(Minghui.org) Saudações Mestre e companheiros praticantes!

Uma vez ouvi um coordenador dizendo para outro coordenador: "Este projeto não é o seu bebê".

Por alguma razão, esta frase ecoou nos meus ouvidos ao longo dos anos seguintes. Ela também me ajudou a superar muitas decepções quando saí de determinados projetos e continuei a trabalhar em outros. Senti às vezes que os outros não me permitiam expressar minhas habilidades e alavancar o meu potencial no esclarecimento da verdade em alguns projetos. Eu achava que era bom em esclarecer a verdade No entanto, descobri que a auto-validação estava secretamente escondida atrás de todo o trabalho duro e determinação. Esqueci-me de que todas as minhas capacidades foram dadas a mim pelo Mestre, a fim de cumprir certas tarefas!

Um dia, percebi que eu precisava ajudar o Mestre a salvar as pessoas com quem cresci. Eu decidi realizar uma tarde de esclarecimento da verdade no kibutz, onde eu cresci.

Embora eu sentisse um pouco de desconforto, eu possuía determinação e total confiança na minha capacidade de esclarecer os fatos sobre a perseguição ao Falun Gong. Eu também mantive na minha mente uma imagem de como explicar as pessoas. Eu planejei algo curto e direto ao ponto, permitindo algum tempo para discussão e perguntas e respostas depois.

Algumas dificuldades surgiram para organizar o evento, mas todas elas se dissiparam, porque os meus pensamentos e intenções eram claros. Por exemplo, o clube onde eu planejava realizar o evento queria cobrar dinheiro demais. Depois que minha irmã descreveu o evento para o proprietário e disse que não era para obter lucros, o proprietário decidiu nos isentar de qualquer custo. Isso ocorreu antes mesmo de eu abrir minha boca. A pessoa encarregada de eventos culturais no kibutz também cooperou depois de eu esclarecer a verdade para ela, e me pediu para fornecer algumas datas possíveis para a programação do evento.

Depois de refletir sobre isso brevemente, eu decidi que seria melhor se outro praticante me acompanhasse no caso de eu esquecer alguma coisa, para realizar o esclarecimento da verdade tão bem quanto possível.

Abordei alguns praticantes e as coisas começaram a ficar complicadas. Alguns disseram que não poderiam participar em determinadas datas. Outros levantaram dúvidas sobre minha capacidade pessoal ou autoridade para fazê-lo, e outros tinham dúvidas sobre a sua própria capacidade de fazê-lo.

Eu não conseguia entender: por que eu encontrei esses obstáculos? Eu só queria esclarecer a verdade, então qual poderia ser o problema? Cultivadores devem se apoiar mutuamente, não devem?

As palavras dos meus colegas praticantes tocaram meu medo de rejeição e abandono e eu sofri. Removi pensamentos de julgamento e críticas sobre os outros, e consultei uma companheira praticante de uma perspectiva de cultivo. Perguntei-lhe: "Por que ninguém confia em mim?" Ela me disse que era eu quem tinha começado uma tempestade num copo de água, por isso os outros praticantes reagiram dessa forma para eu perceber. Ela disse: "É você que não estava contando com você mesmo!"

Fiquei chocado como no fundo eu estava certo de que eu poderia esclarecer os fatos, e poderia até fazê-lo bem. Então, por que eu realmente queria que outros me acompanhassem? Eu comecei a examinar cuidadosamente as minhas apreensões e desconforto. Descobri que eu possuía uma forte necessidade de aprovação externa. Eu também tive uma certa quantidade de preguiça quando se tratava de aprender e memorizar fatos novos, como datas e acontecimentos que aconteceram na China.

No entanto, eu tinha plena confiança no Mestre e tinha certeza de que o Mestre me orientaria e me permitiria oferecer a salvação a essas pessoas.

Eu decidi deixar de lado os detalhes técnicos e me concentrar apenas no pensamento reto de querer salvar os seres sencientes.

O corpo integrado de cultivadores passa por uma série de mudanças dinâmicas, simultaneamente. Imediatamente depois de eu perceber isso, me pediram para traduzir experiências sobre a promoção do Shen Yun. As experiências desses praticantes me incentivaram e cito a seguir a compreensão de um cultivador: "Se nossos corações são dedicados a salvar as pessoas, as nossas noções humanas não iriam nos restringir, e estes são reflexos de acreditar no Mestre e no Dafa. Enquanto nós acreditarmos no Dafa, o Mestre nos fortalecerá".

Enquanto traduzia esses artigos de experiências, o meu entendimento do esclarecimento da verdade tornou-se mais forte: os diversos projetos de esclarecimento dos fatos são muito importantes e devemos nos esforçar para salvar a todos. No entanto, o que bloqueia os nossos projetos de crescerem não são os detalhes específicos e dificuldades dos próprios projetos, mas o ego de validar a nós mesmos. Quando essa mentalidade de auto-validação se manifesta, nós não cooperamos bem um com o outro, e nossa vontade coletiva como um só corpo também falha. Embora possamos realmente ter o coração para salvar as pessoas e ajudar o Mestre a retificar o Fa, essa deficiência se esconde habilmente dentro de muitos de nós. Eu percebi que deveria expô-la em mim mesmo.

