Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

Fahui da China | Minha esposa e filho também são seres conscientes

5 de maio de 2015 |   Por um discípulo do Dafa na Mongólia Interior

(Minghui.org) Saudações venerável Mestre! Saudações companheiros praticantes.

O Falun Dafa salvou a minha família outrora devastada e transformou-a numa família feliz e harmoniosa.

Os velhos tempos

Vivemos num pequeno povoado na Mongólia Interior. Eu tenho um bom trabalho que me dá uma renda decente. No entanto, tanto a personalidade da minha esposa como a minha são completamente opostas. Discutíamos frequentemente.

Minha esposa era difícil e teimosa. Tampouco eu era muito generoso. Muitas vezes quebrávamos pratos e tigelas quando brigávamos. Eu sentia-me deprimido por alguns dias depois de cada briga. Transbordava de raiva quando me deitava na cama. As nossas brigas ficavam cada vez mais intensas.

Quando meu filho cresceu ele começou a faltar na escola. Ele também era viciado em jogos de computador. Frequentemente jogava em cybercafés durante dias inteiros e não voltava para casa. A minha esposa ia procurá-lo depois do trabalho, verificando em todos os cybercafés na cidade.

Se ela encontrasse nosso filho, ela o repreendia. Quando não conseguia encontrá-lo, voltava para casa e fazia-me passar por maus momentos. Às vezes, ela simplesmente sentava-se na sarjeta e chorava. Nós discutimos muitas vezes por causa do nosso filho. Suas palavras duras deixaram cicatrizes no meu coração.

Como se isso não bastasse, descobrimos que nosso filho havia roubado dinheiro de casa. Depois de dar-lhe uma boa sova, soubemos que não tinha sido a primeira vez. Em ocasiões anteriores, ele havia roubado tanto pequenas quantias quanto grandes quantias. Eu caí no sofá e gritei: eu criei um ladrão?

Senti que a vida era miserável e me perguntei: por que a vida é tão cheia de sofrimento? Qual é o propósito de viver com uma esposa tão desagradável e um filho ladrão?

Depois de brigarmos um com o outro, a minha esposa e eu normalmente gritávamos ao mesmo tempo: "Divórcio! Com certeza!" Contudo, todas as vezes fomos persuadidos por nossos parentes e amigos: "Por que querem terminar com o casamento de vocês? Seu filhoestá crescendo agora. Vocês querem procurar um outro cônjuge após o divórcio? Todas as famílias são deste jeito. Apenas suportem e as coisas irão melhorar quando vocês ficarem mais velhos."

Apesar de não nos divorciarmos, fiz meus próprios planos: comecei a economizar o meu próprio dinheiro. Pensei: "Eu não posso ficar sem recursos após o divórcio. Preciso poupar algum dinheiro. Assim que tiver dinheiro suficiente, vou deixá-la."

Minha esposa percebeu o meu esquema e iniciou os seus próprios preparativos: ela escondeu o nosso livro de depósitos bancários e retirou da casa todos os objetos de valor.

Nossa qualidade de vida caiu rapidamente. Ambos esperávamos que o outro fizesse todo o trabalho doméstico: ninguém cozinhava. Ambos comíamos sobras cheios de ressentimento. Eu desenvolvi vários problemas de saúde tais como: dificuldade respiratória, dores de cabeça e no estômago. Eu não tinha nem 30 anos de idade.

Eu pesava pouco mais de 45 quilos. Eu não podia morrer, mas tampouco podia dar-me ao luxo de viver. Eu não sabia como conduzir a minha vida.

O Mestre colocou-me no caminho certo

Comecei a praticar o Falun Dafa no verão de 1996. Estava muito feliz! Mesmo quando eu estava andando de bicicleta ou a pé pela rua, tinha o desejo de gritar: "Agora eu tenho esperança!" Estudava o Fa e praticava os exercícios. Minha vida era prazerosa e cheia de significado.

Por meio do estudo do Fa, eu aprendi como melhorar o meu temperamento e comecei a mudar para melhor. Embora minha esposa ainda me criticasse e me fizesse passar por maus bocados, eu me esforçava para fazê-la feliz.

