minghui.org) O Departamento de Recuperação de Terra do Centro de Educação Jurídica da Província de Heilongjiang reabriu suas portas no final de outubro de 2015, depois de estar fechado por mais de um ano e meio. Conhecido pelos habitantes locais como uma “cadeia negra,” o centro foi fundado em 2000 para deter, fazer lavagem cerebral, e torturar residentes de Heilongjiang que recusam a desistir do Falun Gong, uma prática espiritual que está sendo perseguida pelo regime comunista Chinês.

As autoridades fecharam o estabelecimento em março de 2014, depois da prisão de onze defensores de um grupo de praticantes presos lá foi divulgada a comunidade internacional, provocando uma ampla condenação.

O centro, no entanto, foi restabelecido recentemente, com o Sr. Wu Cunli sendo o primeiro praticante de Falun Gong enviado para lá esse ano, e o 117º desde sua abertura em 2000.

A prisão do Sr. Wu

O Sr. Wu, um funcionário da Fazenda de Jiangchuan, uma afiliada do Departamento de Recuperação de Terra de Heilongjiang, foi preso em 22 de outubro de 2015 na delegacia local, quando ele foi lá a pedido da polícia para discutir sobre a sua pratica do Falun Gong. Antes de ser preso, ele foi maltratado repetidamente por funcionários, os quais tentaram fazer ele escrever afirmações garantindo a sua renúncia da pratica.

A família dele descobriu mais tarde que ele foi enviado para a cadeia negra no mesmo dia de sua prisão. O pedido deles para vê-lo foi negado, e eles estavam muito preocupados com ele, visto especialmente que muitos praticantes detidos ali no passado foram torturados.

Parentes rejeitados

Da esquerda (sentido horário): foto do Sr. Wu; parentes do lado de fora da cadeia negra; parentes gritando através dos portões para o Sr. Wu

Na manhã de 29 de outubro de 2015, a esposa, filho, irmã mais nova e cunhada do Sr. Wu, foram ao centro com outra praticante, a Sra. Jiang Xinbo. A Sra. Jiang tinha sido detida no centro e também foi um dos três últimos praticantes a serem soltos antes de o centro fechar temporariamente em 2014.

Um dos funcionários saiu e questionou a relação deles com o Sr. Wu. Apesar de eles serem parentes próximos do Sr. Wu e pela norma terem permissão para visitar, o funcionário se recusou a deixá-los entrar. Também foi dito para eles jogarem fora as roupas que eles trouxeram para o Sr. Wu.

Em seguida, dois policiais da delegacia atrás do centro vieram para verificar a identidade dos parentes. Eles foram acompanhados pelo vice-diretor da delegacia. O vice-chefe do centro de lavagem cerebral também estava presente.

Os parentes do Sr. Wu disseram ao vice-chefe por que eles vieram, mas ele recusou a deixá-los visitar o Sr. Wu. Ele disse que se a Sra. Jiang não tivesse vindo, eles poderiam visitá-lo. Ele acusou a Sra. Jiang de fazer parte de uma organização ilegal. Ele também a ameaçou com prisão.

Quando os parentes insistiram em ver o Sr. Wu, o vice-chefe mostrou a eles uma foto que ele tirou no seu celular do Sr. Wu comendo uma refeição. A Sra. Jiang queria olhar a foto mais de perto, mas o vice-chefe não deixou. “Não é da sua conta,” ele disse.

Os parentes do Sr. Wu ficaram no frio por muito tempo e eventualmente foram embora, depois de a visita ser negada repetidamente.

Informações gerais da Cadeia Negra de Heilongjiang

O Departamento de Recuperação de Terra do Centro de Educação Jurídica da Província de Heilongjiang foi fundado em 2000, um ano depois de o regime comunista iniciar a perseguição ao Falun Gong. O centro ficou situado na Fazenda de Qixing de 2000 até 2009 e foi realocado para Fazenda de Qinglongshan em 2010.

Ele fechou no final de março de 2014, depois que sete praticantes e quatro advogados foram presos a força em seu hotel em 21 de março de 2014. Um dia antes, eles tinham ido ao centro para visitar os praticantes detidos.

O incidente foi exposto internacionalmente depois que três praticantes acabaram ficando em condição critica, quatro advogados tiveram ossos quebrados, e outros quatro praticantes foram condenados ilegalmente.

Os comentários sobre o incidente se espalharam rapidamente, e muitos advogados e cidadãos correram para o centro para pedir que os praticantes sejam soltos. Houve uma ampla condenação internacional das ações das autoridades e as solicitações para a liberação dos praticantes.

O centro é conhecido por seus atos hediondos de tortura – privando as pessoas de sono, queimando o rosto com uma chama aberta, batendo nas costelas com uma barra de metal, alimentando a força, e outros crimes.