Eu encontrei maior incentivo em outros artigos de trocas de experiências que traduzi. O autor disse que podemos promover o Shen Yun bem apenas quando baseamos tudo no Fa e temos pensamentos retos e ações retas.

Realmente olhando para dentro

No entanto, ainda não havia uma harmonia entre mim e o outro praticante que concordou em vir comigo para o kibutz. Eu me senti bloqueado e não apoiado por ele, enquanto ele, honestamente compartilhando seus sentimentos comigo, disse que eu era insensível para com ele e para com as suas necessidades, e que ele achou difícil se comunicar comigo. Fiquei chocado e não entendia. Esforcei-me bastante em deixá-lo a vontade. Eu desisti da maneira que eu queria que o planejamento ocorresse e aceitei o seu plano, então do que ele estava falando?

Eu escutei e tentei oferecer algumas soluções, mas realmente não conseguia entender o que ele queria dizer. Ele me deixou exausto e confuso. Quando eu olhei para dentro, vi que sua queixa estava realmente relacionada a uma outra questão. Eu descobri que eu não tinha abordado certas dificuldades que ele tinha levantado, e este poderia ter sido o problema. No dia seguinte, eu me desculpei com ele para o meu mal-entendido. Eu admiti que eu era muito crítico, não atento, e não compassivo o suficiente para ele.

Embora não tenhamos finalmente decidido sobre a forma de prosseguir, e tendo despertado minhas preocupações sobre a nossa capacidade de cooperar, eu decidi deixar de lado o meu desejo por harmonia e segurança. Eu decidi confiar nele e tornar mais fácil para ele ter fé em mim e, principalmente, no Mestre, e seguir o fluxo.

Além disso, outro praticante, que tinha concordado em trazer flores de lótus para o evento, não me contatou a tempo. Eu consegui encontrar algumas flores quando eu fui para o grande estudo do Fa semanal, mas as esqueci na viagem de volta para casa.

Eu cheguei exausto no evento de esclarecimento da verdade, mesmo que eu tivesse me preparado bem ao estudar o Fa, fazer os exercícios e enviar pensamentos retos. Eu tinha divulgado o evento por todos os meios disponíveis, mas eu me preocupava que as pessoas não chegariam, então eu tentei chamá-las na minha mente. Eu disse a elas na minha mente, "Nós viemos de tão longe só para chegar a este momento no tempo. Por favor, não perca a oportunidade. Por favor venha".

Apenas 16 pessoas apareceram, metade das quais eram de minha família. Pouco antes do início do evento à tarde, o outro praticante chegou, e eu podia sentir seu maravilhoso campo de energia, luz e força. Sorrindo, ele estava segurando um saco de papel grande, cheio até o topo com belas flores de lótus, um presente do praticante que as fez para mim.

Eu não sei como o evento correu a partir da perspectiva dos outros, mas eu senti harmonia, calor e interesse fluindo entre os nós dois e o pequeno público. Eu me conduzi com confiança e sem problemas, e nós cooperamos natural e graciosamente como um só corpo. Embora eu não estivesse no meu melhor desempenho ao apresentar o problema, algo forte foi fluindo entre nós e o público. Foi também muito importante para mim que minha família pôde aprender sobre o Dafa de outro ângulo, como foi apresentado nessa tarde.

Após o evento, eu pensei que talvez estivesse apegado demais em trazer pessoas com relações predestinadas fortes, e talvez isso estava impedindo-os de chegar. Eu fiquei feliz por todos os que chegaram, mas senti pena por aqueles que não conseguiram. Um praticante me iluminou sobre o assunto, dizendo: "Você nem sequer sabe quais pessoas têm uma relação predestinada com você. Sua família é composta de pessoas muito especiais, e pode ser que a coisa toda não tenha nada a ver com o número de pessoas que aprenderam sobre o Dafa naquele dia. Pode ser um avanço pessoal que você fez e, junto com você, inúmeros seres sencientes foram submetidos ao mesmo avanço".

Mais um avanço

Outro incidente que me ensinou sobre um corpo integrado de praticantes do Dafa aconteceu no meu trabalho com a equipe que organizou esta conferência de trocas de experiências. A comunicação entre mim e uma colega praticante estava cheia de ressentimento, mal-entendidos, e desarmonia. Isso era evidente em todas as nossas conversas. Isso trouxe um monte de dificuldades para mim, mas no final ela me disse: "Eu não tenho ideia porque se comunicar com você é tão difícil para mim. Eu deveria olhar para dentro". Fiquei impressionado! Foi muito semelhante ao que o praticante que dividiu a tarde no kibutz tinha me dito quando tivemos aquela desarmonia na nossa comunicação.