Por um bom tempo, sempre que eu chegava em casa do trabalho, ela recomeçava "Ambos trabalhamos e estamos cansados. Por que eu deveria cozinhar?" Eu dizia: "Sim, descanse agora. Eu vou cozinhar." Ela então me culpava depois que eu terminava de cozinhar: "Olha como você sujou a cozinha! Você é um porco?"

Eu entendia que aquilo não era porque eu não tinha feito um bom trabalho cozinhando. Era porque eu não podia aceitar críticas. Eu era uma pessoa muito competitiva antes de começar o meu cultivo. Enquanto eu tivesse um certo apego, ela iria procurar provocá-lo. Isso não era bom para o meu cultivo?

Eu, no entanto, aguentava sofrendo. Eu não conseguia alcançar o reino de tolerância mais elevado conforme exigido pelo Fa. Minhas tribulações familiares não cessavam.

Uma vez eu comprei carne de porco assada com molho de soja, um prato que eu apreciava bastante. Na hora do jantar, no entanto, não consegui encontrá-lo em lugar nenhum.

Eu perguntei: "Onde está a minha carne de porco?"

Minha esposa respondeu: "Carne de porco? Você não quer mais nada?"

Finalmente encontrei o prato de carne de porco no lixo.

"Isso custou caro. Como você pode simplesmente jogá-lo fora dessa maneira?", protestei.

"Que tipo de pessoa ilustre come isto! Você é um simples morador de vila!", respondeu minha esposa.

Eu sabia que ela não queria dizer isso; ela simplesmente queria que eu passasse por um momento difícil. Eu pensei: "Tenho de passar bem este teste." Eu sorri. Quando as tribulações vinham, elas geralmente chegavam como um avalanche. Os primeiros segundos são os mais difíceis, realmente insuportáveis, depois, a tribulação parece não me afetar tanto.

Inicialmente, eu estava muito apegado à boa comida, motivo porque minha esposa iria frequentemente fazer-me passar por maus bocados. Ela cozinhava pratos muito simples e muitas vezes dava-me as sobras.

"Você está tratando-me como um burro. Enquanto houver grama, o burro não vai morrer”, disse eu, meio que brincando.

Ela respondeu: "E você ainda se considera um cultivador?"

Compreendi que tudo o que eu precisava era de comida suficiente para que pudesse continuar o meu cultivo. Eu me recordava a cada refeição: basta ter o suficiente para encher meu estômago.

Tendo crescido numa família pobre, eu sempre esperava ansiosamente e adorava as festividades do Ano Novo Chinês. As celebrações e a boa comida animavam-me. Porém, minha esposa tornava-se amarga a cada celebração do Ano Novo.

Uma vez, o meu pai juntou-se a nós para o Ano Novo Chinês. Eu estava muito animado: varri o chão, lavei os pratos e ajudei a preparar os legumes... Disse para minha esposa: "Não vamos discutir desta vez. Eu quero que o meu pai tenha um excelente Ano Novo Chinês!"

Ela disse: "Foi você quem causou problemas em todos os anos passados!"

Eu respondi contra a minha vontade: "Você está certa."

No entanto, logo ela perdeu a paciência. Atirou alguns pratos e se recusou a fazer o jantar do Ano Novo. Ela sentou-se na cama e começou a assistir TV. Meu pai estava em lágrimas: "Isso é porque ela não está feliz porque eu estou aqui este ano?"

Eu disse: “Não. Não. Não é o caso. Seu temperamento é assim."

Pensei: "Se eu não praticasse o Falun Dafa, qualquer coisa poderia ter acontecido como resultado disto." Eu sabia que aquilo tinha acontecido como resultado do meu apego à celebração do Ano Novo. Era difícil soltar o apego! Finalmente depois de muitos anos abandonei o apego.

O que eu frequentemente encontrava na minha casa era: eu teria paz se não estudasse o Fa ou se não praticasse os exercícios. Assim, sempre que eu começava a estudar ou a praticar os exercícios, minha esposa mandava-me fazer isto ou aquilo. Ela não parava até que eu perdesse a paciência.

