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Ottawa: filmes sobre crimes de extração de órgãos na China são exibidos por Deputados Canadenses e Sociedade de Bioética

27 de junho de 2017

(Minghui.org) Recentemente foram exibidos em Ottawa dois filmes, um drama e um documentário sobre a questão da extração de órgãos sancionada pelo governo da China, em evento patrocinado pelos membros do Parlamento canadense e pela Sociedade canadense de Bioética.

No filme "The Bleeding Edge", Anastasia Lin, Miss Mundo do Canadá, baseia-se em histórias verdadeiras, e conta a história de uma praticante do Falun Gong presa e torturada, que corre o risco de se tornar uma vítima da extração forçada de órgãos.

O documentário premiado "Human Harvest: China's Illegal Organ Trade", dirigido pelo notável diretor Leon Lee, residente de Vancouver, reúne grandes evidências de que o Partido Comunista Chinês assassina os praticantes do Falun Gong pelos seus órgãos.

“Colheita Sangrenta”

Garnett Genuis, Membro do Partido Conservador, e Irwin Cotler, ex-membro do Partido Liberal e ex-ministro da Justiça, organizaram a exibição do "The Bleeding Edge" no National Press Theatre no dia 4 de abril de 2017.

Respondendo perguntas da audiência após a exibição, MP Genuis (à direita), ex-MP Cotler (meio) e Anastasia Lin (à esquerda), Miss Mundo do Canadá

"Filme poderoso, poderoso", disse Genuis. "Em termos da experiência com a perseguição [Falun Gong], cada integrante do filme se relaciona a fatos reais extraídos da vida de pessoas que compartilharam da informação. Portanto, é um poderoso testemunho sobre o mal dessa extração de órgãos que está acontecendo na China".

Acrescentou: "Acredito que todos saíram daqui com um forte senso de determinação e responsabilidade para que nós, como canadenses, denunciemos esses abusos dos direitos humanos".

Cotler, que em outubro passado já tinha visto "The Bleeding Edge" em Praga, República Tcheca, disse que ficou novamente emocionado com o filme.

"Este é um crime contra a humanidade. É horrível o suficiente. Aqueles envolvidos nisso terão de ser responsabilizados, e nós como um país, como um governo, como um parlamento, temos que garantir que sendo tolerantes não estamos facilitando de forma alguma... Nós iremos responsabilizá-los – é sobre tudo isso que trata essa legislação”.

O ex-ministro da Justiça Liberal disse que apoia o envolvimento com a China, mas "envolvimento em nome do Falun Gong, a favor do povo chinês, e considerando responsáveis aqueles que estão cometendo esse crimes".

Responsabilizado os envolvidos nesses crimes "é a melhor maneira de apoiarmos o povo chinês", disse ele.

Cotler acrescentou: “Todos os que assistirem ao filme ‘The Bleeding Edge’, deve ficar e ficará chocado e indignado, sabendo que é baseado em fatos reais. Então eu acho que é responsabilidade do Parlamento, do governo, das pessoas, garantir que esse tipo de criminalidade vai ter um fim".

"Isso é um desrespeito aos valores fundamentais chineses que encontram expressão nos princípios do Falun Gong : Verdade-Compaixão-Tolerância. São coisas para as quais temos que trabalhar e lutar por elas”.

No mesmo dia Genuis anunciou que iria rever o projeto de lei extraoficial dos membros do parlamento de Cotler, para que seja considerado crime para os canadenses o recebimento de órgãos extraídos à força. A lei também impede de entrar no Canadá os estrangeiros que tenham participado desse crime.

"Colheita Sangrenta"

Em 6 de abril de 2017, o documentário “Colheita Sangrenta” foi exibido e selecionado como parte da National Health Ethics Week, organizada pela Sociedade Canadense de Bioética, e mais tarde, em 11 de abril, foi exibido na sede do Parlamento.

David Kilgour, que assistiu as duas exibições disse: "Como vimos no filme, a principal fonte dos órgãos que diariamente são conseguidos, são dos prisioneiros de consciência, condenados por nada. Eles incluem os uigures, os tibetanos e cristãos, mas, predominantemente são dos praticantes do Falun Gong, desumanizados há muito tempo em toda a China pela mídia partidária”.

Kilgour, ex-advogado, ex-político canadense, membro do parlamento, aparece no filme junto com os co-autores do relatório atual, David Matas, advogado internacional de direitos humanos em Winnipeg, e Ethan Gutmann, pesquisador jornalista americano.

"Esse filme me fez perceber quanta injustiça existe e como podemos melhorar", disse Karli Zschogner, coordenadora do Grupo de Todos os Partidos do Parlamento sobre Prevenção de Genocídio e Outros Crimes Contra a Humanidade do Canadá.

Zschogner disse: "Ele faz um apelo que você não pode ignorar. Como canadenses e governo canadense temos que fazer a nossa parte".

Shahram Golestaneh, da Associação Democrática do Irã, disse: "Esse filme foi muito emocionante e comovente. É triste, mas nos dá a certeza de que temos que trabalhar mais para acabar com isso".

Em uma entrevista após a exibição, Golestaneh disse: "Se não o fizermos, e pelo fato das pessoas ignorarem o que deveria ser feito antes de acontecer todo genocídio que aconteceu, vamos ver a mesma cena que vimos nos séculos anteriores”.

Maureen Korp, professora e escritora, disse: "Eu já tinha conhecimento dessa maldade absurda há vários anos e quanto mais se sabe mais difícil fica. Está errado. É simplesmente errado e não é como a medicina deveria ser".

Informando-se e partindo para a ação

Após a exibição do filme na Universidade de Ottawa, o grupo de debates foi regulado por Y.Y. Chen, professor assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Ottawa, o qual disse que o filme vai ajudar as pessoas a entender melhor o problema e vai obrigá-los a "querer fazer mais, descobrir mais e tentar fazer algo para mudar essa situação”.

Ele disse: "Isso é com vocês. Deveríamos estar informados, divulgar as informações sobre este problema e entrar em contato com sua PM".

Fred Litwin, presidente da Free Thinking Film Society, expressou sua opinião positiva e comentou que anteriormente seu grupo tinha dado ênfase à extração forçada de órgãos por duas vezes. Ele disse: "É um tópico que precisa de mais publicidade, mais esclarecimentos".

Miss Mundo do Canadá: sua crença os fortalece

A atriz principal do "The Bleeding Edge" Anastasia Lin, Miss Mundo do Canadá, disse no grupo de debates que havia entrevistado algumas vítimas da perseguição.

No filme, a personagem que Miss Lin interpreta sofreu uma série de torturas na prisão.

Lin disse que para interpretar esse papel ela precisou saber os verdadeiros sentimentos das vítimas. Entre os entrevistados estão Jing Tian e Jing Cai, duas irmãs que foram condenadas a 13 anos de prisão pela crença no Falun Gong. Em protesto contra as torturas na prisão as duas irmãs iniciaram greves de fome várias vezes, e foram violentamente forçadas a se alimentar. Com base nessas histórias foi exibido na TV CBC o documentário "Avenues of Escape".

Lin disse que nunca viu pessoas com mentes tão poderosas como essas irmãs. As torturas não as fizeram desistir da crença.

Lin acredita que foi o ensinamento do Falun Gong "Verdade-Compaixão-Tolerância", que deu a elas o poder de superar o medo da morte e a capacidade de demonstrar bondade aos outros diante da perseguição.

Lin disse que o governo pode torturá-las, prendê-las, proibir seus discursos e queimar seus livros, mas o governo não pode tirar nem a alma, nem o espírito e nem a esperança das pessoas.