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Perseverança: casal busca a libertação do filho preso por 20 anos

25 de março de 2017 |   Por um correspondente do Minghui na província de Liaoning, na China

(Minghui.org) Por mais de dez anos, os pais de Zhao Hongli, agora com 83 e 76 anos, buscam justiça pelo filho condenado.

Apesar da idade e riscos à própria segurança, o casal de idosos vêm procurando os departamentos, procuradoria e tribunais da polícia local, sendo ameaçados, desprezados e até presos.

Lu Fengzhen, a mãe de 76 anos declarou: "Enquanto meu filho estiver detido, vou continuar a buscar justiça para ele”.

Nas últimas duas décadas, Zhao Hongli, 48 anos, passou quase metade de sua vida na prisão. Ele foi condenado três vezes, com penalidades que somam 24 anos. Agora ele está na prisão de Jinzhou cumprindo a terceira condenação de seis anos. Embora sua filha esteja agora com 16 anos, os dias que passaram com ele podem ser contados nos dedos.

Primeira sentença: acusado pelos sócios

Aos 20 anos, o Sr. Zhao estava tratando de negócios com alguns amigos. Ele logo descobriu que seus sócios estavam envolvidos na revenda de relíquias culturais. Ele decidiu parar de trabalhar com eles, ao invés disso, ele foi acusado pelo amigo que alegou que o Sr. Zhao roubara seu dinheiro. No final, em 1994, o Sr. Zhao pegou seis anos na prisão. Quando seus pais recorreram da sentença, o tribunal superior aumentou a sentença para dez anos.

O Sr. Zhao tinha doença cardíaca congênita. Enquanto seus pais se preocupavam com a falta de cuidados médicos adequados na prisão, ele começou a aprender Falun Gong e sua doença cardíaca desapareceu.

Os princípios de Falun Gong, Verdade, Compaixão, Tolerância, também mudaram seu caráter. Ele desistiu da ideia de revidar contra as pessoas que o incriminaram. Durante um acidente na prisão, e colocando sua própria segurança em risco, ele salvou outra pessoa. Como resultado, ele foi contemplado com sua libertação antecipada em 1999.

Segunda sentença: perseguido por sua crença

Em 1999, logo depois do Sr. Zhao ter sido libertado, e antes de poder começar uma vida nova, o Partido Comunista Chinês lançou uma perseguição contra o Falun Gong a nível nacional, colocando sua vida em risco novamente.

Em 2004, Sr. Zhao foi preso pela segunda vez por imprimir materiais informativos sobre o Falun Gong. Dessa vez ele pegou oito anos. Até que ele fosse enviado à prisão, a polícia e o tribunal não informaram sua família sobre a detenção e a sentença.

Torturado na Prisão

Sr. Zhao preparou alguns documentos para fazer a apelação de seu caso, mas um guarda da prisão confiscou seus documentos e negou o direito ao apelo. Para protestar, o Sr. Zhao começou uma greve de fome por vários meses. O médico da prisão o alimentou à força.

Ele estava tão magro (desnutrido) que ficou incapaz de se levantar ou até de falar. Mesmo quando os médicos o colocaram em um infravermelho, era difícil encontrar um vaso sanguíneo para inserir agulha.

À beira da morte, ele foi transferido para a prisão de Shenyang, onde continuou a tortura; foi amarrado a uma cama na posição de uma águia com as asas abertas.

Terceira sentença: continua o abuso

Em 2012, tendo sobrevivido a inimagináveis torturas física e mental, ele voltou para casa. No dia 7 de setembro de 2013, somente um ano depois, ele foi preso novamente por disseminar pelo celular, informações sobre a perseguição ao Falun Gong. O chefe da Divisão de Segurança Interna ameaçou sua família de que Zhao receberia uma sentença pesada e que teria uma vida miserável se eles entrassem com qualquer queixa contra a polícia.

Na delegacia, ele foi tratado brutalmente pela polícia. Quando ele foi transferido para o centro de detenção, até mesmo o pessoal de lá ficou chocado com as lesões em seu corpo.

Durante o seu julgamento, o juiz ameaçou sua advogada de que ele iria suspender o direito do advogado de defender se ela mencionasse a agressão da polícia contra Sr. Zhao.

Na declaração do veredicto, a quantidade de mensagens de texto que o Sr. Zhao enviou sobre Falun Gong foi alterada de 10 para 77, e a quantidade de outros materiais encontrados em sua casa também foi exagerada. Com a polícia, a procuradoria e o tribunal trabalhando de mãos dadas para fabricar acusações contra ele, Zhao foi condenado pela terceira vez a seis anos de prisão.

Por um longo tempo ele foi proibido de receber visitas da família. Após muitas viagens à prisão, quando sua família finalmente conseguiu vê-lo, dificilmente puderam reconhecê-lo. Seu rosto estava muito inchado e deformado. Quando sua mãe perguntou o que tinha acontecido com ele, o Sr. Zhao só disse a ela: "Mãe, não pergunte. Este não é lugar para seres humanos”. Sua mãe caiu no chão e se derramou em lágrimas.

Busca de justiça pelos pais

Após a sentença, a corte e a prisão se recusaram a fornecer uma cópia do veredito para a família de Zhao, tornando impossível que eles recorressem da sentença. A mãe foi ao Escritório Central de Apelações de Pequim quatro vezes, mas foi impedida pelos policiais locais e levada de volta à sua cidade. Ela escreveu centenas de cartas para os departamentos relacionados, as quais permaneceram sem resposta.

Finalmente em 2015 quando conseguiu obter uma cópia do veredito, ela ficou chocada ao ver que o tribunal realmente tinha acusado o Sr. Zhao de assalto, uma acusação obviamente falsa.

O casal de idosos recorreu da sentença junto ao Tribunal Superior da província de Liaoning. O tribunal aceitou o caso, mas logo rejeitou a apelação e confirmou a acusação original de assalto.

Disse um membro da família: "O que eles fizeram foi simplesmente inaceitável! Foi tão óbvio que este caso era falso e fabricado, mas o Tribunal Superior estava se resguardando e rejeitou nossa apelação".

Mantendo as esperanças

O Sr. Zhao permanece otimista e espera por um futuro melhor, a despeito de tudo o que ele e sua família enfrentaram.

Em uma carta que ele escreveu para outros praticantes de Falun Gong detentos, ele disse “A cada dia eu posso sentir a força que vem da prática. Não importa quem me torture, eu nunca desistirei da prática. Eu tenho apenas um pensamento em minha mente: ‘perseverança’. Meus colegas praticantes, eu creio que vamos testemunhar o dia em que toda a escuridão for embora”.

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