Por exemplo, eu queimava incensos para o Mestre; ela dizia que eu tinha enchido a casa de fumaça. Eu me curvava em frente à imagem do Mestre; ela murmurava "superstição". Ela até chutava meu traseiro algumas vezes quando eu estava me curvando.

Eu respeitosamente colocava algumas frutas diante da imagem do Mestre; ela imediatamente pegava uma e dava uma mordida: "Quem já viu um Buda comendo frutas? A fruta é para ser comida por pessoas!"

Eu contava-lhe histórias de cultivo e de reencarnação; ela olhava para mim: "Pare! Cale a boca. Mesmo que os outros possam ter sucesso nos seus cultivos, você não terá!"

"Por quê?", eu perguntava.

"Por causa de sua grave natureza demoníaca. Seu estado é instável."

"Mas isso é passado, não?"

"Você não tem melhorado muito."

Eu percebia que o Mestre usava a sua boca para me dar dicas: eu deveria me esforçar ao máximo para melhorar e abandonar a mentalidade humana.

Meu filho não era mais fácil que a minha esposa. Ele era um adolescente na época, mas tinha uma namorada após outra. Frequentemente chegava em casa depois da meia-noite e dormia até depois das 11 horas da manhã. Então, acordava, comia um pouco e, em seguida, saía e voltava para o cybercafé. Virava a cara sempre que me via. Ele nem sequer me cumprimentava. Era raro que tivéssemos um jantar em família com todos nós três presentes.

Uma noite estava chuviscando e nosso filho ainda estava fora de casa depois das 21h. Minha esposa estava frustrada novamente: "Por que você está simplesmente lendo o seu livro? Você nem ao menos sai para procurar o nosso filho." Eu respondi: "Caso eu o encontre, e daí? Ele sairá logo, mais uma vez."

"Você está se comportando como um pai? O que você fez para o seu filho? Do que é que você tem cuidado em casa?"

Eu pensei: "Será que estou sendo egoísta? Tenho que melhorar."

Eu não discuti com minha esposa. Saí de casa para procurar o meu filho.

Não havia praticamente ninguém na rua mal iluminada. Atravessei a rua e ouvi um barulho atrás de mim. Antes que eu pudesse me virar para ver o que estava acontecendo, fui arremessado no ar.

Eu percebi: "Acabei de ser atropelado por um carro."

Então eu pensei: "Eu estou bem. Eu ficarei bem!"

A dor intensa na perna viajou para o meu cérebro. Senti como se tivesse ossos quebrados e estivesse sangrando. Eu reforcei meus pensamentos positivos e pensei: "Eu vou ficar bem." Levantei-me, não verifiquei as minhas pernas, mas simplesmente caminhei em direção à motocicleta que estava a menos de 10 metros de distância.

O motorista estava agachado e segurava a cabeça. Perguntei-lhe: "Você está bem?"

Ele disse: "Eu tenho uma dor de cabeça muito forte." (Ele aparentemente estava fingindo na esperança de não ser responsabilizado)

Eu disse-lhe: "Agora você pode ir. Eu sou um praticante do Falun Dafa."

Ele imediatamente se levantou: "Você está realmente bem?"

"É claro! Se eu não cultivasse o Falun Dafa, eu estaria caído no chão e me recusaria a levantar. Iria para um hospital e me recusaria a sair. Lembre-se que o Falun Dafa é bom. Verdade-Compaixão-Tolerância é bom."

O motorista disse: "Sim, sim. Eu conheci uma pessoa boa."

Antes de nos despedirmos, ele ajoelhou-se e disse: "Deixe-me fazer-lhe uma reverência."

Eu o impedi: “Não há necessidade de fazer-me uma reverência. Basta dizer à sua família e amigos para se lembrarem de que ‘Falun Dafa é bom. Verdade-Compaixão-Tolerância é bom.’"

Ele respondeu com gratidão: "Sim, eu vou lembrar." Então, ele gritou: "Falun Dafa é bom! Verdade-Compaixão-Tolerância é bom!”

Eu verifiquei a minha perna esquerda e vi que estava preta azulada. Minhas calças e camiseta estavam rasgadas. Meu filho me viu e não foi complacente: "Quem lhe falou para sair de casa e procurar por mim? Você acha que eu não saberia como chegar em casa sozinho?"

