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Fahui da China | Livrando-se das noções humanas, compassivamente salvando as pessoas na prisão

18 de fevereiro de 2017 |   Por uma praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Saudações, Mestre! Saudações, companheiros praticantes!

Tenho cultivado no Falun Dafa desde 1996, então já se passaram vinte anos. Por causa da perseguição iniciada por Jiang Zemin, fiquei presa durante dez anos por causa da minha crença, de 2006 a abril de 2016. Esses foram dez anos do tempo que eu tenho cultivado.

Testemunhei como as guardas e as prisioneiras fazem tudo o que podem para despedaçar o espírito das praticantes. Algumas praticantes foram espancadas até a morte, algumas ficaram incapacitadas, algumas ficaram mentalmente doentes, algumas tiveram suas famílias destruídas, algumas desistiram de sua crença contra sua vontade, e, com algumas, o Partido Comunista Chinês teve sucesso na lavagem cerebral e agora estão contra o Dafa.

Eu mesma tenho suportado uma quantidade enorme de dificuldades e quase perdi minha vida. Até agora, por causa do Fa e por causa da proteção do Mestre, eu sobrevivi. Com a ajuda do Mestre, fui capaz de me livrar de minhas noções humanas e salvar as pessoas à minha volta.

Tenho percebido ao longo dos últimos dez anos que, quando o estado de cultivo de um praticante é bom, é porque ele tem poucas noções humanas e entende os princípios do Fa bem. Quando o estado de cultivo não é bom, é porque ele não está fazendo o que o Fa requer de nós ou ele não conseguiu encontrar suas noções humanas ou a razão por trás desses apegos. Minha crença no Dafa não mudou durante os meus dez anos de prisão. De fato, se tornou ainda mais forte.

Permanecendo resoluta no Dafa

Os últimos dez anos em que estive na prisão foram longos e difíceis. Fui torturada brutalmente. O mal tem um controle forte sobre as guardas e as prisioneiras e reforça seu lado demoníaco ao lidar com praticantes do Dafa. Elas atacam e tentam fazer lavagem cerebral nas praticantes do Dafa que se recusam a renunciar sua crença.

Assim que cheguei, dez pessoas me cercaram e tentaram fazer lavagem cerebral em mim com histórias e mentiras fabricadas do Partido Comunista Chinês (PCC) difamando o Falun Gong. Eles se revezavam ao me atacar numa tentativa de me “transformar”.

Me afastei delas, não olhei, não escutei, e as ignorei completamente. Elas disseram: “Viu, você não consegue nem nos olhar nos olhos.” Mas quando eu olhava nos olhos delas para mostrar que eu não estava com medo, elas recuavam. “Por que vocês estão indo embora? Voltem. Olhem nos meus olhos.” Elas não ousaram olhar para mim e saíram rapidamente.

Várias prisioneiras me cercaram uma vez e tentaram fazer com que eu renunciasse ao Dafa. Usei os princípios a que eu tinha me iluminado no Fa para refutar suas mentiras e teorias ridículas, deixando-as sem palavras. Elas não puderam me convencer e começaram a xingar.

Como praticante, eu não podia xingá-las de volta, então comecei a repetir “Falun Dafa é bom”, de novo e de novo, com minha voz ficando mais e mais alta. Elas ficaram imobilizadas, ficaram olhando para o nada, e não podiam dizer uma palavra. A guarda me ouviu e veio dar uma olhada. Ela não disse nada para mim, mas gritou com as prisioneiras.

Escrevi uma carta de 20 páginas expondo as mentiras do PCC, dei exemplos de como o Dafa beneficiou os praticantes, e expliquei por que se deve deixar o Partido malvado. Mas a guarda para o qual eu enviei não retrocedeu em suas ações. Ao invés disso, as coisas pioraram.

Apartada do mundo exterior e torturada

Durante os Jogos Olímpicos de 2008, o mal era intenso. A prisão teve 300 praticantes do Dafa por dia durante seu pico. Todas que permaneceram resolutas no Dafa foram detidas em uma seção secreta do prédio.

