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Importante jornal da Dinamarca fala sobre crime de extração forçada de órgãos praticado pelo regime chinês

28 de outubro de 2016 |   Por um praticante do Falun Gong da Dinamarca

(Minghui.org) Berlingske, um dos maiores jornais da Dinamarca, publicou duas páginas inteiras em 12 de Outubro de 2016, revelando a extração forçada de órgãos executada pelo regime chinês contra prisioneiros de consciência.

Os artigos se intitulavam: "Quando prisioneiros políticos são mortos por ordem" (Når politiske fanger bliver dræbt på bestilling) e "Membros de movimento religioso são usados como banco de órgãos" (Medlemmer af religiøs bevægelse bruges som organ-lager). Os dois artigos são baseados em entrevistas com o Dr. David Matas durante sua viagem à Dinamarca.

"Membros de movimento religioso são usados como banco de órgãos" (Medlemmer af religiøs bevægelse bruges som organ-lager), matéria publicada pelo Berlingske, jornal dinamarquês com 260 anos de existência.

“Quando prisioneiros políticos são mortos por ordem” (Når politiske fanger bliver dræbt på bestilling), publicado no site do jornal.

O autor dos artigos, Mikkel Andersson, apresentou em detalhes os resultados de uma investigação independente que já dura 10 anos sobre a extração de órgãos, de autoria de David Matas e David Kilgour, ex-diplomata canadense. Os artigos também destacam o novo relatório Colheita Sangrenta/A Matança: uma atualização com base em investigação conjunta de Matas, Kilgour e o jornalista e pesquisador independente Ethan Gutmann.

O primeiro artigo dá enfoque maior à escala e aos inúmeros indícios da extração forçada de órgãos.

Na atualização do relatório, os três pesquisadores concluíram que o regime chinês está matando prisioneiros de consciência e vendendo seus órgãos por valores elevados para pacientes estrangeiros, além de chineses.

Prazos de espera notavelmente curtos

O relatório enumera uma série de provas. Uma das coisas mais chocantes é a rapidez com que um órgão para transplante pode ser obtido na China.

David Matas disse a Mikkel Anderson: "Nós entrevistamos um grande número de turistas, que foram informados (nos hospitais) que poderiam realizar um transplante a qualquer momento que quisessem. Isto significa que não há coordenação com outros pacientes".

Andersson escreveu: "O curto tempo de espera serve para destacar porque os órgãos têm uma vida útil muito curta depois que é declarada a morte cerebral do doador. Um transplante geralmente requer que alguém morra em um acidente ou como resultado de uma doença, que por um bom motivo não pode ser previsto".

Grande diferença entre os números

"É difícil saber exatamente quantos órgãos de prisioneiros de consciência estão disponíveis porque as autoridades, por razões óbvias, não divulgam essa informação."

O artigo diz que a China tem um sistema de doação voluntária, mas de acordo com as autoridades chinesas, apenas 1.400 doadores foram registrados em 2012 e 2013, enquanto o número oficial de transplantes na China, de acordo com a CNN, é de 10 mil por ano.

David Matas disse que a grande diferença entre o número oficial e os doadores se explica pelos prisioneiros de consciência. "Os presos são mortos por ordem", diz o artigo.

Praticantes de Falun Gong se tornaram um banco de órgãos

O segundo artigo destaca o maior grupo de vítimas - os praticantes do Falun Gong.

O artigo diz no primeiro parágrafo: "Na China existe uma prática estatal amplamente difundida, que transforma os médicos em carrascos. Centenas de milhares de pessoas são mortas a cada ano com a finalidade de se retirar seus órgãos para transplante, e a maioria é de praticantes do Falun Gong".

O autor apresenta brevemente o Falun Gong como uma prática de meditação tradicional chinesa, que era muito popular na China antes da perseguição ter início em 1999.

Durante a perseguição, muitos praticantes foram presos. Muitos dos detidos se recusaram a revelar sua identidade por medo de represálias contra seus familiares.

O artigo afirma: "Isto significa que as autoridades não sabem quem são os detidos, e seus familiares e amigos não têm a oportunidade de saber onde estão sendo mantidos."

"Isto significa que os prisioneiros são particularmente vulneráveis, mesmo para os padrões chineses. O relatório conclui que um grande número de prisioneiros é assassinado a mando do regime chinês, quando são necessários órgãos para transplantes, tanto para pacientes chineses quanto para estrangeiros".

Criminalizar globalmente os transplantes irregulares

Matas disse ao autor do relatório que muitos dos destinatários de tais órgãos desconheciam a procedência dos mesmos.

"Mas quando lhes contamos, ficaram profundamente chocados. Minha impressão é de que muitos com quem falei não teriam aceitado o órgão se soubessem da verdade", disse Matas.

Matas está agora trabalhando para criminalizar globalmente os transplantes quando a fonte de órgãos é ilegal.

No final do primeiro artigo, Matas salienta o importante papel que a Dinamarca pode desempenhar: "A Dinamarca é uma grande voz quando se trata de direitos humanos. A coisa mais importante que pode ser feita pelo governo e pelos parlamentares dinamarqueses é apontar persistente e publicamente esta questão nas instâncias mais altas".