Minha esposa estava assistindo TV. Ela também me culpou: "Como é que você foi atropelado? Você é completamente incompetente!"

Eu sabia o que tinha acontecido. Imediatamente me sentei para meditar. Juntei as palmas das minhas mãos na frente do peito e agradeci ao Mestre por ter salvado a minha vida. Eu estava imerso em gratidão e felicidade.

Ajudando minha esposa e filho a pensarem positivo sobre o Dafa

Depois que a perseguição começou em julho de 1999, minha esposa avisou-me: "Apenas fique em casa e pratique! Não me traga nenhum problema." Ela iria forçar qualquer praticante a sair pela porta se ela os visse em casa.

Quando soube que eu esclarecia a verdade aos outros, ela ficou furiosa. Ela atirou no chão os meus livros do Dafa e as fitas cassetes dos exercícios. Eu também fiquei furioso: "Você não sabe que o Dafa é bom? Mesmo que os outros não saibam, você deveria saber! Se você quiser o divórcio, tudo bem! Se você quiser impedir a minha prática, de jeito nenhum!"

Minhas palavras firmes a chocaram. Ela ficou sem palavras e simplesmente olhou para mim. Depois disso, ela nunca mais interferiu no meu cultivo e não mandou mais que outros praticantes saíssem quando eles vieram me visitar.

É muito fácil para as velhas forças prejudicarem as pessoas nos ambientes familiares. Nós sofreríamos golpes pesados e derrota severa se não agíssemos com o poder do Fa, com pensamentos retos e ações retas.

Mesmo durante os momentos mais difíceis, eu acreditava firmemente: sou eu quem muda você, não você quem me muda. Eu desempenho o papel de liderança na minha família. A minha esposa pode tomar decisões sobre dinheiro. Ela pode ser responsável por qualquer outra coisa, mas eu guio a família para se alinhar com o Fa.

Eu não iria permitir que as velhas forças controlassem os membros da minha família e me colocassem numa posição impotente. O Mestre não nos pede para cultivarmos dessa forma. Os discípulos do Dafa são boas pessoas e são tolerantes. Mas as pessoas boas não devem ser intimidadas, elas necessitam viver com dignidade.

Sempre que enviava pensamentos retos, eu pensava: "Negar completamente todos os arranjos das velhas forças! Eliminar todas as substâncias distorcidas nas dimensões de minha esposa e filho. Dissolver os fatores perversos que os controlam. Suas vidas vieram para o Fa. Eles devem ter um bom futuro. Os membros da minha família estão predestinados a ficarem comigo. Eu serei capaz de transformá-los e de salvá-los."

Ao mesmo tempo, vigiava o meu xinxing e não dava nenhuma desculpa para não fazer progressos. O Fa proporcionou-me excelente orientação.

Lembrei-me do Fa do Mestre em “Ensinando o Fa no Fahui do Meio Oeste dos Estados Unidos, em Chicago, 1999”:

“Todos nós devemos proteger nosso xinxing. Outras pessoas podem fazer maldades, porém nós não podemos. Se realmente pudermos proteger nosso xinxing, essas coisas passarão rapidamente. Elas não durarão muito. No final, é certo que seu marido mudará devido à sua própria elevação nos níveis de cultivo. É certo que as coisas são dessa maneira!”

Eu acreditava que minha situação familiar iria mudar com certeza. Eu até pensei que eles seriam capazes de obter o Fa no futuro.

O que me angustiava durante esses anos era como iria ajudar a minha esposa e filho a verem as mentiras do Partido Comunista Chinês (PCC) e a olharem para o Dafa através de uma luz positiva. Não importava o que eu lhes dissesse, eles simplesmente respondiam com a propaganda do PCC.

Eu pensava: "Se eu não consigo salvar nem os membros da minha própria família, como posso salvar os outros? Como posso validar a beleza e o poder do Dafa?"

O Mestre disse-nos em Essenciais para Avanço Adicional:“Pacifique o externo cultivando o interno.”

