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Fahui da China | Esclarecendo a verdade para todas as famílias

22 de agosto de 2015 |   Escrito por uma praticante do Falun Gong na China

(Minghui.org) Tenho 77 anos de idade e estou praticando o Falun Dafa há mais de dez anos. Eu e os companheiros praticantes na minha região viajamos por mais de 700 aldeias no nosso município.

Nós dissemos para todas as famílias que o "Falun Dafa é bom" e sugerimos que renunciem ao Partido Comunista Chinês (PCC) e às suas organizações afiliadas. Nossa crença no Mestre e no Fa nos ajudou a sobreviver ao longo de muitos anos. Ao me assimilar aos requisitos do Fa e ajudar as pessoas a resistirem pacificamente à perseguição, eu também tenho testemunhado a graça iminente do Buda vinda do Mestre.

Aqui eu gostaria de compartilhar algumas histórias dos discípulos do Dafa na minha região. Eu gostaria de oferecer esta troca de experiências para nosso sagrado Fahui [conferência de experiência de cultivo do Falun Dafa] online. Em nome dos praticantes na minha área, gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão ao Mestre.

Esperamos também que, por meio de nossas histórias, mais pessoas fiquem sabendo dos fatos sobre o Falun Gong e que tratem gentilmente os praticantes. Espero também que possam ficar sabendo quantas dificuldades o Mestre e os discípulos do Dafa tiveram que superar a fim de oferecer a salvação para os seres sencientes. Por isso, quando surgir a oportunidade, as pessoas poderão tomar a decisão certa para os seus futuros.

Esclarecendo a verdade para todas as famílias

No início da perseguição, os jovens praticantes na minha região foram todos presos. Não podíamos obter materiais para o esclarecimento dos fatos para informar as pessoas sobre a perseguição e esclarecer as mentiras que o Partido espalhou sobre o Falun Gong.

Com ansiedade eu me sentava em casa, sabendo que os seres sencientes estavam sendo envenenados pelo Partido Comunista Chinês (PCC) e que eles odiavam os praticantes por causa das mentiras que o Partido mantinha vivas. Um praticante recebeu um panfleto de uma cidade grande. Levei-o e tentei fazer cópias para a nossa área.

Vários serviços de cópia recusaram-se a copiar o panfleto para mim; eles haviam recebido ameaças do PCC. Nós então copiamos o conteúdo à mão. Isso durou até um praticante comprar uma impressora.

O alcance do mal se estendeu para todos os níveis de governo em todas as áreas. Cada agência do governo teve que designar mão-de-obra para observar cada rua e cada beco no município. O município todo estava sob vigilância 24 horas por dia. Cada escritório do governo tinha designado indivíduos e agências responsáveis para executar as diretrizes.

Como resultado, muitos discípulos do Dafa foram seguidos ou presos à noite quando estavam distribuindo materiais de esclarecimento dos fatos.

Distribuímos panfletos para contar às pessoas os fatos sobre o Falun Gong e a perseguição. Depois que cobrimos as cidades várias vezes, fomos para as aldeias rurais. Às vezes eu ia sozinha, se não pudesse encontrar alguém para ir comigo. Meus joelhos são um pouco deformados devido à artrite reumatóide, uma doença que eu tinha antes de praticar o Falun Gong. Por isso, a caminhada era difícil para mim. Algumas vezes eu ficava exausta depois de voltar das aldeias.

Dois praticantes viram meu sofrimento, por isso eles me pediram para pegar os panfletos prontos na minha casa casa. Eles iam de bicicletas distribuir os materiais. Eles geralmente saíam a noite toda no inverno, começando às 17 h e voltando depois das 7 h da manhã. Depois de um certo tempo eles foram presos distribuindo materiais. Eu, então, voltei a fazer isso de novo.

