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O Falun Gong me curou, mas fui preso e torturado por praticá-lo

6 de março de 2016 |   Por Zhang Guoliang, um praticante do condado de Gong'an, província de Hubei, China

(Minghui.org) “Quando eu tinha 19 anos uma grave doença me levou ao desespero, mas eu tive um forte desejo de sobreviver e isso me levou a praticar o Falun Gong. Eu rapidamente recuperei minha saúde e a esperança ressurgiu na minha vida”, disse Sr. Zhang Guoliang quando começou a praticar o Falun Gong.

Em julho de 1999, quando a perseguição ao Falun Gong começou, o Sr. Zhang foi preso e condenado a três anos e meio de prisão, onde sofreu uma horrível tortura. Seu peito foi seriamente afetado e ele desenvolveu hidrocefalia. A reputação de sua família foi arruinada com acusações sem fundamento.

Abaixo apresentamos o relato da experiência do Sr. Zhang.

Grave doença renal desaparece depois começar a prática do Falun Gong

Em 1996 eu estava servindo o exército na cidade de Yantai, província de Shandong, aos 19 anos de idade.

Houve uma grande festa na minha unidade em 1º de outubro. No dia seguinte, comemos os frutos do mar que haviam sobrado. Foi uma péssima ideia. Quase todos, incluindo eu, sofremos intoxicação alimentar e fomos levados ao hospital. Eu urinei sangue e sentia-me cansado. Depois de um exame físico no Hospital Militar Geral em Jinan, eu fui diagnosticado com doença renal crônica e classificado como incapacitado.

Iniciaram meu tratamento por hormônios e comecei a tomar muitos comprimidos. Um médico militar me disse que não havia cura para uma doença dessa natureza em nenhum lugar do mundo. Fiquei ainda mais assustado quando ele me disse que isto eventualmente se transformaria em uremia, e que eu morreria assim que eu me casasse e tivesse filhos.

Senti-me desesperado e deprimido. Eu estava à beira de um colapso. Como isso pôde acontecer comigo? Eu tinha apenas 19 anos!

Durante aqueles dias, meu comandante muitas vezes me visitou no hospital. Ele tentou me confortar. “Não tenha medo. Se a medicina ocidental não puder curar a sua doença, vamos levá-lo a um médico da medicina chinesa. Se o médico da medicina chinesa não puder curá-lo, vamos tentar receitas especiais. Se estas não funcionarem para você, você pode tentar praticar o Falun Gong”.

Segui seu conselho e tentei a medicina ocidental e depois a medicina chinesa. Nenhuma delas funcionou. Então, eu voltei para casa para encontrei uma receita especial. Após três meses de tratamento, voltei à minha unidade. Na minha primeira noite, a minha doença retornou.

Então eu pensei no Falun Gong. Eu me encontrei com meu comandante para aprender mais sobre o Falun Gong. Naquela época, dezenas de milhões de chineses de todas as áreas praticavam o Falun Gong. Muitos deles eram estudiosos e autoridades nas suas áreas de atuação.

Eu fiquei refletindo sobre isso. Aquelas pessoas têm conhecimento e são grandes intelectuais. Seria improvável que elas acreditassem em algo sem uma boa razão. Assim, me tornei determinado a praticar o Falun Gong.

Eu parei de tomar os medicamentos. Depois de três meses de prática, eu parei de urinar sangue. Foi então que decidi praticar o Falun Gong pelo resto da minha vida.

Eu me retirei do exército no final de 1997 e me casei em 1999. No ano seguinte, minha esposa deu à luz à nossa filha.

Outro milagre ocorreu depois que comecei a cultivar o Falun Gong. Eu havia contraído uma doença de pele que fez a pele do meu rosto coçar e escamar. Quando eu suava durante o verão o meu rosto parecia queimar.

Eu sofri com essa situação incomoda por vários anos e não consegui encontrar um tratamento eficaz. Menos de duas semanas depois de eu praticar o Falun Gong, a doença desapareceu. Ao lavar meu rosto, após um cochilo ao meio-dia, esfreguei e saiu uma camada de pele escamosa, foi o fim de tudo.

Meu sofrimento: ameaçado de morte, minha mãe implorou por minha libertação

Em 31 de dezembro de 2001, uma pessoa enganada pela propaganda do Partido Comunista Chinês, ao me ver junto com outros praticantes pendurando cartazes sobre a perseguição ao Falun Gong, me delatou à polícia. Em 5 de janeiro de 2002, fui preso e levado para uma delegacia de polícia.