Depois de explicar-me a ela, eu comecei a olhar para dentro e percebi o que tinha acontecido. Liguei para ela, pedi desculpas por minha impaciência, e compartilhei com ela: "Você sabe, eu encontrei a causa raiz do problema. Eu meço os outros com o mesmo critério com que eu me meço. Eu exijo dos outros exatamente o mesmo que eu exijo de mim mesmo, e isso é completamente errado. Diferentes pessoas têm diferentes entendimentos, ritmos diferentes, personalidades diferentes, e eu espero que eles reajam de uma maneira muito específica que me convém... isso vai realmente contra a lei do universo".

Na sequência dessa conversa, a nossa relação se tornou harmoniosa e nós temos cooperado bem um com o outro.

Eu percebi que ser um só corpo significa ser capaz de se adaptar, se apoiar e complementar um ao outro. O corpo de praticantes também implica estar em sintonia com as necessidades e capacidades das outras pessoas, em vez de ficar zangado com suas deficiências. Devemos valorizar a nós mesmos e os nossos colegas, afinal de contas.

Um só corpo

Uma manhã, ao estudar o Fa, fiquei esclarecido sobre a iluminação de Sakyamuni:

Ele se elevava e percebia que o Fa que havia ensinado não era de todo certo. E assim, foi se elevando e descobrindo que o Fa que havia ensinado antes não estava certo. Dessa maneira, ele continuou se elevando durante aqueles quarenta e nove anos, e toda vez que ele alcançava um nível mais elevado, descobria que o Fa que havia ensinado era de baixo nível de entendimento. Ele também descobriu que o Fa em cada nível é a manifestação do Fa nesse nível, que em cada nível existe Fa e que nenhum é a verdade absoluta do universo. (Zhuan Falun)

Certa vez, expressei um dos meus entendimentos pessoais no fórum de e-mail de um dos praticantes e recebi reações de outros praticantes. Na verdade, eu pensei que poderia receber algumas reações adversas, mas eu postei meus pensamentos mesmo assim, porque era importante para mim expressar esse entendimento particular. Fiquei particularmente satisfeito com a minha nova capacidade de aceitar a reação dos outros. Examinei mais meticulosamente as coisas que haviam me dito. Algumas das coisas que as pessoas escreviam levou-me a melhorar, e me iluminou a entender que, a fim de tocar mais corações e inspirar os outros, eu deveria melhorar ainda mais rapidamente. Em algumas das reações, vi reflexos de deficiências da pessoa que deu o feedback. Olhei para essas reflexões e corajosamente tentei encontrar faíscas dessas deficiências em mim. Assim, eu descobri uma luta escondida na minha mente: a de achar que a deficiência da outra pessoa era um ataque pessoal ou ameaça e falta de compaixão em harmonizar com outros.

Responder à compreensão de outra pessoa contradizendo-a ou justificando-a não resulta de cultivar Verdade-Compaixão-Tolerância.

Não é a toa que eu mantive esta reflexão por meio de reações semelhantes de outros praticantes. Eu decidi trabalhar mais na minha tolerância e compaixão.

É interessante que o ego ou o egoísmo não é necessariamente expresso em arrogância ou comportamento egoísta; muitas vezes é apenas uma espécie de mecanismo de defesa. A arrogância pode manifestar-se em um ser incapaz de ouvir ou ver outra pessoa, as suas necessidades ou por meio da angústia, ou a sua capacidade de aceitar certas coisas. O egoísmo também pode se esconder atrás de angústia pessoal. No entanto, a beleza começa a se mostrar quando você realmente vê a outra pessoa, e o Dafa, então, naturalmente, leva a harmonia e generosidade. Eu percebi que se deve assumir a liderança, independentemente das reações exteriores, harmonizar com outros praticantes cada vez mais, perdoar, apoiar e inspirar. Eu decidi agir sobre esta iluminação.

Eu também percebi que sempre que eu elevei meu nível e meu entendimento, os antigos entendimentos e pensamentos anteriores podem ser totalmente diferentes, porque o entendimento do Fa se manifesta diferente em diferentes níveis. Por exemplo, a manutenção de tal flexibilidade e leveza, fluindo continuamente com a sabedoria do Dafa, não insistir ou defender minhas próprias maneiras de fazer as coisas (pelo contrário, eu posso concordar em fazer exatamente o oposto agora), isto é realmente um avanço em níveis.

Esta experiência é exatamente igual a de Sakyamuni:

 E assim, foi se elevando e descobrindo que o Fa que havia ensinado antes não estava de certo. (Zhuan Falun)

O que é a modéstia!

Imagino que, se podemos pôr de lado todos os pensamentos que tivemos momentos atrás, valorizar a nós mesmos e aos nossos colegas praticantes, e nos inclinar sobre a sabedoria do Dafa em vez de nos inclinarmos sobre os métodos das pessoas comuns, então nós também poderemos ser capazes de trazer o Shen Yun para Israel.

Agradeço a todos que tem estado comigo, por me ajudar a perceber e a despertar a isto, mesmo que tenha sido um pouco doloroso. Obrigado Mestre!

(Compartilhada no Fahui de Israel)