Mais tarde, juntei-me a outros praticantes. Nós às vezes saíamos durante o dia e, algumas vezes, durante a noite. Gostávamos de estudar o mapa antes da nossa partida. Se nenhum ônibus nos levasse lá, nós pegávamos um táxi. A cada viagem de táxi, pagávamos mais de 100 yuanes. Por isso, ficamos muito parcimoniosos e queríamos assegurar que gastávamos nossos salários para cumprir a necessidade de salvar pessoas.

Viajar na área rural é difícil para as pessoas na minha idade. Em especial, geralmente há cerca de cinco quilômetros entre as aldeias. Nós tínhamos que andar de uma para outra. Às vezes eu me cansava demais para ficar de pé e tinha que deitar quando esperava o ônibus. Uma vez eu distribuí materiais durante uma noite com outra praticante que tinha mais de 80 anos. Viajamos mais de 48 quilômetros a pé. Eu mal conseguia me mover na manhã seguinte.

Às vezes, nossos corpos ficavam dormentes, devido ao frio no inverno, e os nossos pés se enchiam de bolhas. Às vezes, no verão, o suor escorria como água nos nossos rostos.

Tínhamos então que recitar "O que é difícil de suportar, pode ser suportado; o que é difícil de fazer, pode ser feito." (Zhuan Falun) Ficávamos felizes apesar do cansaço.

Em janeiro de 2001, onze discípulos do Dafa incluindo a mim, contratamos três carros para irmos às aldeias para esclarecer os fatos. Fomos ilegalmente detidos e presos. A Secretaria de Segurança Pública do condado enviou mais de 20 policiais e nos torturou de diversas maneiras.

Depois que eles se cansaram, eles pediram vinho e comida e, enquanto eles comiam e bebiam, continuaram a nos bater. Vários jovens praticantes foram pendurados. Os policiais colocam nossos pés em excrementos, esfaquearam-nos com estiletes, estrangularam-nos com cordas finas, e bateram nas nossas cabeças com vassouras.

Como resultado, uma jovem praticante vomitou sangue. O chefe da Secretaria de Segurança Pública ficava gritando: "Mais duro! Mais duro!" Ele não achava que os outros policiais torturavam os praticantes o suficiente. Ele veio e pisou na mão de um praticante com seus sapatos pesados.

Todos nós sabíamos a fonte dos materiais do esclarecimento dos fatos, mas ninguém deu a informação. Ninguém traiu os outros praticantes. Porque todos nós sabíamos que este local de produção de materiais era o único em nossa área. Os praticantes o montaram arriscando as suas vidas. Ele fornecia os suprimentos básicos para nós para salvarmos os seres sencientes – era mais importante do que nossas vidas. Nós preferíamos morrer a dar a informação.

A tortura e o interrogatório começava às 20h30 e continuava até 5 h da manhã seguinte. Vários praticantes foram, enviados para um centro de detenção carregados em macas.

Sete dias depois, a Secretaria de Segurança Pública enviou seis praticantes feridos do sexo masculino para um campo de trabalho. Um deles foi torturado até a morte. Praticantes idosas, incluindo eu, fomos mandadas para casa depois de vários dias de detenção. Nenhuma de nós traiu nossos companheiros praticantes durante esta perseguição ou nos casos seguintes.

Em 200, quase todos os jovens praticantes de nossa área foram ilegalmente detidos e presos. Apenas nós, os praticantes mais velhos foram deixados. No entanto, não tínhamos medo. Eu me acalmei rapidamente e decidi ajudar mais pessoas a conhecerem os fatos. Nós formamos um só corpo para produzir e distribuir materiais. O bloqueio do mal às informações não funcionou.

Demos importância ao envio de pensamentos retos em 2002. Nós enviávamos intensamente os pensamentos retos antes de cada vez de saíamos para distribuir os materiais. Fazíamos a ação em grupo e terminávamos as nossas viagens com mais uma rodada de intenso envio de pensamentos retos. Fazíamos para limpar a interferência do mal.

