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Eu não fui afetado pelas táticas de lavagem cerebral

11 de fevereiro de 2015 |   Por um praticante de Guiyang, China

(Minghui.org)

Instalações para lavagem cerebral

Embora o sistema de campos de trabalho forçado na China tenha sido desativado, as sessões de lavagem cerebral continuaram ocorrendo. As instalações para lavagem cerebral são comumente referidas como “Centros de Aperfeiçoamento Legal” ou “Escolas de Direito”.

Os centros de lavagem cerebral operam como prisões extrajudiciais, onde os prisioneiros de consciência, tais como os praticantes de Falun Gong, dissidentes políticos, religiosos e qualquer um que o regime comunista chinês considere uma ameaça, são levados para serem “reformados”.

Esta indústria de “lavagem cerebral” na China é uma política implantada e dirigida pelo Estado, envolvendo funcionários em todas as esferas do governo, dos níveis mais altos até os mais baixos, nos condados e vilas.

Funcionários de centros de lavagem cerebral também são submetidos à lavagem cerebral

As autoridades querem destruir a fé dos praticantes do Falun Gong. Então, elas reimplantaram o sistema de lavagem cerebral que prevaleceu durante a Revolução Cultural. Isso significa que aqueles que trabalham nos centros são os primeiros a passar pela lavagem cerebral.

Os funcionários nos centros de lavagem cerebral pressionam os praticantes para que se “transformem” e abandonem os princípios do Falun Gong: Verdade-Compaixão-Tolerância.

O Mestre disse:

“Aqueles que fazem o chamado trabalho de “reforma” também são pessoas que foram enganadas. Por que não virar a mesa, expor o mal e esclarecer a verdade para elas? Eu sugiro que todos os estudantes a quem eles estão tentando reformar à força (isto exclui aqueles que não foram levados para a reforma) exponham o mal e esclareçam a verdade para aquelas pessoas que estão fazendo o trabalho de reforma e falem a eles sobre a relação de causa e efeito, que o ‘bom e mal sempre têm consequências.’” (“Uma sugestão”, em Essenciais para Avanço Adicional II)

Isso significa que nós ainda devemos falar sobre o Falun Gong, mesmo quando essas pessoas usam a violência para tentar nos “transformar”. Eles ainda precisam que esclareçamos os fatos sobre o Falun Gong. Eles também sofreram a lavagem cerebral do PCC ao longo de suas vidas e já não conseguem distinguir o certo do errado.

Não tenham medo

Quando eu fui preso por praticar o Falun Gong em abril de 2014, um pensamento veio à minha mente: “Eles estão me convidando para falar-lhes sobre o Falun Gong.”

Quando o pessoal da Agência 610 e oficiais de polícia me levaram para o centro de lavagem cerebral, eu lhes disse que o incidente da autoimolação na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) foi uma farsa e que o Falun Gong é praticado legalmente em todo o mundo–sendo proibido somente na China.

No centro de lavagem cerebral, eu disse: “Estas instalações são ilegais. Se você é um policial, você está violando a lei chinesa e se você não é, então você é cúmplice. Eu pratico o Falun Gong e sigo os princípios da Verdade-Compaixão-Tolerância. O que há de errado numa pessoa buscar a verdade e a compaixão?”

Enviando pensamentos retos

No centro de lavagem cerebral, além de recitar o Fa, eu enviei pensamentos retos. Por exemplo, quando eles pensavam que eu estava assistindo televisão, na verdade eu estava enviando pensamentos retos.

Eu ficava em frente à televisão e, na minha mente, me mantinha recitando os ensinamentos do Mestre Li Hongzhi. Se alguém tentasse interferir, eu o olhava nos olhos até que não aguentasse mais e se afastasse. Isso acabava com a interferência.

Quando a televisão estava alta, no entanto, isso às vezes me perturbava. Então eu continuava recitando o artigo “Pensamentos retos”, do Mestre e, às vezes, eu também recitava o poema do Mestre “Permanecendo no Tao”:

“Presente, mas com o coração em outro lugar—perfeitamente conciliado com o mundo.
Olhar, mas sem se importar em ver—livre da ilusão e da dúvida.
Ouvir, mas se importar em escutar—a mente imperturbável.
Comer, mas sem degustar—livre dos apegos do paladar.
Fazer, mas sem buscar—tão constante, permanecendo no Tao.
Calmo, mas sem tensão mental—as verdadeiras maravilhas se revelam” (de Hong Yin).

Gradualmente, o ruído da televisão diminuía e eu entrava em tranquilidade. No entanto, depois de algum tempo, eu me via assistindo os programas novamente. Eu rejeitava esse estado assim que o percebia. Então eu continuava a recitar o Zhuan Falun, palestra por palestra e isso me fazia retomar a tranquilidade.

Cantando quando proibido de falar

O pessoal do centro de lavagem cerebral tinha sofrido a mesma lavagem e seguia cegamente os ideais comunistas. Eles eram como marionetes e batiam nas pessoas assim que recebessem a ordem.