Essa seção era escura e sombria e separada completamente do resto da prisão. Um portão de metal na entrada ficava sempre trancado. Cada cela ficava sempre trancada com as cortinas fechadas. Ninguém ousou perguntar quem estava detida lá.

Mas quando as praticantes eram torturadas, dava para ouvir os palavrões, o barulho dos espancamentos, e os gritos de tamanho sofrimento das praticantes que davam até calafrios. As guardas e as prisioneiras não queriam que ninguém ouvisse os gritos, então às vezes elas aumentavam o volume da TV para encobri-los.

Os métodos de tortura usados incluíam nos amarrar, suspender, amarrar os braços e pernas estendidos e ficar sentado em um banquinho por muito tempo. Esses bancos são muito pequenos e estreitos e tem pequenos buracos no meio. Objetos duros foram colocados nesses buracos, e as praticantes foram forçadas a sentar neles sem se mexerem por muito tempo, até quando nossas nádegas ficavam com feridas infectadas cheias de pus.

Para me “transformar”, as guardas e as prisioneiras amarram meus membros nos quatro cantos da cama e repetidamente puxavam meus braços e pernas. A dor era excruciante. Os ossos dos meus braços separaram nas articulações. Os ossos deslocados ficaram presos nos lados dos meus ombros por anos.

Fiquei amarrada na cama naquela posição por dois meses seguidos e não podia usar o banheiro. As prisioneiras me alimentavam todo dia com uma colher. A dor era insuportável e me levou ao limite. Eu falhei em duas tentativas de suicídio. Quase perdi a cabeça e eventualmente desisti.

Cultivando no Dafa novamente

Fiquei em uma depressão profunda e cheguei ao fundo do poço. Mas as coisas são obrigadas a mudar depois que chegam a um limite. Minha determinação para cultivar despertou lentamente. Eu refleti para mim mesmo: “Bom, se você não pode morrer, então continue a cultivar.” Meu caminho de cultivo arranjado pelo Mestre não era para terminar, então deixei o Fa ser o meu guia e segui em frente.

Comecei a usar boa parte do meu tempo para recitar qualquer coisa que podia me lembrar do Zhuan Falun, e Essenciais para Avanço Adicional. Também havia memorizado o Hong Yin e o Hong Yin II. Mesmo quando eu não estava recitando o Fa, eu focava em um pensamento: “Acredite no Mestre, acredite no Fa.” Repeti esta frase dezenas de milhares de vezes até o meu cérebro ficar dormente.

O Mestre viu que eu ainda tinha o coração para cultivar, então ele me fortaleceu e me deu sabedoria. Ele me mostrou vários princípios do Fa.

O Mestre disse em Zhuan Falun:

“Nós damos muitas coisas a todos. A todos os que realmente cultivam e se conduzem estritamente de acordo com o DaFa, eu os considero e os guio como meus discípulos. Sempre que você cultivar em Falun DaFa, nós o guiaremos e o consideraremos como um discípulo. ... Se você não cultivar, eles não cuidarão de você; se você cultivar, eles o ajudarão até o final.”

O Mestre também disse:

“Nosso Falun DaFa protege os nossos praticantes de se desviarem. Como os protege? Se você é verdadeiramente um cultivador, então, nosso Falun o protege. Estou enraizado no universo, e se alguém lhe pudesse causar danos, poderia causá-lo a mim; falando claramente, poderia causá-lo ao universo.” (Zhuan Falun)

Esta parte do Fa sempre me faz chorar. Percebi que o fashen do Mestre está sempre comigo e me protegendo. Eu não morri porque não seria capaz de cultivar novamente se perdesse meu corpo humano.

Na superfície parecia que a dor era muito grande para superar, então eu me vi em apuros com o mal, mas, de fato, isso não foi nada comparado com a quantidade indescritível que o Mestre suportou para mim. A compaixão do Mestre e a graça do Grande Buda não pode ser descrita com a linguagem humana e não pode ser imaginada com o pensamento humano.

