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Praticante do Falun Gong é sentenciado severamente com base em evidências falsas

27 de novembro de 2015 |   Por um correspondente do Minghui na província de Heilongjiang

(Minghui.org) O praticante do Falun Gong, Sr. Li Changan, foi preso por persistir na sua crença ao método de prática pacífica. Ele enfrenta uma possível sentença severa com base em provas de acusação extraídas dele por meio de ameaças e coerção.

Prisão

O Sr. Li, do condado de Fangzheng, foi preso em 7 de julho de 2010 por pendurar faixas que promoviam o Falun Gong junto com a colega praticante Si Bingling. O Sr. Li conseguiu escapar, mas a Sra. Si foi condenada a dez anos de prisão.

Cinco anos depois, o Sr. Li foi preso por funcionários do governo, incluindo Bai Wenjie, líder de equipe da Divisão de Segurança Doméstica do Condado de Fangzheng e pelo policial Wang Linchun em 27 de maio de 2015. Sua prisão foi aprovada pela Procuradoria de Fangzheng em 10 de junho. O procurador recomendou uma sentença severa.

Julgamento

O Tribunal do Condado de Fangzheng julgou o Sr. Li em 1 de setembro e em 9 de outubro de 2015. Os dois advogados de defesa do Sr. Li disseram que a assim chamada evidência é ilegal porque foi extraída por meio de ameaças e coerção. Mas o juiz recusou-se a descartar a evidência e permitiu que o promotor produzisse um vídeo supostamente mostrando um relato de uma testemunha ocular a favor dos oficiais de interrogatório, que insistiram que nunca ameaçaram o Sr. Li. O juiz, no entanto, recusou-se a chamar a testemunha ocular. Não está claro quando a próxima audiência ocorrerá e qual sentença será imposta ao Sr. Li.

Primeira audiência

O Sr. Li testemunhou que foi ameaçado e forçado a dar provas incriminatórias durante o interrogatório policial. Os policiais Bai Wenjie e Wang Linchun ameaçaram-lhe dizendo: "Se você não admitir que pendurou a faixa para promover o Falun Gong, vamos prender sua mãe e sua esposa".

O Sr. Li disse que o detento Wang Hongli estava presente e era uma testemunha ocular. Mas o juiz recusou-se a chamar a testemunha para a audiência.

O advogado do Sr. Li argumentou que as provas da promotoria, coletadas por meio de coerção eram, portanto, inválidas. O juiz teve que chamar os dois policiais que interrogaram o Sr. Li para depor. Eles negaram que tenham feito ameaças ao Sr. Li. Quando os advogados pediram para ver a fita de vídeo do interrogatório, o policial Bai Wenjie disse que a fita de vídeo não estava disponível, já que o dispositivo de gravação estava quebrado naquele momento. Quando um dos advogados de defesa pediu que os policiais descrevessem como interrogaram o Sr. Li, o juiz recusou-se a permitir que essa linha de abordagem de questionamento fosse adotada.

Segunda audiência

A segunda audiência foi em 9 de setembro. A fim de mostrar que os dois policiais não ameaçaram o Sr. Li e, assim, manter a evidência de perseguição admissível, o promotor produziu um vídeo. No vídeo, o detento Wang Hongli foi entrevistado por duas pessoas. Ele alegou que não ouviu quaisquer ameaças durante o interrogatório e, quando fechou a porta, não ouviu mais nada depois disso.

O advogado apontou que o detento estava sob o controle dos dois policiais. Ele não tinha o direito de escolher o que dizer e o que não dizer. Além disso, o detento alegou que fechou a porta depois. Isso não evidencia que os dois policiais deixaram de ameaçar o Sr. Li depois que o detento fechou a porta.

O advogado também questionou as identidades das duas pessoas que entrevistaram o detento. As carteiras de identidade das duas pessoas foram fornecidas 30 minutos mais tarde. Eles eram membros funcionários do comitê disciplinar. Os advogados disseram que eles não tinham autoridade no caso legal. Assim, o vídeo era inválido.

O Sr. Li pediu para que chamassem o detento Wang Hongli ao tribunal para depor. Mas o juiz se recusou e a audiência terminou.