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Adelaide, Austrália: Rádio ABC entrevista David Matas sobre a extração de órgãos na China

18 de julho de 2015 |   Escrito por um praticante do Falun Dafa na Austrália

(Minghui.org) David Matas, candidato ao prêmio Nobel da Paz e renomado advogado internacional de direitos humanos, falou na rádio ABC (Australian Broadcasting Corporation), em Adelaide, sobre o assassinato de praticantes do Falun Gong pela extração dos seus órgãos, orquestrado pelo regime chinês, em 29 de junho de 2015.

Locutor da Rádio ABC, Ian Henschke: "... horrível e quase inacreditável"

De acordo com Matas: "Originalmente, o Partido Comunista Chinês encorajou o Falun Gong porque era útil devido aos exercícios e reduzia os custos do sistema de saúde. Mas então tornou-se muito popular e é espiritual. O Partido Comunista é ateu. O Partido começou a se preocupar com seu próprio apoio ideológico e popularidade quando o Falun Gong se tornou muito popular, já que havia mais praticantes do Falun Gong na China do que membros do Partido Comunista.”

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é um conjunto de exercícios tranquilos de meditação e ensinamentos baseados em Verdade-Compaixão-Tolerância.

"Mas, por que isso seria tão horrível que levaria você a começar a prender as pessoas e extrair seus órgãos?", perguntou Ian Henschke, o locutor da Rádio ABC.

Matas disse: "O que ocorreu inicialmente quando a repressão ao Falun Gong começou, foi que os praticantes do Falun Gong tiveram a mesma incompreensão que você. Ele é inofensivo, não é político, não é organizado, é um conjunto de exercícios, deve haver algum engano. Então houve grandes protestos por todos os lados. Muitas pessoas foram a Pequim para protestar na Praça da Paz Celestial. Essas pessoas, na casa das centenas de milhares, foram detidas. Começou com uma quantidade de 70 milhões de pessoas. Agora eles acabaram sendo a maior população de prisioneiros no gulag chinês, nos campos de trabalho de reeducação. Existe uma estimativa de mais de um milhão deles.”

Reação internacional

Nos últimos tempos, até agora, juntamente com Taiwan e Espanha, Israel tomou a posição mais forte em que criminaliza viagens para a China para o transplante de órgãos. Henschke acrescentou: "Os israelenses obviamente entendem o que se passa nos campos de concentração. Eles agora decidiram que é um horror possuir qualquer tipo de envolvimento com este comércio.”

Matas destacou que a Sociedade de Transplante: "um fórum internacional para o avanço mundial de transplante de órgãos", de acordo com seu site oficial, recusou a admissão de 35 médicos chineses de transplante para uma conferência recente, por haver cumplicidade no abuso de transplante. Matas disse ainda que a Sociedade de Transplante "se recusou a participar de uma conferência chinesa de transplante em Hangzhou, na China naquele ano, também devido àquela cumplicidade."

Matas declarou firmemente que a principal fonte de órgãos é de praticantes do Falun Gong. "Nós estamos falando de milhões e milhões deles ...dezenas de milhões", comentou Henschke.

"Mesmo que você coloque fim em todo o turismo de transplantes, isso não iria acabar com o abuso de transplantes. É preciso que haja mais transparência. A China não vai dizer-lhe de onde seus órgãos estão vindo." Matas afirmou ainda: "Além disso, a pena de morte na China está agora centralizada. Tudo passa por Pequim. Eles conhecem os números. Eles deveriam ser capazes de liberá-los.”

Depois de sua entrevista na rádio na noite de 29 de junho, David Matas falou também na Universidade do Sul da Austrália sobre a questão da extração de órgãos.

Matas também deu um discurso na Universidade de Melbourne em 8 de julho, após uma parada em Nova Zelândia.