Encontrando minhas noções humanas por meio do estudo do Fa

Enquanto recitava uma boa parte do Fa, muitas das minhas noções humanas vieram à superfície. Por exemplo, eu tinha medo — tinha medo de ser torturada se contasse às pessoas sobre o Dafa, estava com medo de ser amarrada na cama e sofrer novamente, e eu estava com medo de ser “transformada”.

Quando resisti em fazer a lavagem cerebral e disse às guardas e às prisioneiras que elas estavam erradas, eu estava sendo mais ou menos competitiva e argumentativa. No meu coração, as odiava e não era suficientemente calma ou gentil.

Eu estava as empurrando para o lado oposto sem a intenção de o fazer. Não as tratei como seres que precisam ser salvos. Ao invés, coloquei-as do lado oposto do Dafa. As velhas forças se aproveitaram dessa falha. Eu não só era incapaz de salvá-las, como também criei problemas para mim mesmo.

Conforme eu me tornava esclarecida a respeito dos princípios do Fa e descobria minhas falhas, decidi me livrar das noções humanas. O Mestre viu que meu xinxing tinha melhorado, então ele arranjou oportunidades para eu me livrar delas.

Superando o medo e validando o Fa

As autoridades tentaram desesperadamente impedir as praticantes de reunir a nossa energia reta dentro da prisão. Não era permitido conversarmos umas com as outras. Se nós o fizéssemos, seríamos torturadas. Validar ou não o Fa — se alguém tentasse dizer que o Dafa é bom, ousasse esclarecer a verdade — se tornou o teste final para ver se uma cultivadora presa poderia sobreviver naquele ambiente perverso.

Durante uma conversa com uma guarda, mencionei minha irmã, que também pratica o Dafa. Quando a guarda me perguntou como a doença da minha irmã havia sido curada, eu parei — o medo cresceu em mim. Mas quando ela perguntou de novo, eu só deixei escapar: “Praticando Falun Dafa.” E para minha surpresa, ela não ficou nervosa. Ela apenas repetiu suavemente o que eu disse, e foi isso.

Naquela noite, eu tive um sonho. Vi muitas pessoas que estavam muito animadas e todas estavam falando sobre algo. Elas mencionaram o meu nome e disseram “Ela voltou. Ela voltou,” significando que eu tinha provado para mim mesma ser uma cultivadora verdadeira novamente. Elas estavam tão felizes e contaram a todo mundo sobre isso.

Quando acordei, percebi que elas eram seres sencientes do meu mundo os quais viram que eu tinha levantado novamente depois de cair e tinha validado o Fa ao esclarecer a verdade em um ambiente tão ruim. Elas viram esperança e sabiam que poderiam ser salvas, então elas estavam felizes e espalhando a boa notícia.

O encorajamento do Mestre aumentou minha confiança em validar o Fa. Firmemente eu resisti às mentiras e à lavagem cerebral a que era colocada todo dia e não escrevi os relatórios de reflexão que eram pedidos. Eu não usava o crachá e não cooperava com nenhuma regra que era designada especificamente para “transformar” as praticantes.

A chefe da divisão mudou

Os seres malignos me observavam rigorosamente e estavam prontos para atacar a qualquer momento. Além de enviar pensamentos retos para eliminá-los, eu também tentei me livrar do meu apego ao medo e usava cada oportunidade para esclarecer a verdade.

Quando ouvi que uma praticante tinha sido torturada até a morte, não consegui parar de chorar. Comecei uma greve de fome para protestar. Quando as prisioneiras designadas para me monitorar perguntaram por que eu não estava comendo, eu disse: “Minha companheira praticante foi espancada até a morte, como se a vida de uma praticante não significasse nada. Os responsáveis nem sequer tem que arcar com as consequências. Eu não posso comer.”

