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A virtude do perdão e da generosidade

15 de julho de 2016 |   Por Tangjian

(Minghui.org) Como diz um proverbio: “Ninguém é perfeito. Todo mundo comete erros”. Inclusive pessoas conhecidas por seus méritos não são imunes a cometer erros. Portanto, é desconcertante que alguém não possa tolerar os erros dos outros.

Se uma pessoa sempre joga a culpa nos outros e nunca pensa em seus próprios erros cada vez que há um conflito, vai fazer inimigos. É quase impossível ter amigos se carecer da virtude do perdão e da generosidade. E os outros serão menos propensos a perdoar e ser generosos em troca.

Vários personagens notáveis da Dinastia Tang (618-907 d.C.) resolveram rancores com generosidade, como a história de Du Chuke.

Compensando o ódio com perdão

Du Chuke serviu o exército de Wang Shicong com seu tio Du Yan. Suas possibilidades de ascensão eram baixas, já que Wang, que havia cobrado proeminência depois de derrubar o último imperador da Dinastia de Sui (581-618 d.C.), foi sitiada por exércitos de Tang no Oeste.

O tio, Du Yan, odiava Du Chuke e seus irmãos. Seu irmão mais velho foi assassinado por ordem de Wang Shicong, porque Du Yan o odiava. O mesmo Du Chuke foi jogado na prisão, onde quase morreu de fome. No entanto, não guardava nenhum rancor de seu tio.

Depois que o general Tang Li Shimin (598-649 d.C.) derrotou Wang Shi Chong, Du Yan enfrentou sua execução por servir a Wang Shichong.

O outro irmão mais velho de Du Chuke, Du Ruhui, era o assessor principal de Li Shimin. Du Chuke foi ver seu irmão e ele implorou com lágrimas nos olhos que salvasse a vida do tio. Primeiramente, Du Ruhui se negou.

“Nosso tio assassinou nosso irmão mais velho”, disse Du Chuke. “Se o matarem, acelerará o fim da nossa linha familiar. Isso é triste”.

Du Ruhui se comoveu. Deixou ir seu ressentimento e pagou o ódio de seu tio com generosidade. A pedido de Du Ruhui, Li Shimin salvou a vida de Du Yan.

Culpado injustamente por gerar discórdia

Depois de sua liberação, Du Yan estava a ponto de unir-se as filas do príncipe Li Jiancheng, que era irmão mais velho de Li Shimin e seu oponente. Fang Xuanling, estava preocupado pela ameaça que Li Jiancheng representaria se recrutasse Du Yan. Fang sugeriu que Li Shimin atribuísse a Du Yan uma posição onde seu talento tivesse bom uso.

No ano 625, uma rebelião explodiu. Depois de ser reprimida, os rebeldes confessaram que estavam seguindo ordens do príncipe Li Jiancheng, mas culparam a Du Yan de instigar a discórdia entre o príncipe Li Jiancheng e Li Shimin. Li Shimin era consciente de que Du Ya era inocente e o recompensou com 300 onças de ouro.

Depois de que Li Shimin assumiu como Imperador Taizong de Tang em 626, nomeou Du Yan como ministro responsável de toda a hierarquia de funcionários públicos. Mais de 40 funcionários foram promovidos para servir na corte imperial por recomendação de Du Yan, e muitos se sobressaíram em serviço do país.

Uma vida perdoada

Depois de salvar a vida de seu tio, Du Chuke viveu como um ermitão nas montanhas de Song no que hoje é a província de Henan, a centenas de quilômetros a leste da capital Tang. Ele voltou a servir a corte imperial em 630, onde ascendeu ao cargo de ministro.

Du Chuke foi surpreendido subornando funcionários da corte imperial em nome do quarto filho do Imperador Taizong, que queria interromper a sucessão do reinado imperial que o Imperador Tainzong já havia planejado.

Quando Taizong soube da trama de Du Chuke não disse nada a ninguém. Anunciou a participação de Du Chuke quando o crime veio à tona, mas ele perdoou sua vida. Então nomeou Du Chuke para o cargo de Comissário do Condado, para que assim pudesse pagar suas transgressões servindo ao país.

Assim Du Chuke, que havia tratado seu tio de modo justo no passado, foi ao final compensado com bondade.

Assim foi com pessoas de diversas origens na Dinastia Tang curavam rancores mediante a concessão do perdão e tolerando os erros dos outros. Desta forma a Dinastia Tang floresceu durante o reinado do Imperador Taizong.

(Adaptado do “Livro de Tang”, biografia volume 16)