Continuamos com tais procedimentos em nossos esforços até 2005. Com isso mais praticantes em nossa área haviam dado um passo adiante. Nós também recuperamos vários locais de estudo do Fa em grupo. Embora a polícia tentasse várias vezes sabotar os nossos locais, eles nunca conseguiram. Nós compartilhamos entre nós e chegamos ao consenso de que um grupo de estudo do Fa é a forma de cultivo que o Mestre deixou para nós. Se fizermos isso corretamente, ninguém pode nos prejudicar.

Outra detenção em larga escala ocorreu novamente em maio de 2005. Um grande número de forças policiais estava envolvido. Eles vasculharam a cidade toda. Um local de produção de materiais foi sabotado. Sete praticantes e eu fomos levados para o centro de detenção local. Dois praticantes foram enviados para campos de trabalho. O terror se manteve como uma sombra na mente de muitos praticantes. Fomos impedidos: nós não retomamos o esclarecimento dos fatos em grande escala e somente distribuímos panfletos nas cidades.

Em 2007, a fim de romper os obstáculos e eliminar o mal, tivemos uma discussão entre os praticantes locais. Encorajados por um praticante de uma cidade diferente, decidimos entregar materiais de esclarecimento dos fatos em todas as casas da nossa área. Os materiais incluíam cópias dos Nove Comentários sobre o Partido Comunista, panfletos do Falun Gong, livretos e DVDs.

Nunca tivemos uma entrega de material em larga escala de forma sistemática. Estávamos encontrando todo os tipos de dificuldades: tempo limitado, produção de grande quantidade de materiais, administração financeira, coordenação de praticantes, transporte, etc. Enquanto isso, precisávamos ajudar os companheiros praticantes que reduziram a intensidade no cultivo e enfrentavam a interferência dos membros das suas famílias. A solução para todos os problemas exigia um enorme esforço dos praticantes e não conseguíamos resolvê-lo sem ler o Fa. Então, todos nós achamos que o estudo do Fa era o mais importante.

Demorou oito meses para terminar este grande projeto. Durante esse processo, nós não tivemos nenhum conflito. Todo mundo colaborou com todo mundo harmoniosamente e desempenhou um papel importante na sua posição. A colaboração que se formou neste projeto estabeleceu uma base sólida para nossos projetos futuros. Mais tarde, no inverno de 2009 e no verão de 2013, nós lançamos dois projetos semelhantes, que só levou dois meses e envolveu uma pequena quantidade de mão-de-obra.

Esclarecendo os fatos às pessoas nas áreas rurais

Começamos a esclarecer os fatos a cada pessoa em 2004. Todos os dias eu conversava com as pessoas nas ruas. Mais tarde, mais e mais praticantes saíram e se juntaram a nós, esclarecendo os fatos em todos os tipos de locais públicos e áreas residenciais. Dois grupos nossos visitaram quase todas as famílias em um distrito da cidade.

Entretanto, as áreas rurais nas proximidades não tinham sido cobertas. A entrega de materiais às famílias não é uma boa forma de esclarecer os fatos nas áreas rurais, porque muitas pessoas não sabem ler e muitas pessoas não têm leitores de DVD em casa. Sugeri aos praticantes que deveríamos ir a essas áreas e conversar pessoalmente com as pessoas. No entanto, alguns companheiros praticantes acharam que era perigoso.

Eles tinham as suas razões. Conversar com as pessoas é mais demorado do que entregar materiais. Iria levar horas ou até mesmo dias para passar por uma aldeia. Isto significava que o risco de sermos expostos e presos também iria aumentar. Até a entrega de materiais às vezes resultava em prisão. Em 2003, uma praticante local foi presa quando entregava os materiais em uma área rural. Mais tarde ela foi torturada até à morte.

Eu estava preocupada com as populações rurais que nunca ouviram falar do fatos sobre o Falun Gong. O Mestre disse: “As velhas forças não se atrevem a opor-se ao nosso esclarecimento da verdade ou a que salvemos seres conscientes. A chave é não deixar que elas se aproveitem das lacunas em seu estado mental quando fazem as coisas.” (“Ensinando o Fa na Conferência do Fa de Boston”). Eu me decidi: devo fazê-lo, não importa o quão difícil pareça que seja.