Isso foi relatado à chefe da divisão, e ela teve uma conversa comigo em seu escritório. Primeiro ela tentou descobrir de quem eu ouvi isso. Eu disse: “Eu não posso falar para você quem me contou. Se eu falar, ela estaria muito encrencada. Eu não posso te contar.” Quando ela negou que a praticante estava morta. Pedi para ver a praticante, e foi quando ela ficou em silêncio. Usei a oportunidade e contei mais a ela sobre o Dafa.

Ela ouviu em silêncio por muito tempo. Eu disse a ela: “O bem será recompensado com o bem e o mal com o mal. Haverá retribuição cármica para quem quer que seja o responsável.” Ela admitiu ao final que ela tinha cometido um erro. “É culpa minha. Eu não fiz um bom trabalho e causei o incidente”, ela disse. Eu terminei a minha greve de fome de três dias sem ser alimentada à força.

A chefe da divisão mudou de postura depois da nossa conversa. Ela visitava as praticantes com frequência em cada cela e disse às prisioneiras para não as maltratar. Quando eu disse a ela que algumas prisioneiras torturaram as praticantes à noite, ela começou a fazer uma caminhada de noite quando ela estava de plantão.

Quando me livrei de minhas noções humanas e passei a fazer as coisas com compaixão, os seres malignos nas outras dimensões não podiam mais interferir. Somente quando eu tinha falhas no meu cultivo é que o mal ousava me perseguir.

Eliminando interferência com pensamentos retos

Já que existe muita maldade na prisão, esclarecer a verdade lá é mais complicado que em qualquer outro lugar. É preciso escolher à hora certa e o lugar certo e esperar para abordaras guardas de bom humor. Seria bom evitar outras guardas e prisioneiras, assim elas não teriam que se preocupar em serem reportadas ou de terem problemas.

Se tiver considerado cada aspecto e abordá-las no momento certo, elas provavelmente aceitarão uma carta de esclarecimento da verdade. O conteúdo da carta não deve gerar nenhuma negatividade nelas. Tem que deixá-los entender a verdade sem afetar sua reputação ou interesses pessoais.

Também tem que eliminar a interferência e os seres malignos que as impedem de ler tais cartas. Na primeira vez que escrevi uma carta para a chefe da divisão, ela foi muito cautelosa e pegou a carta de um jeito que parecia que ela estava a confiscando de mim. Eu não sabia o que ela estava pensando e fiquei um pouco preocupada. Comecei a recitar o Fa e enviei pensamentos retos para eliminar todos os elementos malignos que estavam a impedindo de ser salva.

O Mestre disse:

“As velhas forças não se atrevem a opor-se ao nosso esclarecimento da verdade ou a que salvemos seres conscientes. A chave é não deixar que elas se aproveitem das lacunas em seu estado mental quando fazem as coisas.” (“Ensinando o Fa na Conferência do Fa de Boston” de Ensinando o Fa em Conferencias II)

O Mestre também disse:

“Canetas divinas estremecem os demônios em pele humana Como espadas afiadas, elas extirpam fantasmas podres As velhas forças não respeitam o Fa Um florescer de pinceladas suprime a onda selvagem.” (“Estremece e Assusta” de Hong Yin II)

Meus pensamentos retos ficaram mais e mais fortes conforme eu continuava a recitar o Fa, e minhas noções humanas e muito dos fatores malignos foram eliminados. Me tornei mais calma e confiante. Não tive nenhum problema por causa da carta, e a chefe da divisão passou a ser mais receptiva à verdade.

Cada uma das minhas cartas para esta chefe da divisão em particular era de pelo menos 30 páginas, e eu escrevi para ela no mínimo seis vezes. Cobri todos os aspectos e esclareci a verdade completamente para ela. Uma vez ela me falou “Você tem escrito um livro com essas cartas”, e também disse que ela gostou de lê-las. Enquanto ela estivesse disposta a lê-las, eu continuava a escrever para ela.

Uma “reunião de compartilhamento de milagres

Lembro-me de outra chefe de divisão com a qual não fiz um bom trabalho em esclarecer a verdade. Como resultado, fui torturada. “Se tivesse tido um coração puro como o que tenho agora, talvez eu pudesse tê-la salvado”, eu pensei. Mas ela foi transferida para outro lugar.