Eu acreditava que o meu campo virtuoso, comportamento e caráter, influenciavam e guiavam tudo ao meu redor. O objetivo final era: eu deveria entender o Fa de uma forma racional e aperfeiçoar-me com base no Fa. Quanto mais eu entendia, mais apegos eu abandonava e mais rapidamente eu melhorava.

Apegados às nossas famílias, vamos ser puxados aqui e ali pelos laços do qing. Uma pessoa comum pode ser levada à loucura pelas emoções. Um cultivador sem fortes pensamentos retos pode inclusive ficar esgotado e achar que é difícil avançar no seu cultivo.

Antes de começar o meu cultivo, eu estava muito apegado às emoções. Depois, também fiquei profundamente magoado. Durante muito tempo eu tinha esta queixa: eu tratei minha esposa e filho muito bem. No entanto, por que eles ainda me tratam tão mal? Tenho dado tanto pela família, mas eles ainda me fazem passar por maus momentos. Sentia-me injustiçado.

O Mestre disse em “Ensinando o Fa na Conferência de Houston, de 1996”:

“Há algo que vale para todos: vir num grupo familiar, vir ao mundo, é como se hospedar num hotel; você fica apenas uma noite e vai embora no dia seguinte. Quem reconhecerá quem na próxima vida? Entre aqueles que estão ao seu redor, estão os maridos e outros familiares que você amou com afeto em suas vidas anteriores. Você os reconhece? Eles reconhecem você?”

Eu li o parágrafo acima muitas e muitas vezes. Pensei que era um segredo celestial. Eu entendi que embora parecesse amor, ódio, emoções e vingança, os seres vivos simplesmente vinham para liquidar dívidas cármicas. Se eles não pudessem sair dos três reinos, o final seria um só: a reencarnação até à destruição.

O mundo humano não é nada mais do que uma plataforma para o pagamento de dívidas cármicas. Se o Mestre não tivesse revelado este segredo celestial, se eu não tivesse obtido o Dafa, como eu poderia ter sobrevivido? Descontraí-me depois de me iluminar sobre o acima descrito. Foi mais fácil para eu lidar com assuntos de família e relacionamentos.

Percebi que quanto menos eu estivesse apegado ao meu filho, mais mudanças ocorriam a ele. Eu não deveria me concentrar nos seus defeitos, mas em vez disso, me concentrava nos seus pontos fortes. Ele também era um ser consciente. Quem ele vai ser na próxima vida? Quem foi na sua vida anterior? Eu não posso tomar decisões por ele, mas posso proporcionar uma influência positiva. No final das contas, somente o Fa-Buda poderia ajudá-lo.

Depois que elevei meu entendimento eu comecei a ter mais compaixão para com o meu filho. Era mais atencioso com ele. Por exemplo, eu lavava a roupa suja para ele. Lembrava-lhe para se agasalhar quando estava frio.

Houve uma vez em que ele ficou chateado quando nos viu comendo mingau (mingau de arroz), já que ele preferia arroz. Minha esposa iria dizer: "Mamãe vai cozinhar arroz para você."

Inicialmente, eu ficava alterado com isto: "As crianças deveriam ser obedientes – esta sempre foi a regra na nossa família. Como essa regra pode ser alterada?"

Minha esposa tomava o partido do meu filho: "E você se considera um cultivador? É raro que o nosso filho coma em casa. Você não se importa; você já comeu a sua refeição."

Eu insistia: "Não podemos permitir que o nosso filho se comporte assim. Quem é o pai aqui?"

Meu filho viu que minha esposa e eu estávamos prestes a iniciar uma discussão. Ele então começou a sair de casa. Depois que o nosso filho saía, ela descarregava toda a raiva dela em mim. Ela jogou os pauzinhos em cima da mesa – a refeição tinha terminado.

Eu estava errado? Sobre o quê eu estava errado? Examinei-me para descobrir eventuais falhas e percebi: eu estava errado.

O Mestre disse-nos em Zhuan Falun:

Você deve ser sempre misericordioso, tratar os outros com bondade, considerar os outros ao fazer qualquer coisa e, quando um problema se apresentar, você deve pensar primeiro se os outros podem suportar ou se serão prejudicados. Faça assim e não haverá nenhum problema.”

