(Minghui.org) Na noite de 8 de julho de 2015, David Matas, indicado ao Prêmio Nobel da Paz e advogado de direitos humanos, deu uma palestra sobre o "assassinato institucionalizado" de praticantes do Falun Gong realizado pelo regime chinês por seus órgãos, na prestigiada Universidade de Melbourne da Austrália.

David Matas: "Temos de lidar com o problema agora, imediatamente”

"David Kilgour e eu chegamos à conclusão, como resultado do trabalho que fizemos, que os [praticantes do] Falun Gong estão sendo mortos por seus órgãos.” Matas afirmou ainda: "Nós também devemos divulgar a nossa mensagem ao público, porque o fim das violações dos direitos humanos depende da reação das pessoas a essas violações. Crimes contra a humanidade são crimes contra toda a humanidade. Somente se a humanidade reagir como um todo, iremos pôr um fim a essas violações.”

Matas listou nove critérios que ele sugere que deveriam ser aplicados na China:

1. Uma divulgação completa do histórico da origem dos órgãos para transplantes;

2. Comprometimento para levar à justiça todos os autores de abuso de transplante de órgãos no passado e uma abertura de processos contra eles;

3. A expulsão da Associação Médica Chinesa de profissionais de transplantes que não consigam provar, sem margem de dúvida, que a fonte de órgãos tenha sido adequada;

4. Cooperação com a investigação internacional sobre a origem presente e passada dos órgãos para transplantes;

5. Publicação de estatísticas de penas de morte atuais e passadas;

6. Acesso público aos números totais globais, passados e presentes, para os quatro registros chineses de transplante que existem atualmente para pulmão, fígado, coração e rim;

7. A transparência totalmente verificável da origem dos órgãos para transplantes;

8. Estabelecimento de um sistema de rastreabilidade de fontes para transplantes e a utilização desse sistema;

9. A cooperação com um sistema de verificação externa para o cumprimento das normas internacionais.

Bernie Finn MP (direita) fala enquanto o sr. Matas (esquerda) está a seu lado.

Bernie Finn: "Eu apoio a sua liberdade religiosa"

Bernie Finn, membro do Conselho Legislativo Vitoriano, deu uma palestra durante o evento e disse: "Agora que sabemos o que está acontecendo na China, temos a obrigação de fazer algo sobre isso."

Finn se reuniu com Matas para discutir que medidas o Parlamento Vitoriano pode tomar "para corrigir este erro terrível que está ocorrendo atualmente na China.”

Matas vem encorajando a Austrália a assinar o tratado convencional denominado Convenção de Tráfico de Órgãos. De acordo com Matas, os países que o assinam "comprometem-se a criminalizar o tráfico de órgãos, o turismo de transplante, venda e publicidade, assim por diante."

Segundo participantes, o genocídio de praticantes do Falun Gong é "um grave holocausto"

Como Luke Davey, muitos que ouviram o discurso de Matas expressaram sua preocupação em relação ao genocídio de praticantes do Falun Gong. Luke disse: "Eu sinto que aprendi muito esta noite. Sinto como se precisasse fazer algo sobre isso. Quero compartilhar isso com outras pessoas."

Luke estava acompanhado de Pia Gallagher, que disse: "Isso me fez querer aprender um pouco mais sobre o que está ocorrendo. De fato, isso realmente me incomoda e me perturba."

Mary Ioannov e Joe Lamari ambos concordaram que os australianos deveriam estar expressando desaprovação sobre estes crimes que estão ocorrendo na China. Além disso, a Austrália vem se movendo muito lentamente na tentativa de comunicar a questão para o resto do mundo e muito mais deveria ter sido feito durante estes últimos anos.

Tendo voado de Sydney para ouvir David Matas falar, Andrew Bush declarou que a perseguição ao Falun Gong é "preocupante" e é "um grave holocausto". Ele deseja o sucesso dos muitos processos judiciais que estão sendo arquivados contra o ex-ditador chinês Jiang Zemin, que é o principal culpado na perseguição ao Falun Gong.

Na sequência da recente turnê de palestras de Matas pela Austrália e Nova Zelândia, os relatos sobre os assassinatos de praticantes do Falun Gong pelo regime chinês por seus órgãos, têm sido noticiados em ambos os países. Funcionários e cidadãos que se preocupam em ambos os países, agradeceram ao sr. Matas pelos seus esforços em tornar pública esta questão e por mostrá-la a eles.

O sr. Matas deu uma palestra na Conferência da ANZSIL (Sociedade Neo Zelandesa e Australiana de Direito Internacional) em Wellington, no Parlamento da Nova Zelândia, em um fórum na Universidade de Wellington, no Parlamento Sul Australiano, em um fórum na Universidade do Sul da Austrália, no Parlamento Australiano Ocidental, no 15º Simpósio Internacional da Sociedade Mundial de Vitimologia em Perth, e foi o orador principal no evento público "Direitos humanos e a extração forçada de órgãos na China" na Universidade de Melbourne.