No entanto, desde que eu tive este pensamento, o Mestre fez arranjos. A atual chefe da divisão foi transferida depois que ela tinha descoberto a verdade, e a chefe de divisão anterior voltou. Usei a oportunidade arranjada pelo Mestre e escrevi cartas de esclarecimento da verdade para ela.

Depois de receber sete ou oito cartas com 30 páginas, ela falou para eu ir ao seu escritório. Eu expliquei para ela o que o Dafa é e o quão errado a perseguição é. Disse a ela sinceramente no final: “Por favor acredite em mim.” Ela perguntou sobre o que eu estava falando. Eu disse: “Que o Falun Dafa é bom.” Ela ficou muito comovida.

Continuei e disse a ela que tem havido muitos milagres entre os praticantes. “Se não fosse porque o Buda verdadeiro tivesse descido ao mundo humano, quem seria tão tolo de arriscar suas vidas para continuar resoluto e recusar a desistir?”. Disse a ela sobre quando um par de algemas que estava me causando muita dor simplesmente se abriu e caiu no chão diante dos meus olhos.

“Você será bem-vinda para conversar com aquelas que têm permanecido resolutas no Dafa. Provavelmente todas elas têm experimentado tais coisas milagrosas”, eu disse. Ela respondeu: “Eu não preciso dar uma olhada nisso. Diga a elas que nós teremos uma reunião em alguns dias.” Ela pensou sobre isso e disse: “Nós podemos chamá-la de reunião de compartilhamento de milagres. Todos vocês podem compartilhar os milagres que aconteceram com vocês.” Eu concordei.

Apesar de a reunião não ter acontecido, ela teve um pensamento muito reto.

Esclarecendo a verdade nas cartas

As prisioneiras não ousavam aceitar a carta de esclarecimento da verdade se fosse lhes dada diretamente. Eu procurava por oportunidades onde podia entregar para elas enquanto estávamos sozinhas. Às vezes, eu pedia para que lessem por meio dos meus rascunhos e fiz com que elas lessem as cartas desse jeito. Muitas das prisioneiras designadas para me monitorar tinham descoberto a verdade, e elas não me observavam tão rigorosamente.

Escrevi cartas de esclarecimento da verdade para a diretora, assistente de diretoria, cinco chefes de divisão, seis guardas, chefe do setor de educação, médica da prisão, e para muitas prisioneiras. As cartas quase sempre tinham mais do que 30 páginas.

O Mestre disse:

“Esclarecer a verdade é a chave mestra.” (“Ensinando o Fa na conferência do Fa de Atlanta de 2003” de Ensinando o Fa em Conferências IV)

O Mestre também disse:

“Esclarecer a verdade e expulsar os demônios podres.” (“Salvando o mundo” de Hong Yin III)

As pessoas à minha volta gradualmente descobriram a verdade, e comecei a desfrutar de um pouco de liberdade dentro da divisão. Eu era capaz de ir a qualquer lugar da divisão sem ser questionada. Uma chefe da divisão disse para todo mundo: “Ela pode subir ou descer escadas, e até ir ao escritório. Não detenham-na contanto que ela esteja acompanhada por uma prisioneira.”

Eu sou muito agradecida ao Mestre por ter arranjado um ambiente para mim onde eu possa entregar cartas de esclarecimento da verdade para as pessoas na prisão.

As pessoas perto de mim testemunham a maravilha do Dafa

Quando recomecei a fazer os exercícios pela primeira vez, as prisioneiras me seguiam a cada passo que eu dava. Disse a elas gentilmente que não precisavam me seguir tão de perto. Garanti a elas que assumiria toda a responsabilidade se algo acontecesse, e que não arranjaria nenhum problema para elas. Todas elas descobriram a verdade, então elas pararam de me seguir e só me lembraram de não ficar na sala onde eu fazia os exercícios por muito tempo.

