(Minghui.org) O advogado de defesa e simpatizantes de um residente da cidade Maoming foram impedidos de participar de seu julgamento supostamente público. As autoridades apenas autorizaram quatro membros da família do réu a entrar na sala do tribunal, enquanto o resto dos assentos foi ocupado pelos agentes enviados pelas autoridades locais.

O Dr. Wu Zhiqi foi acusado de “usar um culto para sabotar o cumprimento da lei” um pretexto padrão utilizado pelo regime comunista chinês para sentenciar os praticantes do Falun Gong.

O praticante havia contratado seu próprio advogado, que entrou com uma alegação de inocência em nome de seu cliente, mas as autoridades impediram que o advogado entrasse na sala do tribunal. O juiz, sem alternativa, nomeou dois advogados sem o consentimento do Dr. Wu. Os advogados nomeados pelo tribunal adulteraram sua declaração e fizeram uma confissão de culpa para seu cliente.

O juiz adiou a audiência sem emitir um veredicto. O Dr. Wu continua encarcerado desde sua prisão em novembro de 2015.

Antes de sua última detenção, o Dr. Wu passou sete anos na prisão e um ano em um campo de trabalho por se recusar a renunciar à sua fé no Falun Gong. Sua família teme que ele possa ser submetido ao mesmo tipo de punição por exercer o seu direito constitucional à liberdade de crença.

Advogado de defesa, monitorado antes do julgamento, é expulso do tribunal

Nos lugares onde a perseguição ao Falun Gong é mais grave, nem sempre é fácil conseguir um advogado para defender um praticante. O Dr. Wu teve a sorte de ter o advogado de defesa, Sr. Zhang Zanning, para representá-lo e apresentar uma declaração de inocência em seu nome. Essa foi a primeira vez na cidade de Maoming que um advogado concordou em defender a inocência de um praticante do Falun Gong.

No entanto, as autoridades não pouparam esforços em frustrar a defesa do Sr. Zhang ao seu cliente no tribunal.

O advogado observou que foi monitorado de perto durante a sua estada no Distrito de Dianbai. A recepcionista no seu hotel foi substituída por um oficial à paisana, vários policiais à paisana ficaram na entrada do hotel e vários carros da polícia estacionaram na rua em frente ao hotel. A polícia também tirou fotos do táxi que o levou para o tribunal.

De acordo com a família do Dr. Wu, mais de 100 oficias à paisana e locais da Agência 6-10 foram colocados do lado de fora do tribunal no dia do julgamento. A entrada para o tribunal foi fechada e apenas uma porta lateral permaneceu entreaberta. Os oficiais de justiça verificavam a identidade de quem entrava para a audiência.

Quando o Sr. Zhang chegou, os oficiais de justiça o empurraram para fora pela porta lateral, mesmo ele falando várias vezes que estava lá para defender o seu cliente.

O advogado esperou do lado de fora e tentou acompanhar o seu cliente para o tribunal quando a polícia o escoltava, mas os oficiais de justiça novamente o empurraram para fora.

Em seguida, o advogado foi para a procuradoria apresentar uma queixa contra o tribunal, e foi informado que eles possuíam ordens da Agência 6-10 para não aceitá-la.

Simpatizantes do acusado são impedidos de entrar

Mais de 20 parentes do Dr. Wu vieram mostrar o seu apoio, mas apenas sua esposa e seus três filhos foram autorizados a entrar. A sala do tribunal estava cheia com mais de 50 pessoas escolhidas pelo tribunal, incluindo o pessoal da Agência 6-10 e outros funcionários do governo.

Além disso, dois dias antes do julgamento, a polícia assediou os praticantes locais do Falun Gong, ameaçando-os para não assistirem ao julgamento. Vários praticantes também receberam visitas inesperadas da polícia local no dia da audiência.

O pai da Sra. Lin Yanmei, de 83 anos de idade, estava determinado a assistir ao julgamento, mas foi parado por dois policiais à paisana quando tentava chamar um mototáxi. Então, foi caminhando, mas o julgamento já havia terminado quando ele estava na metade do caminho para o tribunal. Ele não teve escolha senão virar-se e voltar para casa.

O Sr. Li Kun foi parado no momento em que chegou ao tribunal e arrastado para um carro. Ele foi levado de volta à sua cidade natal em Poxin para ser interrogado.

O Sr. Liang Wei foi convocado para a delegacia de polícia para uma conversa na manhã da audiência, impossibilitando-o de ir ao tribunal.

A Sra. Chen Yiping e o Sr. Wu Jincheng encontravam os oficiais aonde quer que fossem. Os policiais não recuaram até a audiência do Dr. Wu terminar.

Informações de contato dos perseguidores:

Huang Fu (黄甫), presidente do Tribunal Distrital de Dianbai: + 86-668-5516598, + 86-668-5116333, + 86-13902548033
Lin Ming (林明), juiz presidente: + 86-668-5526017, +86 -668-5128328, + 86-13592958900
Chen Xiaofeng (陈晓峰), promotor no caso do Dr. Wu: + 86-668-5522811
Zhu Guanheng (朱冠恒), chefe da procuradoria: + 86-13927559966Lu Shanghui (陆尚辉), cabeça da Divisão de Segurança Doméstica: + 86-13902511787

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