Eu pedi a uma praticante veterana para ir comigo. Fomos para as áreas rurais, com todos os tipos de materiais em dois grandes sacos e conversamos com todas as pessoas que vimos lá. No começo nós não tínhamos nenhuma experiência, por isso levamos cinco dias para passar por uma aldeia de 300 lares. No final, alguém informou sobre nós e fomos presas.

Fomos presas em um centro de detenção, onde continuávamos enviando pensamentos retos e dizendo aos criminosos presos e aos policiais os fatos sobre o Falun Gong. Os companheiros praticantes em nossa área expuseram o nosso caso para o público, exercendo pressão sobre a polícia. Quinze dias depois, fomos libertadas.

Nós tentamos olhar para dentro para encontrar as nossas brechas. Eu percebi que fui muito precipitada e impetuosa. Eu estava sempre preocupada que não havia tempo suficiente para falar com muitas pessoas, e eu não tinha compaixão suficiente quando falava com elas. A praticante veterana, que foi presa comigo, também descobriu que ela era, por vezes, autocentrada demais. Quando as pessoas não queriam ouvi-la, ela ficava muito agressiva, o que incomoda os outros. Ela também encontrou outra brecha nela. Uma vez, algumas pessoas lhe perguntaram: "Idosa, a senhora não está preocupada em ser presa?" Ela disse: "Eu fui presa cinco vezes. Eu posso entrar e sair do centro de detenção quando quiser.”Ostentar foi uma brecha, da qual as velhas forças se aproveitaram.

Nós ajustamos o nosso estado de cultivo e saímos na jornada do esclarecimento dos fatos nas áreas rurais novamente. Desta vez, duas outras companheiras praticantes se juntaram a nós. Uma delas tinha 80 anos. Nós nos dividimos em duas equipes e visitamos todas as casas em uma aldeia. Para economizar tempo e falar com mais pessoas, a gente continuava até na hora do almoço.

Em uma cidade, as pessoas sofreram uma grave lavagem cerebral por parte do governo e tinham uma atitude muito negativa em relação a nós. Naquela cidade, nós fomos presas três vezes e assediadas pela polícia local cinco vezes. Uma praticante de 80 anos de idade foi até espancada e ofendida por um morador local. Pedimos aos companheiros praticantes para enviarem pensamentos retos para nós e escreverem cartas e entregarem materiais para as residências naquela cidade.

O esclarecimento dos fatos deixou uma boa base e mais tarde descobrimos que era mais fácil quando se falava com as pessoas face a face.

Dessa forma passamos três meses visitamos todas as casas em mais de 50 aldeias.

Em 2009, um praticante de outra cidade ouviu sobre o nosso projeto. Ele gastou todas as suas economias e comprou um carro para nós. Um praticante local aprendeu a dirigir e obteve uma licença. Um transporte melhor aumentou muito a nossa eficiência. Durante esse período, nós tínhamos oito praticantes em quatro equipes indo para as áreas rurais todos os dias. Usualmente a cada dia pudemos convencer várias centenas de pessoas a deixarem o partido comunista.

Enfrentando a perseguição: confiando no Mestre e no Fa, mantendo pensamentos e ações retos

Uma vez, quatro praticantes foram presos em nossa área. Cada praticante enviou pensamentos retos, expôs o caso ao público e escreveu ao departamento de polícia solicitando a libertação deles. Os praticantes presos também se recusaram a colaborar com a polícia. Uma semana depois, todos foram libertados.

Em 20 de junho de 2009, um praticante local foi preso. No segundo dia ele escapou da delegacia, o que horrorizou a polícia local. A polícia então lançou uma busca em larga escala. Não conseguindo encontrar o praticante, a polícia levou o seu irmão, que não era um praticante, e ordenou à sua família a trocá-lo pelo irmão.

Nós não prestamos atenção suficiente a isso. Nós não tentamos expor o caso ao público, nem tomamos quaisquer medidas para resgatar seu irmão. Além disso, nós não percebemos que uma enorme quantidade de maus elementos estavam amontoados e sendo pressionados para baixo em nossa área. Seis dias mais tarde, quando seis de nós conversávamos com a população rural em uma vila a 65 quilômetros de distância, nós fomos presos.

