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Minnesota: Consulado Chinês interfere em resolução sobre extração de órgãos

25 de junho de 2015 |   Escrito pelo correspondente do Minghui Xu Jing

(Minghui.org) Duas Resoluções (SF2090, HF2166) expressando preocupações sobre a sistemática extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong, sancionada pelo Estado chinês, foram apresentados em abril a comissões na Câmara e no Senado de Minnesota, nos Estados Unidos. Pouco depois, o Consulado Chinês em Chicago pressionou os legisladores do estado na tentativa de interferir nas resoluções, antes que elas chegassem às subcomissões.

As cartas escritas pelo consulado chinês aos legisladores de Minnesota estavam cheias de mentiras, contradições e palavras caluniosas. Alguns funcionários do consulado tentaram agendar reuniões com os autores das resoluções.

“Nós absolutamente não acreditamos em nada nesta carta [do consulado chinês]. Vocês não precisam se preocupar com isso. Nós os apoiamos como antes!” – disse um assistente a um legislador, quando entregou a carta para um praticante do Falun Gong, que é seu eleitor.

Uma outra assistente disse que trabalhava no legislativo por quase 20 anos e compreendia bem a natureza do Partido Comunista Chinês e a forma como ele funciona.

Outro assistente disse aos praticantes que a carta do consulado chinês foi lida numa reunião informal e que ela provocou boas risadas.

Uma postagem no site do senador Dan D. Hall, sobre a “inesperada” visita do vice-cônsul chinês: 

"Na terça-feira eu recebi a visita do vice-cônsul do Consulado Geral da China, em Chicago. Não é comum que um representante oficial de um país estrangeiro se encontre ou se preocupe com as atividades de um legislador do estado de Minnesota. Portanto, quanto recebi a solicitação de uma entrevista do Consulado Geral da China, confesso que eu me surpreendi.
Foi uma visita agradável. O vice-cônsul e sua comitiva formam simpáticos e bem-educados. E eu acho que nós poderíamos ter conversado sobre muitos assuntos interessantes acerca dos nossos respectivos países.
Infelizmente, os meus visitantes não vieram discutir hóquei ou walleyes. Eles vieram falar sobre uma resolução de minha autoria, a Resolução SF2090. A SF2090 é uma resolução que expressa 'preocupação em face de recorrentes e consistentes relatos sobre sistemática extração não consentida de órgãos, sancionada pelo Estado, de prisioneiros de consciência, principalmente praticantes do Falun Gong presos por suas crenças espirituais, dentre outros grupos religiosos e etnias minoritárias, na República Popular da China'.
Eu expedi a Resolução após ter sido procurado por um grupo de praticantes do Falun Gong (aqui do estado de Minnesota), apresentando as informações que serviram de base para a Resolução H.R 281, do Congresso Nacional dos Estados Unidos. As informações buscam demonstrar que os praticantes do Falun Gong têm, de fato, sido alvo de extrações forçadas de órgãos – e que muitos desses órgãos têm sido comercializados no mercado internacional.
Embora tenham havido relatos críveis de tais abusos, ainda não me foram apresentadas provas irrefutáveis. Os relatos podem estar equivocados. Contudo, a recusa do governo chinês em apresentar uma explicação verificável para o pico no número de órgãos disponíveis para transplantes levanta suspeitas.
Para alguém criado na América e profundamente comprometido com a liberdade de expressão, a liberdade religiosa e outras disposições da nossa Constituição, a imagem de um governo que oprime os crentes religiosos impopulares e comercializa os seus órgãos é quase inacreditavelmente desumano.
Meus amistosos visitantes não deram nenhum sinal de conhecer essa desumanidade. Quando o poder governamental mina aquelas liberdades e faz das pessoas religiosas cidadãs de segunda classe, arriscamos tornar as nossas sociedades espaços propícios para violência desmedida, sancionada pelo Estado. Seja no interior da Mongólia ou em Indiana, nós nunca deveríamos admitir ao governo exercer esse tipo de poder."

A carta escrita pelo consulado levantou a questão da legislação sobre o tema, entre os legisladores.

A sra. Zhao, diretora da Associação do Falun Dafa de Minnesota, disse: “Essa questão diz respeito a todos, transcendendo os limites geográficos. A extração forçada órgãos de praticantes do Falun Gong precisa receber mais atenção da comunidade internacional. É um crime desumano, um ultraje para qualquer cultura no mundo. Isso é contrário a quaisquer crenças e padrões morais aceitos pela humanidade."