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Retrospectiva de 2015: resistência pacífica e contribuições para a sociedade

12 de janeiro de 2016

(Minghui.org) O ano de 2015 marca o 16º ano de resistência pacífica pelos praticantes do Falun Dafa em face da violenta perseguição sofrida na China. É também o 23º ano do início da apresentação da prática de meditação ao público.

Em 2015 alguns importantes eventos destacaram a resistência do Falun Gong. Mais de 200 mil praticantes apresentaram queixas criminais contra Jiang Zemin, o ex-líder do Partido Comunista Chinês, que dirigiu a campanha de repressão. Este movimento para processar Jiang Zemin ganhou apoio de políticos e de diversos níveis em todo o mundo.

Um novo documentário que investiga a indústria da extração ilegal de órgãos na China foi amplamente exibido em vários países e ganhou vários prêmios. Enquanto isso, o número de chineses que se desfiliaram do Partido Comunista e suas organizações da juventude atingiu 200 milhões.

O extraordinário progresso da resistência pacífica ganhou apoio mundial

Talvez o sinal mais encorajador do progresso durante o ano passado tenha sido a onda de ações movidas contra Jiang Zemin. Desde maio de 2015, mais de 200 praticantes do Falun Gong na China e no exterior apresentaram queixas criminais contra Jiang. Apesar de alguns demandantes serem perseguidos pela polícia local em retaliação, a maioria dos casos foi recebida pelo Supremo Tribunal e pela Suprema Procuradoria, na China.

A comunidade internacional elogiou os praticantes por sua coragem, incluindo os líderes da América do Norte, Europa, Ásia e Austrália. Quase 400 taiwaneses e 770 pessoas em sete países asiáticos assinaram a petição apelando para o sistema legal chinês levar Jiang Zemin à justiça. Apesar da contínua perseguição, alguns advogados de direitos humanos e milhares de cidadãos na China também se manifestaram em apoio dos processos judiciais.

Passeata em Hong Kong em 18 de julho de 2015. Na faixa lê-se: "Apoio aos 80 chineses que processam Jiang". Lê-se nos grandes caracteres: "Processem Jiang Zemin”.

Além disso, milhares de órgãos governamentais de diferentes níveis, desde a Califórnia até Toronto, da Austrália a Europa e além dela, publicaram declarações no 16º Dia Mundial do Falun Dafa em 13 de maio, elogiando o impacto positivo que o Falun Gong tem trazido às sociedades em diferentes contextos culturais.

Praticantes do Falun Dafa desfilam na ponte do Brooklyn em Nova York, em 15 de maio de 2015.

Sob os holofotes: crime da extração ilegal de órgãos

Inicialmente, a atenção internacional estava voltada para a extração de órgãos, sancionada pelo Estado, de prisioneiros de consciência vivos na China. O documentário “Colheita Humana: Tráfico ilegal de órgãos na China” apontou um holofote para a prática de assassinato de praticantes, detidos sob demanda, um crime que funcionários do Partido se esforçavam para encobrir e negar.

O premiado documentário de 25 minutos foi exibido pela primeira vez em abril durante o programa de assuntos internacionais de maior duração na Austrália em horário nobre. Em seguida, foi exibido em vários países, inclusive em novembro no Parlamento Britânico.

Inúmeras histórias acompanhadas pela mídia chamaram a atenção do público e provocaram ondas de petições condenando a atrocidade. Mesmo na China, dezenas de milhares de cidadãos posicionaram-se sobre a extração forçada de órgãos chamando-a de “pior que o fascismo”.

“Colheita Humana: Tráfico ilegal de órgãos na China” recebeu o prestigioso prêmio Peabody e foi homenageado como o melhor Documentário Investigativo Internacional de 2015 pela Associação de Emissoras Internacionais (AIB).

As perdas do Partido Comunista

Em 2015 o número de pessoas que renunciaram às suas participações no Partido Comunista Chinês e nas suas organizações de juventude atingiu 220 milhões. O movimento começou após a publicação dos Nove Comentários sobre o Partido Comunista em 2004. Em sete anos, o número de renúncias atingiu 100 milhões; os outros 100 milhões ocorreram em apenas 3,5 anos. O número agora atinge quase 100 mil renúncias diárias.

Em 19 de abril de 2015, os praticantes do Falun Gong se reuniram em frente ao Palácio Presidencial de Taipei em apoio aos 200 milhões de chineses que renunciaram às suas participações no Partido Comunista.

Vale ressaltar que em 2015 o site Minghui.org publicou cerca de 300 casos em que os funcionários do governo e do judiciário do Partido acreditavam ter recebido retribuição cármica por participarem ativamente na perseguição. Testemunhando o destino de seus comparsas, mais perpetradores pararam de participar da prisão, detenção e tortura de praticantes; alguns decidiram renunciar ao Partido.

A perseguição continua

Aproximadamente 140 praticantes faleceram em 2015, direta ou indiretamente, devido à tortura sofrida sob custódia do Estado.

A perseguição se estendeu também ao exterior. Um caso que atraiu grande atenção da mídia foi o da Miss Mundo Canadá, Anastasia Lin, que teve negada sua carta convite e o visto de entrada na China para participar da final do concurso em dezembro. Lin foi barrada por ser uma praticante do Falun Gong e estar trabalhando na conscientização das pessoas sobre a perseguição e outros abusos dos direitos humanos na China.

Anastasia Lin durante uma conferência de imprensa em Hong Kong depois de sua entrada ter sido negada na China em novembro de 2015.