Na delegacia de polícia, nós nos mantivemos em silêncio e nos recusamos a dizer qualquer coisa à polícia. Continuamos enviando pensamentos retos e dizendo aos policiais o que realmente era o Falun Gong. Os policiais não sabiam o que fazer com a gente. Eles pediram aos membros da família de quatro praticantes para pagarem o dinheiro da fiança para liberá-los. Mas eles deixaram eu e outra praticante veterana irmos. Chegamos em casa com segurança naquela noite. Este incidente criou pressão em alguns praticantes locais e, por um longo tempo, eles não se atreveram a esclarecer os fatos em público.

Em setembro, o governo local iniciou novamente uma campanha em maior escala para encontrar e prender praticantes antes da realização de um evento do governo. Eu e um outra praticante não queríamos parar com nosso projeto de esclarecimento dos fatos e continuamos indo para as áreas rurais. No entanto, nós não prestamos atenção suficiente ao envio de pensamentos retos. Em uma aldeia, nós fomos relatadas e presas.

Fomos enviadas para o departamento de polícia do condado. O chefe nos reconheceu. Ele ficou louco e nos xingou. "Vocês são muito teimosas e nunca desistem! Vocês se atrevem a fazer isso quando todos estão procurando por vocês!", gritou ele. Então, ele chamou os seus supervisores, e nos ameaçou com punições severas. Ele tentou nos enviar a um campo de trabalho. Já que ambos estávamos acima dos 70 anos, que é uma faixa etária acima da idade para os campos de trabalho, ele considerou a nossa idade como 69 no papel. Ele também pediu à Agência 610 na minha área para exercer pressão no meu local de trabalho original, dizendo-lhes para pararem de pagar o meu salário de aposentadoria.

Meu coração não se comoveu. O companheiro praticante também teve pensamentos retos muito determinados. Continuamos contando à polícia os fatos sobre o Falun Gong. Eu disse a eles: "Só o meu Mestre pode fazer arranjos para a minha vida. O que você diz não vai contar.” Os policiais disseram: “O que dizemos não conta? OK. Vamos ver. Esqueça sobre ser libertada. Nós, de um Partido tão grande, não podemos controlar você? Eu não acredito. Vamos pedir ao seu local de trabalho para tirá-la da folha de pagamento deles. Vou ver como você poderá viver a sua vida sem o seu salário de aposentada.” Eu respondi: “Meu Mestre vai cuidar de mim. Seu arranjo será em vão.”

Eu não tinha nada, nem mesmo um pouquinho de apego ao medo. Mais tarde fomos enviadas a um centro de detenção, onde continuávamos enviando pensamentos retos e fazendo os exercícios durante todo o dia. Nós falávamos com todo mundo lá sobre o Falun Gong. Ninguém acreditava que nós seríamos liberadas, pelo menos não em curto tempo. Eu disse a mim mesma: "Ninguém pode fazer arranjos para mim, a não ser o Mestre. Ainda há muitas pessoas lá fora esperando por mim para serem salvas. Este não é um lugar que eu deva ficar. Mesmo que eu tenha lacunas, as velhas forças não devem me perseguir. Vou percorrer o caminho arranjado pelo Mestre e vou me corrigir com a ajuda do Mestre."

A polícia ordenou à minha filha que pagasse o dinheiro da fiança para me soltar. Meu genro disse que não tinha dinheiro. A polícia ameaçou me enviar a um centro de lavagem cerebral e me deixar lá presa por um ano. Meu genro disse: "Como você quiser.” A polícia não sabia o que fazer, por isso pediu 3.000 yuanes para o meu filho. Meu filho disse: "Não fale de dinheiro comigo. Estou desempregado e não sei quando será a minha próxima refeição. Você está me pedindo dinheiro?” A polícia disse: “Se você não pagar, sua mãe irá para a cadeia.” Meu filho disse: "Não a envie para lá. Você pode me enviar para lá. Vou fazer isso pela minha mãe.” Os policiais ficaram sem truques. Um deles ligou para a Agência 610 local: "Nós não podemos conseguir dinheiro deles. Você quer lhe dar uma chance? Nós não sabemos o que fazer.”