Entendi que eu não deveria ter noções tão rígidas. Era apenas uma refeição. Se eu mudasse, eu estaria em harmonia com o meu filho. Não era esse o caso?

Na ocasião seguinte que tivemos mingau, eu disse para o meu filho: "Eu vou fritar um pouco de arroz para você. Só um momento." Meu filho aceitou logo a minha oferta e sentou-se enquanto eu cozinhava a refeição para ele.

Depois de ter-lhe cozinhado algumas refeições, ele mudou: "Pai. Você não precisa se preocupar. Eu vou comer o que você comer."

Eu sorri: "Você tem certeza? Não vamos deixar o nosso querido filho morrer de fome."

Minha esposa comentou: "Agora, você é um cultivador."

Muitas vezes eu trazia um ar de primavera para a minha família: cantava canções compostas pelos discípulos do Dafa, fazia os exercícios do Dafa, falava-lhes mais sobre o Falun Dafa e contava-lhes histórias de reencarnação.

Ao invés de contestarem e zombarem de mim, eles mudaram e passaram a me escutar respeitosamente. Depois, começaram a entrar na discussão e a dar as suas ideias. Eu sabia que eles estavam mudando. Mais importante, eu tinha mudado. Eu estava cada vez mais perto dos padrões divinos.

A mudança mais óbvia no meu filho foram que ele podia discutir seus problemas comigo. Certa vez, ele foi abandonado pela sua namorada. Ele se recusou a comer ou beber, simplesmente ficou deitado na cama e até chorou. Minha esposa estava muito preocupada. Ela perguntou-me: "O que podemos fazer sobre isso?"

Vendo quão magoado meu filho se sentia, eu disse-lhe: "Filho, você foi tão bom para ela, mas ela terminou com você. O que isso nos diz? As emoções não são algo em que possamos confiar." Eu falei a ele sobre o Fa do Mestre e de como ser um ser humano, bem como sobre a forma de lidar corretamente com essas questões... Ele se sentiu muito melhor, saiu da cama e comeu sua refeição.

Eu levei um longo tempo para encontrar uma forma eficaz de educar o meu filho. Se eu fosse duro, ele se tornava ainda mais difícil. Se eu ficasse com raiva, ele ficava com mais raiva ainda.

O Mestre nos disse no Zhuan Falun:

“Há pessoas que perdem a paciência quando educam os próprios filhos, gritam tanto com eles que estremecem o céu. Ao educar seus filhos, você não deve agir dessa maneira, não deve realmente se zangar. Você deve educar os seus filhos com racionalidade para educá-los verdadeiramente bem. Se você nem sequer é capaz de tolerar essas pequenas coisas sem perder a paciência, como quer que seu gong cresça?”

O Mestre nos ensinou como educar os nossos filhos de forma racional. O que é a racionalidade? Eu percebi que a minha ênfase não era sobre o quão bem eu tinha educado o meu filho, mas em sobre como o meu filho estava atualmente.

O processo de educar meu filho exigia racionalidade e sabedoria. Eu deveria ter-me colocado numa posição superior ao disciplinar o meu filho. Eu deveria estar num estado de paz de espírito. Eu deveria discutir as coisas com ele respeitosamente. Eu deveria colocar-me no seu lugar. Desta forma, as minhas palavras iriam conter o poder da misericórdia. Eu não iria aborrecê-lo, pois ele sentiria a minha bondade.

Uma vez meu filho não voltou para casa por dois dias. Ele também não respondeu aos telefonemas da minha esposa. Ela começou a blasfemar. Eu lhe disse: "Não fique zangada. Deixe-me lhe mostrar.”

Eu tinha um pensamento forte: "Todos os fatores perversos controlando esta situação vão se desintegrar! Ele é um bom ser vivo. Ele deve responder à minha chamada e voltar para casa imediatamente. Eu vou guiá-lo. Ele não deverá me afetar."

Meu filho respondeu à minha chamada. Eu disse: "Filho, você não veio para casa durante dois dias. Você quer que eu lhe envie comida?" Meu filho imediatamente disse: "Não. Não."

Eu disse: "O pai sente sua falta. Venha para casa e coma uma boa refeição, então você pode continuar com seus jogos. Será que isso funciona?"