Fora da China, no entanto, Lin ganhou um grande número de adeptos. A porta-voz de Negócios Estrangeiros do Canadá, Amy Mills, disse: “O Canadá agradece a Srtª Lin por seus esforços em aumentar a conscientização a respeito desses problemas”. Ela também expressou preocupação em nome do governo canadense pelo assédio que a família de Lin tem sofrido na China pelo governo chinês.

O New York Times comentou a notícia: “O confronto David e Golias, Lin com o governo chinês, tem chamado a atenção da mídia e legiões de adeptos em todo o mundo, dando-lhe uma plataforma ainda maior para informar sobre a prisão e tortura que os praticantes do Falun Gong enfrentam na China”.

Impactos positivos para a sociedade

Pelo 10º ano, o espetáculo do Shen Yun Performing Arts levou a autêntica cultura chinesa para o público em cinco continentes. Só na Europa, a empresa de dança clássica chinesa realizou 42 shows em 12 países.

“É muito emocionante ver que vocês estão buscando suas raízes e da sua cultura e de suas tradições”, disse Henri Malosse, presidente do Comitê Europeu Econômico e Social. “É um show muito interessante, porque mostra as tradições chinesas de 5 mil anos atrás até hoje". 

O Shen Yun retornou ao Lincoln Center em Nova York de 9 a 18 de janeiro de 2015.

A Orquestra Sinfônica do Shen Yun recebeu longas ovações de pé e pedidos de bis (repetições por aclamação) em outubro. O Shen Yun também estendeu suas apresentações na América Latina com 23 espetáculos da nova produção de dança, o Rei Macaco.

“Combinar esse som – um som muito antigo com o mais moderno, digamos, o som da orquestra sinfônica ocidental – é um desafio que eles encontram e que combinam muito bem... É uma experiência nova. O Shen Yun não se apresenta com frequência suficiente”, comentou Kerry Stratton, maestro da Orquestra Sinfônica de Toronto e apresentador de rádio.

Enquanto os espetáculos de primeira classe do Shen Yun deixavam os espectadores em êxtase, a participação dos praticantes do Falun Dafa em eventos da comunidade local também foi bem recebida.

“Verdade, compaixão e tolerância são princípios para todos. Se todos pudessem seguir estes princípios, as coisas seriam melhores em todos os países”, disse um espectador ao assistir em Toronto a Parada do Dia do Canadá em 1 de julho de 2015.

Do desfile do dia de St. Patrick em março ao desfile natalino em dezembro, da celebração do Dia Mundial do Falun Dafa, em maio, às festividades da comunidade no Dia da Independência dos EUA, os praticantes do Falun Dafa compartilharam sua alegria com o público durante os desfiles, das exposições de saúde e em outros eventos.

Em 4 de julho de 2015, os praticantes do Falun Dafa se uniram em uma longa marcha de mais de 6 km em Huntington Beach na Califórnia.

Melhora contínua da mente e do corpo dos praticantes

Nos encontros regionais e nos Fahui de troca de experiências ocorridos em Nova York, em maio, e em Los Angeles, em outubro, cada um contou com a participação de milhares de praticantes que compartilharam seus entendimentos sobre qual a melhor forma de se alinhar aos princípios de Verdade-Compaixão-Tolerância e tornarem-se melhores cidadãos. Em particular, o Fahui anual da China no site do Minghui.org proporcionou oportunidades aos praticantes da China continental e de todo o mundo a discutir tais temas.

Annie, uma praticante que mora fora da China, disse que muitas vezes tinha lágrimas nos olhos durante a leitura desses artigos. “O que me mais me tocou”, disse ela, “foi um artigo no qual uma praticante ao longo dos últimos 11 anos fez um grande esforço para memorizar o livro Zhuan Falun. Sua saúde melhorou ao longo dos anos e ela foi capaz de reconhecer e eliminar muitas noções humanas”.

Enquanto a repressão na China deixou muitos órfãos de pais praticantes, fora da China jovens praticantes foram capazes de, assim como os adultos, aprender uns com os outros de forma consistente e melhorar como praticantes. Foram realizados numerosos acampamentos de verão em todo o mundo, de Nova Jersey até San Diego, da França até Taiwan.

Os praticantes também organizaram o Passeio para a Liberdade (Ride2Freedom), uma viagem de bicicleta de 5 mil km por todos os EUA para aumentar a conscientização e resgatar cinco crianças órfãs pela perseguição na China.

"Eu sinto muito pelo que aconteceu com vocês e eu admiro a sua coragem e perseverança", disse Glen de Wisconsin para os ciclistas. Ele disse que os sofrimentos dos praticantes não seriam em vão; em vez disso, seus sacrifícios levariam a um futuro melhor.

O ciclista Nikita de um subúrbio de Filadélfia recebeu citações em nome do passeio para a equipe de Liberdade, incluindo o senador Patrick J. Toomey dos EUA, o prefeito Michael Nutter A. da Filadélfia e membros do Conselho Municipal de Filadélfia.

Por último, mas não menos importante, a livraria Tianti abriu uma nova filial em Seul, tornando mais fácil para as pessoas terem acesso aos livros do Falun Dafa e aos materiais de instrução para aprender a prática da meditação. Holly, que em março participou de um seminário de nove dias na loja de Manhattan, disse ao grupo que ela tinha praticado outras disciplinas de meditação antes, mas nunca tinha chegado ao estado de paz mental que atingiu com o Falun Dafa.