Sob a proteção do Mestre e devido à resistência da minha família e do trabalho dos companheiros praticantes para me salvar, nós fomos libertadas 19 dias mais tarde. No entanto, alguns dias mais tarde, os policiais e os supervisores no meu local de trabalho original vieram falar comigo na minha casa e tentaram gravar a nossa conversa. Eu sabia que eles estavam tentando me forçar a desistir do Falun Gong, ameaçando parar de pagar o meu salário de aposentadoria. Eu não fiquei abalada. Em vez disso, eu contei a eles a beleza do Falun Gong e como a prática foi abraçada em todo o mundo. Meu ex-supervisor disse: "Você ainda está praticando? Todas as suas palavras serão documentadas.” Eu disse: “Sim, eu continuo praticando e eu não me importo se as minhas palavras forem gravadas."

Em seguida, eles foram para a casa da praticante que foi presa comigo. A minha colega praticante não estava com medo de nada. Ela esclareceu os fatos para eles e até tentou convencê-los a renunciarem do Partido Comunista. Alguns oficiais até concordaram com ela sobre o que ela disse sobre o partido. Mais tarde, todas as ameaças simplesmente desapareceram. Ninguém mais mencionou isso. Ainda hoje nós temos o nosso salário de aposentadoria.

Depois de tantos incidentes, os praticantes locais tiveram um encontro de compartilhamento de experiências de cultivo. Todos nós olhamos para dentro e encontramos muitos apegos e lacunas. Nós também decidimos continuar o projeto da área rural e aqueles que não pudessem ir para o campo iriam enviar pensamentos retos para nós. Dessa forma, poderíamos formar um corpo como um todo neste projeto.

Salvar pessoas requer pensamentos retos e puros

Eu me esclareci para o fato de que não se deve ter quaisquer pensamentos impuros ao falar sobre o Falun Gong face a face com as pessoas. Apenas pensamentos retos podem ajudar nos momentos-chave. Aqui estão alguns exemplos: Uma vez, eu falei com um homem. Ele pegou um celular e tentou me denunciar à polícia local. Eu sorri para ele e disse: “O seu celular está quebrado e você não pode fazer a chamada.” E o celular dele parou de funcionar. Continuamos esclarecendo os fatos e visitamos todas as casas naquela aldeia.

Outra vez, quatro de nós fomos a uma aldeia vizinha. Depois de visitar a metade das casas, começou uma chuva torrencial. Um praticante queria parar e ir para casa. Eu disse: “Quando está chovendo bastante, todo mundo vai ficar em casa. Esta é uma boa oportunidade para falarmos com mais pessoas.” Decidimos continuar. Para poupar tempo, nós nem sequer tentamos obter guarda-chuvas. Tudo o que tínhamos eram os nossos pensamentos retos e nos esquecemos da chuva. Depois que terminamos, eu percebi que o meu cabelo e minhas roupas não estavam ainda muito molhados. Nem nossos materiais de papel estavam molhados. Eu sabia que o Mestre tinha aliviado a chuva para nós.

Outra vez, nós terminamos em uma aldeia e decidimos ir para outra, que estava a poucos quilômetros de distância. Eu estava pensando: "Seria ótimo se passasse um táxi." E então passou um táxi com vários passageiros nele. O motorista perguntou: "Velhinhas, para onde vocês estão indo?" Dissemos a ele. Então ele pediu a essas duas pessoas para descerem e nos deu uma carona para aquela vila. Estava quase 40°C naquele dia. Passamos cinco horas naquela grande aldeia e estávamos encharcadas de suor. Estávamos exaustas depois do que foi feito e não podíamos andar de volta. Então um táxi indo de volta para a cidade apareceu e nos levou para casa. O Mestre tinha providenciado tudo para nós.