"Eu quero jogar um pouco mais."

"Deveria chamar um táxi para você? Você deveria pensar sobre como seus pais se sentem!"

"Sim, Sim.”

Depois que ele voltou eu lhe perguntei: "Se o seu futuro filho tratar você desta forma – ficar nos cybercafés o dia todo – como você se sentiria? Esta não é a forma correta de um jovem conduzir a sua vida, é?"

Meu filho disse: "Certo."

Um amigo ouviu casualmente a nossa conversa e ficou surpreso. "Como é que você é tão cortês com seu filho? Se eu fosse você, eu o teria esbofeteado há muito tempo."

Eu respondi: "Meu Mestre nos disse para sermos amáveis com todos, incluindo com os nossos filhos."

Todos os seres conscientes são iguais; meu filho não é exceção. Independentemente de quem você seja, as leis do universo avaliam todos da mesma forma. Uma vez eu ensinei meu filho por um longo tempo e ele não voltou para casa durante um dia inteiro.

Eu liguei para ele e disse: "Filho. Por que eu continuo cometendo o mesmo erro?"

Ele disse: "O quê?"

"Por que eu sempre faço meu filho perder a cabeça?"

Ele riu e disse: “Você esteve carrancudo comigo por vários dias. Depois você disse que eu estava errado."

"Papai estava errado. Papai não cultivou bem."

Depois que ele voltou para casa, eu conversei com ele calmamente: "Filho, você achou que eu estava pedindo-lhe desculpas pelo telefone? 

O meu Mestre disse: 

“Se um filho não trata seus pais com respeito, na próxima vida ocorrerá o inverso, e desse modo essa relação vai se alternando.” (Zhuan Falun, Interferência demoníaca no cultivo)

Seus filhos vão tratá-lo da mesma forma que você me tratar. O que vai, volta. Este é um princípio celestial. Você entende?"

Ele olhou para mim e não disse nada. Mas eu sabia que minhas palavras tiveram um impacto sobre ele.

Durante muitos anos minha esposa tentou impedir-me de esclarecer a verdade. Ela tentou ambas as abordagens, a da cenoura e a da vara. "Viver com você é assustador. Você tem de falar às pessoas sobre o Falun Gong? Se a polícia descobrir, a nossa família não vai ser destruída?"

Eu disse: "Eu sei que tem seus riscos. Porém, haverá uma limpeza no futuro. Como não ajudar os outros? Vejamos, por exemplo, os amigos em seu círculo, não seria simplesmente muito triste se eles fossem vítimas quando o desastre viesse? Só a verdade pode salvá-los."

Ela sabia que não podia deter-me. Então, disse: "A partir de agora, eu vou ajudá-lo. Vamos ver quem se atreverá a prendê-lo?" Ela começou a me ajudar a distribuir materiais. Também me ajudou a persuadir as pessoas a renunciarem ao PCC, dizendo: "Renuncie, renuncie! O PCC não é nada bom ..."

O Mestre nos disse:

“Nos outros, olhem mais o aspecto positivo e menos as coisas negativas” (“Ensinando o Fa durante o Festival da Lanterna de 2003 na Conferência Ocidental dos EUA”)

Eu concentrei-me no lado positivo da minha esposa e do meu filho e não discutia sobre princípios humanos com eles. Afinal de contas, não há muito a discutir quando se trata de tarefas domésticas; abstive-me de criticá-los.

Descobri que quando meus pensamentos corretos eram fortes, eu realmente podia modificar o ambiente à minha volta. Quando eu sorria, o ambiente ficava radiante. Quando eu não estava feliz, o ambiente à minha volta ficava carregado. Sempre que o meu campo era virtuoso, todo o resto ia mudando. Nossa existência é a esperança para os seres conscientes obterem a salvação.

