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Palestras em universidades de San Diego enfocam sobre o tráfico de órgãos humanos na China

4 de dezembro de 2017 |   Por um praticante do Falun Dafa em San Diego

(Minghui.org) A Coalizão Internacional para o Acabar com a Extração de Órgãos na China organizou discussões em duas grandes universidades públicas em San Diego, Califórnia, no início deste mês. Os eventos visaram aumentar a conscientização sobre os abusos maciços de transplantes de órgãos na China e apoiar uma resolução apresentada pelo senador do estado Joel Anderson no Senado da Califórnia, que condena violações dos direitos humanos na China. A resolução, SJR 10, foi retirada do Senado após ameaças do Consulado Chinês em San Francisco.

Membros da conferência na Universidade Estadual de San Diego, 1º de novembro de 2017, (da esquerda para a direita): Sra. Grace Huiying Li, Dra. Shizong Chen, Senadora Joel Anderson, Hon. David Kilgour e David Matas. O senador do estado da Califórnia, Joel Anderson (centro), fala sobre a importância de retornar a SJR 10 ao Senado. Ele disse: "Não podemos tolerar a interferência de uma força comunista estrangeira com a legislatura estadual".

Aproximadamente 200 alunos e professores participaram do evento no Parma Payne Goodall Alumni Center na Universidade Estadual de San Diego (SDSU) na noite de 1 de novembro.

Um segundo evento ocorreu na noite seguinte no anfiteatro Price Center no campus da Universidade da Califórnia (UCSD), em San Diego.

Entre os palestrantes, em ambos os eventos, estavam o senador Joel Anderson, ex-secretário de Estado canadense Hon. David Kilgour e o advogado internacional de direitos humanos, David Matas.

Os Srs. Kilgour e Matas são co-autores dos livros "Colheita Sangrenta" e dois relatórios de investigação sobre a extração forçada de órgãos de Falun Gong presos, as principais vítimas desse crime.

Eles proferiram uma palestra sobre sua investigação na última década, em particular, seu relatório atualizado em 2016, que estima que o regime chinês está realizando 60.000 a 100.000 de transplantes por ano, enquanto, as autoridades chinesas alegam 10.000 por ano.

"Eu fui promotor por dez anos, então eu sei algo sobre evidências", disse Kilgour.

"Nossa investigação encontrou evidências de apreensões de órgãos em larga escala de praticantes do Falun Gong, sem o seu consentimento. Seus órgãos vitais, incluindo rins, fígados, córneas e corações, foram confiscados involuntariamente a preços altos, às vezes para estrangeiros, que normalmente enfrentam longas filas de esperas para receber doações voluntárias desses órgãos em seus países de origem."

Com evidências esmagadoras sobre o comércio de órgãos ilícitos na China, os países Israel, Taiwan, Itália e Espanha aprovaram leis para impedir que seus cidadãos recebam órgãos humanos de origem ilegal. Em junho de 2016, por unanimidade, os representantes da Câmara do Congresso dos Estados Unidos aprovaram a Resolução da Câmara 343, expressando preocupação com relatórios persistentes e credíveis da extração de órgãos sem consentimento, sistemática e sancionada pelo Estado, de prisioneiros de consciência na China - inclusive em grandes quantidades - de praticantes do Falun Gong, bem como de cristãos, tibetanos e uigures.

Ex-juiza da China: perseguida por sua fé

Grace Huiying Li, ex-juiza da China e praticantes do Falun Gong, também proferiram uma palestra sobre sua própria prisão na China.

"Jiang Zemin teve muita inveja da popularidade do Falun Gong", disse Li. "Ele iniciou uma perseguição brutal em julho de 1999 e declarou uma ordem para arruinar a reputação dos praticantes do Falun Gong, para persegui-los financeiramente e erradicá-los fisicamente."

Seu pai, um promotor, também praticou o Falun Gong. Tanto a Sra. Li quanto o pai foram enviados para campos de trabalho forçado, sem julgamento. Seu pai morreu pouco depois da libertação de sua prisão de um ano. Ela mesma foi mantida em um campo de trabalho por três anos e forçada a trabalhar de 16 a 17 horas por dia.

As mulheres no campo de trabalho foram violentadas sexualmente com punhos de vassoura quebrados e vidro irregular, disse Li. Quando ela enfrentou o chefe dos guardas da prisão contra a tortura a que outras mulheres foram submetidas, ela foi acusada de espalhar rumores e foi trancada em uma gaiola como punição.

Ela disse: "Eles algemaram meus braços atrás das minhas costas e fiquei lá por sete dias e sete noites de sono. As imagens daqueles dias são difíceis de esquecer. Até hoje, ainda me assombram.

A Sra. Li também disse que todos os praticantes do Falun Gong no campo passavam por exames de sangue, embora não recebessem nenhum tratamento médico depois de serem torturados. Apenas anos depois, ela percebeu que os testes estavam relacionados à extração forçada de órgãos.

China Interfere com a Legislatura do Estado da Califórnia

Em seu discurso, o senador Joel Anderson disse: "Há poucas questões em nossas vidas que podemos ficar firmes e realmente fazer a diferença, e defender os direitos humanos, não importa onde eles estejam no mundo."

Ele explicou que, em julho, ele apresentou a Resolução Conjunta 10 do Senado, que condena oficialmente a perseguição na China. Depois de receber apoio bipartidário no Comitê do Judiciário do Senado, o SJR 10 foi inesperadamente enviado de volta ao Comitê de Regras pela liderança do Senado, depois que o Consulado Geral da China em San Francisco enviou uma carta a todos os senadores, ameaçando a relação de trabalho da Califórnia com a China.

O senador Anderson disse que continuaria seus esforços para ter de volta o SJR 10 no Senado. "Não podemos tolerar a interferência de uma potência estrangeira comunista com a legislatura estadual", afirmou. "A SJR 10 merece uma votação no Senado".

O senador Anderson pediu ao público que exigisse que o SJR 10 fosse encaminhado para a votação.

"Quero que os legisladores se unam e se oponham a este holocausto, como sempre nos reunimos para enfrentar outros genocídios", disse ele. "Por isso, eu vou ser lembrado! Não será por eu aumentar seus impostos ou baixá-los, ou porque consertei suas estradas ou não. Será porque eu estava no lado justo da humanidade! E então eu pergunto às pessoas: se vocês concordarem comigo, assinem esta petição para apoiar nossa resolução. Se vocês se inscreverem e apoiarem, meus colegas verão que há um grande impulso para isso."