O nosso projeto correu bem. Em um ano, nós visitamos várias centenas de aldeias e convencemos mais de 10.000 pessoas a renunciarem ao Partido Comunista. Mais e mais companheiros praticantes se juntaram a este projeto. Nós geralmente passávamos as manhãs nas aldeias conversando com as pessoas e as tardes passávamos estudando o Fa. À noite, nós compartilhávamos nossas experiências e entendimentos e procurávamos pelas nossas deficiências para melhorias futuras.

No entanto, com o passar do tempo, desenvolvemos lacunas. Nós não prestamos atenção suficiente ao praticante que dirigia o carro para nós para as áreas rurais. Seu negócio pessoal tomava muito o tempo dele. Durante o dia, ele nos dava caronas e, à noite, ele tinha que cuidar dos seus negócios. Ele tinha pouco tempo para estudar o Fa e fazer os exercícios. Consequentemente o seu estado de cultivo ficou mais debilitado e, no inverno de 2011, isso provocou a prisão de vários de nós no nosso caminho de volta de uma aldeia.

Eu fui solta depois de ficar presa por 15 dias. Vários outros praticantes também foram soltos pela ajuda de suas famílias. No entanto, o praticante motorista foi condenado em um campo de trabalhos. Olhei para dentro procurando minha brecha e gritei – eu só pensei nos meus planos e na salvação das pessoas, mas ignorei o estado de cultivo desse companheiro praticante. Eu não considerei quanto ele poderia suportar e não o lembrei em um momento oportuno para que corrigisse alguns dos seus pensamentos errados.

O nosso desejo é fazer com que todos saibam dos fatos

Sem um carro, estávamos diante de uma grande dificuldade. Mas ainda havia muitas aldeias que precisávamos visitar. Depois de um período de recuperação, decidimos ir a essas aldeias a pé. Nós tentamos não perder nenhum segundo, todos os dias. O tempo é precioso, porque o Mestre tem que arcar com um monte de coisas para que possamos ter tempo suficiente para salvar as pessoas. Eu vivo uma vida muito simples. Todos os dias, tudo o que faço é estudar o Fa e esclarecer os fatos. Eu falo com as pessoas na cidade quando o tempo está ruim e vou para as áreas rurais com tempo bom. Embora tenhamos que sofrer muito, nada pode nos impedir de salvar as pessoas.

Tivemos muitas experiências emocionantes nas áreas rurais. Às vezes, depois de conversar conosco, os moradores andavam com a gente por uma certa distância e não queriam que partíssemos. Alguns disseram: "Vocês são pessoas muito agradáveis. Eu realmente gosto de ouvi-los. Por favor, voltem novamente para minha casa.” Alguns nos convidavam para jantar. Alguns queriam pagar pelos materiais de esclarecimento dos fatos. Alguns nos davam frutas. Às vezes, depois que deixávamos a aldeia, as pessoas nos alcançavam e nos pediam mais materiais ou amuletos. Alguns moradores estavam inclusive dispostos a nos ajudar a entregar materiais.

Tem sido assim por mais de dez anos. Nós persistimos em enfrentar o tempo severo e a perseguição do mal, nunca desistimos. Até agora, visitamos quase todas as 700 aldeias em nosso município e conversamos com centenas de milhares de pessoas. Nosso desejo é fazer com que todos saibam dos fatos.

Olhando para trás na minha jornada de cultivo, meus olhos se enchem de lágrimas. São experiências demais, alegres e tristes, doces e amargas. Meu apreço para com o Mestre não pode ser descrito em palavras e a honra e a grandeza de ajudar o Mestre a retificar o Fa não podem ser descritas em palavras. Nossos companheiros praticantes locais amadureceram. Vamos estudar o Fa melhor e solidamente terminar o resto da jornada com pensamentos retos. Não vamos deixar o Mestre se preocupar conosco.

Obrigada, Mestre! Obrigada, companheiros praticantes.