Eu procurava por uma oportunidade para fazer os exercícios todo dia. Um dia quando eu estava pendurando uma toalha, uma das prisioneiras disse: “Oh, você não precisa mais ficar na ponta dos pés para pendurar a toalha. Você pode alcançar o cabide.” Eu não era capaz de levantar os meus braços completamente depois de ter sido amarrada na cama e torturada. Por meio dos exercícios do Falun Dafa, eu tinha me recuperado.

Depois de testemunhar a minha recuperação, essas prisioneiras em particular não me vigiavam mais. Se alguém me visse fazendo os exercícios, ela ajudaria a encobrir. Ela disse para mim, antes de ser liberada: “Se cuide. Eu só me preocupo com você.”

Novas prisioneiras foram designadas para me monitorar quando as antigas saíram. Esclareci a verdade para todas elas e ajudei algumas a deixarem o Partido. Uma delas voluntariamente vigiava a porta para mim enquanto eu fazia os exercícios.

Uma vez, eu estava meditando na cama. Uma guarda de passagem perguntou: “Ela está praticando o Falun Gong?”. A prisioneira respondeu: “Não. Ela só esta descansando.” A guarda não disse nada e foi embora. Um dia, ela me disse: “Os ossos não estão mais saindo nos seus ombros. Você parece bem.”

Criando um ambiente de cultivo por fazer os exercícios

Algumas prisioneiras descobriram que eu estava fazendo os exercícios e me reportaram às guardas da prisão. Mas a prisioneira que me monitorava negou. As guardas não queriam que isso se tornasse um problema e falaram para eu não usar a sala de novo. Refleti para mim mesma: “Eu comecei a fazer os exercícios e não vou parar.”

Enquanto andava pelo corredor um dia, notei uma prisioneira me seguindo. Outras estavam me observando de dentro de suas celas através das portas abertas. Pensei: “Não vou parar de fazer os exercícios só porque as pessoas estão olhando. Vou fazer meus exercícios do mesmo jeito.” Parei e disse em alto volume, mas calmamente: “Vocês não querem me ver fazer os exercícios? Venham, eu mostro a vocês.”

Depois que eu disse aquilo, a prisioneira que estava me seguindo voltou correndo para sua cela e fechou a porta. Todas as outras portas fecharam também. Ninguém mais se importava se eu fizesse os exercícios depois daquilo.

Eu estava fazendo os exercícios embaixo de uma câmera de segurança uma vez. No momento em que eu “seguia o mecanismo” e movia minhas mãos para baixo, vi uma guarda se aproximando de mim. Ela perguntou o que eu estava fazendo. Eu disse a ela. Ela disse: “Fazer os exercícios bem de baixo da câmera? Você está tentando demitir todos nós?”

Eu disse a ela: “Isso é impossível. Meus exercícios beneficiam todo mundo, mas eu não vou criar problema para ninguém. Isso é ideia minha e assunto meu. Não castigue as prisioneiras. Todas elas querem ser soltas mais cedo.” Ela viu que eu considerava muito os outros e foi comovida.

Ela me deixou usar a sala de novo depois daquela conversa e designou uma prisioneira para vigiar a sala para mim. Perto do fim do meu período, eu podia fazer os exercícios livremente. Se fosse a chefe da divisão ou as guardas, se elas me viam fazendo os exercícios, elas somente viravam e iam embora como se elas não tivessem visto nada.

Eu só tinha o desejo de esclarecer a verdade e de ter um ambiente no qual pudesse fazer os exercícios. O Mestre arranjou tudo. Em um estabelecimento tão maligno do PCC, se não fosse pela compaixão do Mestre, como eu poderia ter feito isso sozinha?

Mais uma vez me iluminei ao significado profundo das palavras do Mestre:

“Estou enraizado no universo, e se alguém lhe pudesse causar danos, poderia causá-lo a mim; falando claramente, poderia causá-lo ao universo.” (Zhuan Falun)

Palavras não podem expressar a minha gratidão ao Mestre.