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Praticante ocidental: compreendendo o egoísmo e a auto validação

21 de janeiro de 2017 |   Por um praticante ocidental nos EUA

(Minghui.org) Cheguei ao entendimento que o egoísmo é uma característica degenerada do velho cosmos e ele levou que inúmeros seres fossem contra a retificação do Fa do Mestre, resultando na eliminação de um número imensurável de seres. Quando eu iniciei o meu cultivo há pouco mais de um ano, encarei os apegos de uma forma muito simplista. Eu me concentrei na eliminação de muitos apegos, mas não estava ciente da razão pela qual alguns deles eram ruins. Por exemplo, em relação ao apego de exibicionismo, eu entendi que o Mestre nos disse que ele era um apego muito ruim, mas eu realmente não sabia o motivo. Eu tinha a mesma mentalidade ao considerar muitos apegos diferentes. Eu agora entendo que o novo cosmo é puramente altruísta e muitos apegos sobre os quais o Mestre nos falou são manifestações de egoísmo. Se estou me cultivando e me assimilando à Verdade, Compaixão, Tolerância, devo livrar-me de todos os pensamentos e comportamentos egoístas. Como seria possível eu carregar toda essa "bagagem" egoísta comigo para o novo cosmo? Gostaria de compartilhar alguns entendimentos que tive recentemente sobre como o egoísmo se manifestou em minhas interações com os praticantes.

Eu sempre pensei que tinha uma boa compreensão do Fa e que raramente estava errado. Às vezes até pensava que os outros teriam dificuldade em me dar conselhos. Durante conversas com outros praticantes eles me disseram que, enquanto eles estavam falando, eu exibia em meu rosto um olhar muito severo. Em minha mente, em vez de esperar pacientemente que eles terminassem de falar, eu somente pensava em qual era a minha opinião. Quando os outros terminavam de falar, eu sempre os corrigia e dava a minha própria opinião, que eu considerava que era muito superior ao entendimento deles. Ao corrigir os outros, eu não mostrava nenhuma compaixão em minha voz. Ao enviar pensamentos retos, se eu visse a mão de alguém começar a descair, eu chamava severamente seu nome como se estivesse repreendendo uma criança por roubar biscoitos.

Finalmente quando outros dois praticantes me falaram sobre meu comportamento, fiquei chocado. Eu sabia que minhas ações não eram perfeitas, mas não percebi quão seriamente eu estava afetando os outros. Eu sempre disfarcei o apego com o pensamento de "Estou tentando ajudar os outros a melhorar, então eu preciso empurrá-los para fazerem melhor." Tudo o que eu pensava era sobre o que “eu” achava e qual era a “minha” opinião. Eu nunca havia pensado uma única vez sobre como as minhas ações e tom de voz afetariam os outros. Comecei a perceber como isso era sério. Eu estava mantendo a mesma noção que havia destruído as velhas forças, que costumavam ser deuses magníficos em seus reinos. Eu agradeci aos companheiros praticantes por falarem comigo e pedi desculpas por minhas ações. Agora tenho feito grandes esforços para mudar a minha forma de agir para com os outros. O Mestre nos ensinou a considerar sempre primeiro os outros e a pensar em como nossas ações os afetarão. Agora ao enviar pensamentos retos, se vejo a mão de alguém a descair, sussurro suavemente seu nome. Parece até que os pensamentos retos de todos melhoraram agora que eu não estou mais agindo como um ditador.

Recentemente também acabei por entender como o egoísmo se manifesta ao falar com os outros. De volta para casa depois do recente Fahui em Washington D.C., todos estavam discutindo sobre o que haviam aprendido e experimentado. A conversa estava indo bem, mas eu comecei a sentir algo errado comigo. Tive a sensação familiar de olhos pesados e avermelhados. Eu sabia que havia demônios tentando infiltrar-se em minha mente. Minha primeira ação foi enviar pensamentos retos, mas isso não teve nenhum efeito. Então olhei para dentro e tentei entender que brecha minha estava permitindo a interferência deles. Percebi que sempre que alguém estava falando, minha mente estava inteiramente concentrada no que eu diria quando ele terminasse. Eu estava muito preocupado com minha própria opinião e eu não considerava os pensamentos deles tão importantes quanto os meus. Essa atitude não exibe auto validação e egoísmo? Uma vez que percebi minhas ações incorretas, eu as eliminei e mudei meu pensamento. Instantaneamente a interferência desapareceu e eu me senti novamente normal. Agora, quando os outros falam, dedico toda a minha atenção ao que eles têm a dizer. Descobri que seus entendimentos realmente me ajudaram muito.

Resumindo, quero lembrar algumas coisas a todos. Devemos ser capazes de olhar para além de nossa própria opinião e aceitar outros pontos de vista e críticas. É muito importante para os praticantes apontar os problemas dos outros, mas temos de ter um coração bondoso ao fazê-lo. Quando os outros estão falando, devemos ser capazes de, compassiva e pacientemente, ouvir o que eles têm a dizer. Se nos agarrarmos aos nossos próprios pensamentos e noções, eles nos impedirão de aceitar a ajuda dos outros. Somos um só corpo, e é crucial que sejamos capazes de trabalhar juntos e cooperar ao fazer as coisas. Conviver bem com outros praticantes não é difícil, basta ter a disposição de deixar de lado nossas próprias noções do que é certo e errado. Vamos colocar o Fa primeiro e nos livrar das noções egoístas que nos atrasam.

Por favor apontem gentilmente meus equívocos.

(Artigo originalmente publicado em 1 de agosto de 2007)