(Minghui.org) O site de notícias da Austrália, news.com.au, publicou recentemente as três partes de uma investigação sobre a perseguição ao Falun Gong. Anteriormente o mesmo site havia publicado um extenso relatório sobre a extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong. A história recente também foi publicada pelo New Zealand Herald, um importante jornal da Nova Zelândia, divulgando ainda mais as violações dos direitos humanos que estão ocorrendo na China.

Foram entrevistados cinco praticantes para o noticiário australiano. Dois homens e três mulheres que vieram de regiões diferentes e passaram pelo mesmo tipo de experiências angustiantes. Simplesmente por sustentarem sua fé no Falun Gong, eles foram presos, torturados, forçados a passar por sessões intermináveis de lavagem cerebral e se arriscaram a ter seus órgãos extraídos.

São felizes por terem escapado da perseguição na China e por terem se restabelecido na Austrália. No entanto, as entrevistas também revelaram que eles ainda carregavam profundas cicatrizes psicológicas das suas provações anteriormente vividas na China.

Perfis dos entrevistados

O Sr. Jintao Liu, de 36 anos, quando foi preso em 2006, era um estudante de tecnologia química na Universidade de Petróleo da China. Ele passou mais de dois anos na prisão sem nenhuma alegação ou culpa.

A Sra. Xiao Chen, uma mãe de 43 anos de idade, quando foi presa, foi separada do seu filho ainda bebê e condenada a trabalho forçado por um período de três anos e meio.

A Sra. Fengying Zhang, uma avó de 66 anos de idade, foi enviada diretamente para um centro de lavagem cerebral e depois de ter sido presa em 2014, foi severamente torturada.

O Sr. Hongbin Lin, de 43 anos de idade, era um oficial da marinha chinesa. Ele passou um ano e meio em um campo de trabalhos forçados. Não muito tempo depois de ser libertado, ele foi preso novamente e condenado a seis anos de prisão.

A Sra. Chang Zhi Yue, 78 anos, era pintora e engenheira elétrica em um departamento da aeronáutica. Ela ficou presa por quatro anos em uma prisão feminina de Pequim, onde sofreu enormes torturas e abuso.

Parte 1: Torturas extremas: dentro das instalações de reeducação da China

A primeira parte da série mostra as maiores torturas aos praticantes do Falun Gong em centros chineses de detenção, prisões e campos de trabalho forçado. Segue abaixo uma parte da experiência do Sr. Liu, publicada no news.com.au.

O corpo de JINTAO Liu estremeceu de dor quando ele sofreu mais outro dia de extrema tortura.

Ele tinha acordado com pinos sendo empurrados para dentro de suas unhas antes de ter sido forçado a ficar imóvel em um pátio por cerca de 18horas. Se ele se movesse seria espancado violentamente e correria risco de morte.

Cada segundo excruciante dessa punição desumana e conforme o corpo ameaçava pender pela pressão, as pernas dele ficaram inchadas. Sem misericórdia foi-lhe negado o uso do banheiro. O tempo tornou-se seu inimigo – mas não o pior.

Entre 2006 e 2009, durante uma longa temporada em uma série de centros de detenção e campos de trabalho em Pequim, aquele tinha sido um dia comum para o Sr. Liu.

Lá, e para humilhar e infligir o máximo de dor, ele foi submetido a choques elétricos, testes médicos, alimentações forçadas, espancamentos, violentas agressões sexuais e outras formas bárbaras de tortura aplicadas pelos guardas das prisões.

Mas foi uma punição particularmente selvagem que deixou no Sr. Liu a cicatriz psicológica mais profunda.

O Sr. Liu ao news.com.au: “O incidente que mais me marcou foi quando eles, quatro deles (os guardas da prisão), me despojaram de minhas roupas, e usaram a escova de vaso sanitário para furar o meu ânus, dizendo que eles furariam até que eu virasse homossexual”.

“Eles puxaram os meus pelos pubianos e brincaram com meus órgãos genitais”.

Seu único “crime” foi praticar o Falun Gong, uma meditação espiritual com base nos princípios de “verdade, compaixão e tolerância”.

Mas, talvez o mais chocante seja que, durante a maior parte das últimas duas décadas, o governo chinês tem praticado essas atrocidades contra os direitos humanos em cidadãos inocentes e em criminosos condenados, incluindo a extração forçada de órgãos. E até hoje isso ainda está acontecendo.

Parte 2: Centros secretos de lavagem cerebral dentro da China

A segunda parte da série de relatórios é sobre a forma como os praticantes do Falun Gong são obrigados a assistir vídeos contendo propaganda contra sua crença espiritual. Abaixo está um trecho:

O governo chinês vem perseguindo impiedosamente os praticantes do Falun Gong, torturando, matando e prendendo-os em “prisões negras” - uma rede de campos de trabalho e centros de detenção ilegais construídos pelo Partido Comunista para deter cidadãos sem acusação ou condenação.

[...]

Os detentos que após a prisão não concordam em mudar suas crenças, são enviados para centros de lavagem cerebral para “reeducação”, onde ficam imersos em propaganda e brutalmente torturados física e psicologicamente, até assinarem um documento renunciando às suas crenças. É um sistema governamental tão secreto que ainda não existe oficialmente. O objetivo: acabar com o Falun Gong.