O superintendente me interrogou, utilizando tortura, durante toda a noite. “Nós vamos te matar se você não confessar”, disse ele. “Não é o relatório do site do Minghui que diz que mais de mil praticantes do Falun Gong [desde 2001] foram perseguidos até a morte pela polícia? Você não quer estar nesse número, não é? Eu posso te bater até que suas pernas quebrem. Ninguém pegaria o seu caso, mesmo se a sua mãe se arrastasse até Pequim para implorar. Ninguém se atreveria a pegar o seu caso!”

Naquele ponto, minha mãe realmente implorou pela minha libertação do lado de fora do portão, mas eles a ignoraram e me deram uma surra. Um policial agarrou meu cabelo e bateu a minha cabeça contra a parede. Minha cabeça começou a sangrar imediatamente.

Condenado a 3,5 anos de prisão

Em 6 de janeiro de 2002, eu fui novamente preso e levado para a delegacia de polícia do condado. Eles me colocaram sob detenção criminal no dia seguinte e formalmente me prenderam duas semanas depois.

Em julho de 2002, o tribunal me condenou a 3,5 anos de prisão, sem qualquer prova legal. Após nove meses de detenção, dois policiais me levaram para a Prisão de Hongshan, na cidade de Wuhan, em meados de setembro de 2002.

Por ordens da prisão, todos os praticantes do Falun Gong são aceitos apesar de doentes

Segundo os regulamentos prisionais, os oficiais podem se recusar a receber qualquer pessoa com uma doença grave.

O médico de plantão naquele dia se recusou a me receber depois de ler meu histórico médico. Ele também se recusou a aceitar outro praticante que foi levado para lá no mesmo dia, porque ele tinha uma doença cardíaca.

Apesar disso, o oficial que me levou disse: “Eles são praticantes do Falun Gong, então eles não têm doença e são muito saudáveis. Basta levá-los”.

O médico de plantão não sabia o que fazer e estava indo relatar isso para o chefe do hospital da prisão. Um supervisor da polícia chegou e lhe disseram que nós éramos praticantes do Falun Gong. “Falun Gong? Você não precisa pedir permissão. Basta levá-los”.

Barril de água pendurado no pescoço

Depois de um dia na Prisão de Hongshan, fui transferido para a Prisão de Qinduankou na província de Hubei.

Os guardas instigaram os prisioneiros a me torturarem à vontade. Eles me ameaçaram e me bateram, tentaram me fazer “lavagem cerebral” e me forçaram a fazer o trabalho pesado. Eles me privaram de sono, bateram na minha cabeça contra a parede e chutaram meu peito com suas duras botas militares.

Eu sofri uma tortura chamada de “cavar a parede.” Os presos amarraram minhas mãos atrás das costas, empurraram minha cabeça contra a parede e inclinaram a parte superior do meu corpo para o chão. Eu fui condenado a ficar um metro de distância da parede, de modo que todo o peso estava focado na minha cabeça e nos pés.

Eles me forçaram a fazer trabalhos forçados por horários prolongadas, das 5h às 21h. Tive direito a apenas cinco minutos para cada refeição e cinco minutos para usar o banheiro. Eu estava obrigado a escrever “relatórios de pensamento” à noite. Eles me obrigavam a ler as regras da prisão até meia-noite ou até mais tarde.

Fui submetido a uma tortura ainda mais cruel quando dois presos prepararam um barril de água de 25 kg e colocaram uma corda de plástico e passaram em volta do meu pescoço. Se a água escorria do barril, eles me batiam.

De vez em quando, Wang Wei, um preso interno verificava o quão profundamente a corda tinha cavado o meu pescoço. “Para os praticantes do Falun Gong como você, nós temos ordens de cima. Ninguém vai ser responsabilizado se você for espancado até a morte. Sua morte será relatada por causas naturais na prisão”.

Ele tentou me fazer escrever uma declaração de garantia para desistir de minha crença e renunciar o Falun Gong. “Você serviu ao exército”, ele disse, “então você deve saber o que vai acontecer se o fluxo de sangue for cortado aí. Logo você vai entrar em choque”.

“Apenas faça isso e eu tirarei o barril de seu pescoço se você prometer escrever as declarações”.

Eu recusei, então eles mantiveram o barril em volta do meu pescoço por duas horas.

Em seguida, eles me forçaram a agachar e me manter imóvel como um soldado por um longo tempo. Fui proibido de mudar de posição. Achei que fosse desmaiar.