Durante algum tempo, enquanto eu cozinhava, eu ficava cantando a música “Para quê a vida humana ”, do Hong Yin III:

“A vida humana de cem anos: por quem se ocupar?
Fama, fortuna, vínculos íntimos que quebram os intestinos
A trama se encerra, o espetáculo tem fim: quem sou eu?
Os céus sem palavras, perdição e confusão
O Dafa se difunde, está ao lado
Compreender a verdade apontará a direção
Despertar os seres, fazendo-os enxergar o bem e o mal
Achar o eu – verdadeiro e retornar ao paraíso”
(10 de setembro de 2010)

Minha esposa disse: "Os poemas estão tão bem escritos. Por favor, dê-me uma cópia. Eu também quero cantar a música." Eu escrevi a canção e afixei-a na parede da nossa cozinha. Ela a memorizou.

Uma vez, quando fazíamos as compras de supermercado, ela disse à mulher do vendedor: "Deixe-me oferecer-lhe um poema:

“A vida humana de cem anos: por quem se ocupar?
Fama, fortuna, vínculos íntimos que quebram os intestinos
A trama se encerra, o espetáculo tem fim: quem sou eu?
Os céus sem palavras, perdição e confusão”

A mulher ficou muito surpresa: "Você escreveu isso?"

Eu disse: "Estes são poemas de Dafa. Não são bons?"

"Bons, sim são bons", disse a mulher.

"Então, por favor lembre-se que o Falun Dafa é bom; Verdade-Compaixão-Tolerância é bom", disse eu.

"Irei lembrar", respondeu a mulher.

Minha esposa continuou recitando o poema do Mestre:

“O Dafa se difunde, está ao lado
Compreender a verdade apontará a direção
Despertar os seres, fazendo-os enxergar o bem e o mal
Achar o eu – verdadeiro e retornar ao paraíso”

A mulher disse: "Vocês são um casal muito feliz!"

Nós a ajudamos a renunciar às organizações do PCC. Então fomos para casa depois de fazer as compras.

Sempre, antes de uma viagem de negócios, minha esposa queimava incenso para o Mestre e sussurrava para si mesma.

Eu perguntei: "O que você está dizendo?"

Ela disse: "Eu estou pedindo ao Mestre Li para me abençoar para ter uma viagem segura e para ter mais dinheiro para a família."

Eu disse: "Os Budas não cuidam da riqueza das pessoas."

Ela disse: "Os Budas estão no comando de tudo. Olhe para você. Quem teria sido capaz de controlar você? Só o sr. Li pode."

Eu disse: "O que você acha? Será que vou ter sucesso no meu cultivo?"

"É claro que você vai!", então ela ficou um pouco triste: "Então, se você tiver sucesso no seu cultivo, o que eu vou fazer?"

"Você pode cultivar, também!" encorajei-a. "As pessoas todas vêm a este mundo para cultivar. Este é um segredo celestial."

Ela estava um pouco preocupada: "Mas eu não consigo cruzar as pernas."

Eu disse: "Isso não é um problema. Estude o Fa e vigie o seu xinxing. Isso é o mais importante."

Eu também disse ao meu filho: "Você deveria dizer a todos os seus amigos que ‘Falun Dafa é bom e Verdade-Compaixão-Tolerância é bom’. Se eles acreditarem nisso, serão salvos."

Meu filho assentiu.

Eu disse: “Se você não for capaz de explicar isso claramente, basta levá-los para nossa casa para eu falar para eles."

Depois disso, uma vez eu telefonei ao meu filho para pedir a ele que voltasse para casa. Ele disse: "Eu não vou voltar agora." Eu perguntei-lhe o que estava fazendo.

Ele disse: "Eu estou com os meus amigos dizendo a eles que ‘isso e isso’ é bom e que ‘tal e tal’ é bom." Eu sabia que ele estava se referindo às palavras que eu lhe dissera: "Falun Dafa é bom e Verdade-Compaixão-Tolerância é bom.”

Eu sabia que independentemente de como ele havia explicado a verdade, o que aconteceu em outras dimensões deve ter sido comovente.

Conclusão

Minha família passou por mudanças drásticas antes e depois de eu ter começado meu cultivo. Se não fosse graças ao Mestre, eu nunca teria sido capaz de trazer harmonia e felicidade para a minha família.

Cada passo e cada melhoria minha carregam doação e sacrifício do Mestre. Cada novo entendimento decorre da ajuda do Mestre. Não há palavras para descrever quão compassivo é o Mestre.

Obrigado, Mestre! Obrigado, companheiros praticantes.