Alguns dos que escaparam da perseguição e se restabeleceram na Austrália, depois de terem sido agraciados com o estatuto do refugiado, compartilharam as suas histórias chocantes com o news.com.au em uma tentativa de expor a dimensão e a gravidade das violações dos direitos humanos na China e ajudar a colocar um fim nisso.

[…]

Xiao Chen, praticante do Falun Gong, de 43 anos, foi enviada para um centro de lavagem cerebral, com tarefas em um campo de trabalhos forçados durante três anos e meio, onde ela foi torturada por se recusar a renunciar à sua crença. Ela foi presa sem acusação ou condenação e tiraram dela o seu filho ainda bebê.

A Sra. Chen disse que os oficiais colocavam os presos em um programa intensivo de tortura mental e física que incluía espancamentos, interrogatórios prolongados, privação de sono e exposição contínua aos vídeo e propagandas de áudio.

A Sra. Chen disse: “Se nós ainda nos recusássemos a nos renegar, éramos enviadas para uma sala isolada”.

“Na sala de isolamento, você não conseguia ver a luz do sol, e éramos obrigadas a assistir aos vídeos de lavagem cerebral contra o Falun Gong”.

“Nós passávamos o dia inteiro lá dentro, sofrendo lavagem cerebral, forçadas a assistir vídeos, punidas ficando de cócoras e sendo privadas do sono, por longos períodos de tempo”.

“Eles não nos permitiam tomar banho ou qualquer outra coisa por muitos dias”.

“Eu sentia que a polícia era muito cruel, especialmente para nós praticantes do Falun Gong, porque eles nos torturavam até morte ou até sofrermos um colapso mental”.

Parte 3: A realidade da extração forçada de órgãos humanos na China

Esta parte investiga os detalhes obscuros de como as instalações das detenções chinesas realizavam exames médicos em praticantes do Falun Gong para verificar se eram adequados para a extração de órgãos. Segue abaixo um trecho.

IMAGINE ser sequestrada e levada para uma cela onde você, sem ser acusada ou condenada, vai passar os diversos próximos meses ou anos.

Naquele lugar, em uma tentativa de alinhar os seus pontos de vista com os do Partido Comunista da China, as autoridades o torturam e o forçam a assistir filmes planejados para fazerem lavagem cerebral.

De vez em quando você é arrastado de sua cela imunda, colocado em uma sala onde, sem aviso prévio, espetam agulhas em seu braço e o seu sangue é sugado e transportado para encher o maior número possível de frascos. Em seguida, as autoridades da prisão instruem um grupo de criminosos viciados em drogas para usar de violência para dominar você a ponto de fazer você dar uma amostra de urina e se submeter a procedimentos médicos invasivos.

Ninguém responde a seus gritos ou pedidos de socorro. Nenhuma explicação é oferecida. O processo é repetido regularmente.

Você pode continuar vivo após suportar esse tratamento brutal por anos. Ou você pode ser executado secretamente.

Há também uma forte probabilidade de que você possa morrer na mesa de operação após cirurgiões sedarem você e começarem a remoção dos órgãos do seu corpo, um por um - enquanto você ainda está vivo.

O governo vai dizer que você simplesmente desapareceu ou que para começar, você nunca esteve lá. Mas, provavelmente, eles não dirão nada.

Enquanto isso, as pessoas ricas estarão indo aos hospitais construídos para salvarem vidas com transplantes de órgãos. É grande a quantidade de rins, fígado e outros órgãos humanos. Para colocá-los lá porque milhares de pessoas foram executadas. A extração de órgãos é um negócio lucrativo para o governo chinês.

Essa é a realidade para milhares de cidadãos chineses que durante a maior parte das últimas duas décadas, foram declaradamente submetidos a exames médicos forçados para fins de extração de órgãos.

De acordo com informações, o Partido Comunista da China continua a cometer atrocidades contra os direitos humanos dos presos políticos em centros de detenção, campos de trabalho e prisões em todo o país.

Ninguém está a salvo sob o regime do Partido Comunista, mas os principais alvos são os praticantes do Falun Gonguma meditação espiritual com base nos princípios da “verdade, compaixão e tolerância”.

Em 1999, o governo chinês proibiu o Falun Gong e impiedosamente começou a perseguir, torturar, matar e prender os praticantes em “prisões negras” - uma rede de campos de trabalho e centros de detenção ilegais construídos pelo Partido Comunista para deter cidadãos sem acusação ou condenação.

[...]

A Sra. Fengying Zhang, uma praticante do Falun Gong de 66 anos, pensou que seria morta por seus órgãos depois de ter sido submetida repetidamente a exames médicos forçados.

Em 2013, ela foi detida e presa por distribuir panfletos do Falun Gong do lado de fora de um mercado em Pequim. Ela se tornou uma prisioneira política em uma série de centros de detenção e campos de trabalho, onde, com centenas de outros prisioneiros, foram repetidamente examinados em procedimentos médicos, declaradamente destinados à avaliação da viabilidade de venda de seus órgãos.

A Sra. Fengying disse à news.com.au, que ela foi forçada a dar amostras de sangue retiradas de seus braços e dos lóbulos das orelhas.

Ela disse que perguntou aos médicos por que eles estavam tirando o sangue dela, mas eles nunca responderam.

Ela também foi forçada a dar amostras de urina, fazer raios-X e eletrocardiogramas. Ela disse que estava em um grupo de cerca de 100 detentos que foram levados em uma van e forçados a passar juntos por mais testes. Ela disse que pensou que morreria na mesa de um cirurgião até ser libertada em 2014.