Eu não conseguia manter minha cabeça erguida no dia seguinte. Meu pescoço estava com uma dor dilacerante.

Depois de fazer o trabalho pesado por um dia inteiro, eu fui forçado a segurar o barril de água durante a noite. Meus torturadores colocaram mais água no barril e trouxeram um praticante idoso. Eles pediram-lhe para colocar todo o seu peso contra o barril que eu estava segurando, o que tornaria ainda mais difícil para mim.

O praticante se recusou, dizendo que ele não queria me machucar. Eles o espancaram por não concordar. Ele ficou perto de mim e colocou a cabeça levemente no barril para reduzir o peso no meu pescoço.

Um presidiário Wang, ordenou-lhe para ficar longe de mim. Quando o praticante se recusou, Wang o chutou com força. O praticante idoso caiu e levantou-se com grande dificuldade. Quando ele finalmente conseguiu se levantar, eles o forçaram a voltar para aquela posição por mais uma hora.

Depois disso, eu não fui capaz de sustentar a minha cabeça por quase um mês.

Exame médico suspeito

Fizeram vários exames médicos em mim enquanto eu estive preso. Eu fiquei desconfiado e pensava na extração forçada de orgãos dos praticantes do Falun Gong, cada vez que eles tiravam amostras de sangue. Em uma das vezes, eles tiraram dois tubos de sangue de mim.

Examinavam também meu coração, cérebro, peito, olhos, urina e outras funções.

Perguntei a um policial certa vez: “Por que fazem exames médicos apenas nos praticantes do Falun Gong?”

Ele respondeu: “É porque o governo cuida dos praticantes do Falun Gong, portanto, não reclamem mais do governo”. Eu achei difícil de acreditar.

Desenvolvi hidrocefalia no peito devido aos violentos espancamentos

Os guardas mandaram um detento chamado Huang Zhijian bater nos praticantes do Falun Gong. Sempre que ele estava de mau humor, mandava-me para ficar contra a parede e me batia com uma cadeira de madeira. Às vezes, ele me proibia de comer ou me privava de sono durante toda a noite. Outras vezes, ele me forçava a ficar agachado como um soldado durante mais de duas horas.

Uma vez, quando ele me obrigava a “cavar a parede”, repentinamente me chutou no estômago. Foi muito doloroso e eu não consegui respirar. A dor durou mais de um mês, e eu tive dificuldade para respirar.

Sob tortura, também fui forçado a fazer o trabalho pesado até estar fraco demais para continuar. Fui levado para a clínica da prisão, onde o médico de plantão me diagnosticou com pleurite tuberculosa e hidrocefalia. Ele disse que eu estava em estado crítico e deveria ser enviado para um hospital imediatamente.

Quando mostrei o diagnóstico do médico para o guarda Qiu Fan, ele pareceu ficar indiferente. Ele me disse: “Eu não vou aprovar a sua permanência no hospital, os casos dos praticantes do Falun Gong devem ser comunicados ao comissário político da prisão antes que qualquer ação seja tomada. Sinto muito sobre isso, mas já que ele está em uma viagem de negócios, você vai ter que esperar”.

Quando eu disse que estava em estado crítico, ele gritou: “Sua morte não é da minha conta!”.

Eu fui para o hospital na tarde seguinte e permaneci lá por três meses. Quando voltei para a prisão, o médico-chefe do hospital recomendou terem cuidado comigo porque eu não havia me recuperado completamente.

Minha família sofre com a perseguição

A minha família e parentes também sofreram. A perseguição trouxe extrema dor para todos nós.

Minha família tem sido constantemente monitorada pelos agentes da notória Agência 6-10. Eles monitoraram nossos telefones, nos seguiram e nos ameaçaram. Meus sogros também foram vigiados.

Os oficiais de polícia, funcionários do governo e os funcionários residenciais da comunidade constantemente vêm à minha casa e nós assediam. Eles saquearam a minha casa e confiscaram nossas propriedades pessoais. Certa vez, um policial chamado Cao Jingbo me espancou na frente da minha própria casa.

Depois que eu fui preso, a minha loja de calçados foi fechada. Minha esposa e filha tiveram de viver com os meus sogros, que já passavam por dificuldades financeiras. Minha mãe sofreu muito e sofreu enorme pressão.

Minha esposa e eu tivemos que deixar a cidade para encontrarmos trabalho. Enquanto isso, os agentes da Agência 6-10 local continuam a perseguir os meus sogros.