Esse pessoal não era autorizado a falar com os praticantes e isso tornava difícil falar sobre o Falun Gong. Eu encontrei uma maneira de contornar isso com músicas do Shen Yun. Eles não esperavam que eu cantasse e disseram que a lei me proibia de cantar essas coisas. Eu preguntei: “Qual lei? Essa é uma música popular na China e em todo o mundo.” No minuto em que eu começava a cantar, eles saiam.

Rejeitando a lavagem cerebral com pensamentos retos

Havia uma história no site Minghui que nos diz muito. Era sobre uma praticante que foi levada para uma delegacia de polícia. Ela não teve medo e fez tudo o que se supõe que deveria fazer. Ela até se virou de costas quando chamada, pensando que ninguém lhe poderia fazer mal: “Eu tenho o Mestre e não tenho medo.”

O oficial usou um cassetete elétrico para aplicar choques na praticante, mas a carga saiu pela culatra e ele mesmo recebeu o choque. O mesmo aconteceu com outro oficial e como o chefe da delegacia de polícia. Eles ficaram com medo e mandaram a praticante deixar a delegacia.

Esta história é muito inspiradora. Foram a sua calma e tranquilidade mental que dissuadiram a violência. Basicamente, eu usei a mesma abordagem no centro de lavagem cerebral para atenuar qualquer possível tortura.

No centro de lavagem cerebral eles utilizam a doutrinação religiosa para tentar destruir a fé dos praticantes no Falun Gong. Eles me mandaram ler o livro Fundamentos do Budismo, mas eu me recusei. Então, eles usaram táticas diferentes, mas nada abalou a minha determinação em praticar o Falun Gong. Eu apenas continuei enviando pensamentos retos.

Eles quiseram que eu assistisse um vídeo. Eu tentei enviar pensamentos retos, mas o som alto me perturbava. Eu finalmente percebi que praticantes que cultivam a tolerância têm o poder para deter qualquer coisa que esteja perturbando as suas mentes. [Então] eu continuei acalmando a minha mente, recitando o Fa e enviando pensamentos retos.

A lavagem cerebral durou mais de um mês e eu estive tão firme como no primeiro dia, quando cheguei ao centro. O volume do vídeo não interferia mais com o meu envio de pensamentos retos. Então eu disse a eles: “Quando vocês assistem televisão, devem abaixar um pouco o volume ou o som alto poderá danificar os seus ouvidos.”

E acrescentei: “O Falun Gong é uma prática de cultivo da Escola Buda e é minha escolha praticá-lo. Eu acredito na existência de Budas. Também creio que pessoas boas serão recompensadas e pessoas más vão sofrer. A autoimolação na Praça Tiananmen foi encenada. Difamar o Falun Gong é um pecado enorme.” Eu lhes pedi para pararem de perseguir os praticantes. Eles apenas ficaram me olhando, sem dizer nada.

Mudando as táticas

O pessoal do centro de lavagem cerebral começou a perceber que as táticas utilizadas por eles eram ineficazes. Então eles passaram a me fazer assistir diferentes programas de televisão que incitavam apegos à vida cotidiana, durante o dia inteiro.

Em resposta, eu adotei a seguinte abordagem: eu simplesmente me manteria firme nos padrões de cultivo do Dafa. Eu me mantive atento aos meus hábitos alimentares e me recusava a comer petiscos. Ignorei os programas de televisão, que só exibiam coisas às quais as pessoas comuns dão importância. Eu me ocupava recitando o Fa, enviando pensamentos retos e falando sobre o Falun Gong sempre que eu tinha uma oportunidade.

Quando eles me viam assim, me deixavam sozinho. Finalmente, os guardas me disseram: “Pegue suas coisas. Você pode ir para casa.” Eu fui escoltado para fora do centro por uma única pessoa.

Avaliando os centros de lavagem cerebral

Os centros de lavagem cerebral desempenham um papel importante e muitas vezes devastador na perseguição aos praticantes do Falun Gong. Os centros tentam “transformar” os praticantes e destruir a sua crença.

Para desativar os centros de lavagem cerebral é preciso fazer mais do que apenas relatar a perseguição aos praticantes. Os perseguidores nos desafiam: “Então eu sou um canalha. E daí? Eu não tenho medo de ninguém. Sim, eu estou perseguindo você. E então, o que vai fazer sobre isso?”

Na verdade, é por nossa causa que esse sistema ainda existe. De modo geral, o corpo de praticantes ainda não tem respondido bem o suficiente. Por exemplo, quando são levados para centros de lavagem cerebral, alguns praticantes ainda temem ser perseguidos, têm medo da lavagem cerebral e de não passarem no teste.

Após de ter lido o artigo recente do Mestre “Ensinando o Fa na Conferência em San Francisco, em 2014”, eu percebi que o PCC fez uma grande lavagem cerebral no povo chinês, tornando a população incapaz de pensar como pessoas normais. Isso molda a maneira como elas pensam e a forma como fazem as coisas. Isso as afastou da cultura tradicional chinesa e criou obstáculos para o cultivo.