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Não devemos seguir os princípios com um coração de busca

4 de maio de 2015 |   Por uma praticante da China

(Minghui.org) Hoje, li no website Minghui a seguinte história sobre Buda Sakyamuni.

Nanda, que depois se tornou um discípulo de Buda Sakyamuni e sua linda esposa amavam muito um ao outro. Certo dia, quando Nanda ajudava sua esposa a se maquilar, ele ouviu Buda Sakyamuni pedindo esmola na rua. Nanda saiu à rua em respeito ao Buda. Entretanto, Buda Sakyamuni levou Nanda com ele e pediu que alguém raspasse a cabeça de Nanda. Embora Nanda não se atrevesse a contrariar Buda Sakyamuni, ele estava um pouco receoso pelo o que sua esposa poderia achar disso. Buda Sakyamuni sabia o que se passava na cabeça de Nanda e, então, levou Nanda para uma montanha onde havia um gorila velho e horrível. Buda Sakyamuni perguntou a Nanda: “Como você compararia sua esposa a este gorila?” Nanda respondeu: “A minha esposa é bela e o gorila é horrível. Não há como compará-los.” Então, Buda Sakyamuni levou Nanda a um dos níveis do Céu chamado Daoli. Lá, Nanda viu Reis celestiais e beldades celestiais convivendo muito bem. Lá, havia um palácio onde só viviam beldades celestiais, mas nenhum Rei. As beldades celestiais eram extremamente belas naquele palácio, a pele delas era pura e refinada, uma beleza impossível de se imaginar no mundo humano. Nanda perguntou a Buda Sakyamuni: “Como é que não há nenhum Rei neste palácio?” Buda Sakyamuni respondeu: “Vá e pergunte a elas!” Então Nanda foi e perguntou a elas. Elas lhe disseram: “o Buda no mundo humano tem um discípulo chamado Nanda. O Buda o está guiando para que ele se converta em um monge. Após morrer, Nanda ascenderá aos Céus e se converterá nesse Rei.” Nanda ficou muito feliz e disse o que ele havia ouvido a Buda Sakyamuni. Buda Sakyamuni perguntou: “Como você compararia a sua esposa a uma dessas beldades daqui?” Nanda respondeu: “É como comparar o gorila à minha esposa. Não há como compará-los!” Então, Buda Sakyamuni levou Nanda de volta para a Terra.

Em busca do prazer e da beleza das beldades celestiais, Nanda começou a seguir os preceitos e se cultivar; ele não estava mais interessado nas lindas mulheres e nas riquezas do mundo humano. Inclusive, outro discípulo de Buda Sakyamuni chamado Ananda escreveu um poema em louvor a Nanda. Poucos dias depois, Buda Sakyamuni levou Nanda ao inferno e, lá, Nanda viu grandes caldeirões de ferro com água fervendo e uma pessoa em cada um deles. Um daqueles caldeirões estava vazio. Nanda perguntou ao guardião do inferno porque aquele cadeirão estava vazio. O guarda disse: “No mundo humano, Buda Sakyamuni tem um discípulo chamado Nanda que agora segue seus preceitos com um coração de busca. Depois de morrer, ele irá ascender ao Céu, porém, irá cair aqui para sofrer depois de desfrutar de todas as coisas belas e felizes do Céu.” Nanda ficou com muito medo e, assim, pediu a Buda Sakyamuni que o ajudasse. Buda Sakyamuni lhe disse: “Vá e se cultive diligentemente!” Nanda disse: “Não sabia até agora que se alguém não resolver por completo a questão da vida e da morte, esse alguém não poderá desfrutar da felicidade eterna! Alguém pode desfrutar da felicidade e beleza dos Céus, porém, quando tal felicidade chega ao final, ele terá que cair. Sei que o inferno é tão miserável que dá medo. Agora, não quero mais ir para o Céu. Buda Sakyamuni, peço por sua misericórdia que me livre desse amargo mar da vida e da morte!” Então, Buda Sakyamuni ensinou suas quatro verdades nobres e, em sete dias, Nanda de converteu num Arhat.

Após ler esta história, tive um pensamento que me assustou: “Eu estava fazendo o mesmo: “Seguindo com um coração de busca?!

Por exemplo, quando escutei uma companheira praticante dizer que sua pele havia ficado mais fina e suave em função de sua diligente prática, intencionalmente ou não, eu passei a ser diligente quanto à prática dos exercícios. Sem dúvida, praticar os exercícios pode melhorar a pele e transformar o corpo, porém, se fizermos os exercícios para nos tornarmos mais belos e saudáveis, isto não é o mesmo que seguir com um coração de busca?!

Quando as notas de meu filho (que também é um praticante) na escola não eram tão boas quanto antes, eu lembrava a ele: “Vá e olhe dentro para ver se você tem sido diligente no seu cultivo”, como se o cultivo fosse um meio para alcançar boas notas, como se as notas boas fossem um vara para medir o cultivo de alguém. Sim, cultivar o Dafa abre a sabedoria da pessoa, porém, não é para alcançar coisas no mundo humano que a sabedoria se abre. Fundamentalmente, eu estava preocupado que meu filho fosse bem na escola. Isto não é seguir com uma busca?

Quando envio pensamentos retos, o faço com o apego de evitar a perseguição, de proteger a mim mesmo”, não para puramente eliminar o mal e salvar seres; há nisso egoísmo. Enviar pensamentos retos para se auto-proteger é buscar, não é?

Quando esclareço a verdade às pessoas, às vezes, não tenho um coração puro ou não estou completamente desprovido de egoísmo. Ao invés disso, de vez em quando, o “eu” vem à tona e faço isto como se salvar seres fosse para “completar uma tarefa” ou para “alcançar a perfeição”. Isto não é seguir princípios com um coração de busca?

Não pude abandonar completamente as coisas das pessoas comuns, ao invés disso, ainda seguro o humano com uma mão e o estado do Fa-Buda com a outra. Claro, nunca abandonarei o cultivo, porém, ainda não abandonei as coisas de pessoa comum de forma incondicional. Sei que o cultivo é difícil, porém, quando algo difícil ocorre, eu tento evitá-lo. Claro que acredito nos princípios do Fa que o Mestre nos ensinou, porém, não ouso cortar de imediato as noções humanas que foram profundamente enraizadas em mim em meus milhares e milhares de anos. Eu me sinto satisfeita quando avanço graças ao cultivo e me sinto deprimida quando perco algo na sociedade das pessoas comuns. Como dizer que sou uma genuína cultivadora se ainda não posso deixar meus apegos fundamentais?

Quando Nanda se iluminou ao princípio do carma “ele se converteu num Arhat em sete dias”. Somos discípulos do Dafa e podemos fazer ainda melhor. Nesta última etapa de nosso cultivo, espero que possa me assimilar ao Dafa o mais rápido possível e, junto com os colegas de prática, possamos arrancar estes últimos apegos humanos para assim nos livrarmos completamente do humano e verdadeiramente nos convertemos em grandiosos Deuses por meio do cultivo no Dafa. Então, seremos capazes de usar melhor nossas capacidades para eliminarmos o mal e salvarmos seres conscientes.