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Homem de Henan, 61 anos, morre após longo encarceramento e tortura brutal que lhe causaram danos irreparáveis em sua saúde

24 de novembro de 2016

(Minghui.org) O Sr. Yang Zhi do condado de Dancheng, província de Henan, morreu em 4 de janeiro de 2016, dois anos após ser libertado de uma sentença de 11 anos de prisão. Tinha 61 anos.

Somente 7 meses antes de sua morte, ele havia apresentado uma queixa criminal contra Jiang Zemin, impondo a responsabilidade ao ex ditador por suas repetidas prisões e extensos encarceramentos.

Os anos de perseguição e abusos geraram uma destruição total em sua saúde. Não conseguia parar tremer, e sofria dores de estômago crônicas. Ele tinha reações lentas e problemas de memória. Morreu pouco depois de voltar para a casa do hospital onde estava se tratando desde o início de janeiro.

Abaixo está o relato pessoal do sofrimento do Sr. Yang tal como declarado em sua queixa.

A transformação de uma vida destruída pela perseguição

Eu era um homem que tinha um mal comportamento e brigava com minha esposa todo o tempo. No entanto, as coisas mudaram logo que comecei a praticar Falun Gong em 1996. Aprendi a ficar calmo e a estar em harmonia com minha esposa. Também compartilhava as tarefas de casa com ela, algo que nunca tinha feito.

Minha vida feliz não durou muito, Jiang Zemin começou a perseguição ao Falun Gong três anos depois disso. Desde então, tenho sido repetidamente preso e a minha família envolvida.

O chefe da polícia local frequentemente enviava seus subordinados a nossa casa no meio da noite, aterrorizando minha esposa e nosso até então pequeno filho. Uma vez meus filhos foram detidos em um centro de detenção durante um ano, e eles só tinham 13 e 15 anos.

Como resultado de suas prisões, meus filhos deixaram a escola. Agora já adultos, tem problemas para encontrar esposas, já que as possíveis esposas ficam assustadas com a perseguição. Nossos parentes também se afastaram por temer serem envolvidos.

Primeira prisão seguida de um ano de detenção

Em dezembro de 1999, quando fui a Pequim para apelar por Falun Gong, me prenderam pela primeira vez, me retiveram no centro de detenção do distrito de Xuanwu por uma semana antes de ser transferido de novo ao centro de detenção do condado de Dancheng.

Só fui liberado 1 ano depois, e tinha que me reportar todos os dias a Estação de Polícia Central de Wutai.

Desnudo e exposto a frio extremo

Em dezembro de 2000 fui de novo a Pequim para apelar por Falun Gong e fui preso tão logo cheguei a praça Tianamen. A polícia me golpeou tão forte que comecei a sangrar pela boca e me quebraram as costelas.

Depois de ser levado a Estação de Polícia, me deixaram nu, tirando até a roupa de baixo e me expuseram em frente a uma árvore no pátio. Faziam 17 graus abaixo de zero, e me deixaram exposto ao frio durante cinco dias sem agua e comida.

Depois que me levaram ao centro de detenção do condado de Dancheng, realizei uma greve de fome para protestar a detenção ilegal. Os guardas me liberaram 18 dias depois quando estava a ponto de morrer. Havia perdido quase a metade do peso do meu corpo.

Dois anos de trabalho forçado

A polícia local ainda me perturbou em minha casa todos os dias depois de eu ser libertado. Perto do ano novo chinês em 2001, me prenderam de novo e me deram 2 anos de trabalho forçado no campo de trabalho forçado de Xuchang.

Sentenciado a 11 anos

Não me atrevia a regressar para casa depois de ser libertado do campo de trabalho forçado, assim, eu ia de um lugar para outro para evitar ser preso novamente. Em 24 de setembro de 2003, me capturaram de novo e me enviaram ao centro de detenção de Luyi, onde me retiveram por 1 ano e meio.

Em junho de 2005, as autoridades me sentenciaram a 11 anos e me transferiram a prisão de Xinmi, onde me torturaram.

Por vários dias seguidos, os guardas me obrigaram a permanecer quieto em uma posição fixa (parado, sentado ou de cócoras) por 24 horas seguidas, e não podia comer nem dormir durante essa tortura.

Logo cedi e escrevi umas declarações para renunciar minha fé. As coisas não melhoraram como prometeram. Me seguiam todos os dias, pessoas designadas me vigiavam e não me permitiam falar com ninguém. Vivia com medo.

Os guardas forçaram a mim e a outros praticantes a realizar muitas horas de trabalho sem pagar.

Eu ainda sinto calafrios cada vez que me recordo das coisas que ocorreram na prisão, um chefe de divisão disse que não importava se alguns praticantes de Falun Gong morressem. Um guarda ameaçou mais de 200 praticantes em uma reunião. “Eu os farei sofrer cada dia mais”. O capitão de uma equipe falou: “ se eu os matar, nem saberão de que morreram”.