(Minghui.org) Um total de 86 praticantes do Falun Gong da cidade de Dujiangyan, província de Sichuan, apresentaram queixas-crime contra Jiang Zemin desde o final de maio de 2015, de acordo com relatórios compilados pelo site Minghui.

Os praticantes acusam o ex-ditador chinês de iniciar a repressão brutal ao Falun Gong e responsabilizam-no pelo tremendo sofrimento que sua campanha causou a eles. As queixas-crime foram enviadas ao Supremo Tribunal Popular e à Suprema Procuradoria Popular.

Muitos desses praticantes contaram como o Falun Gong lhes devolveu a saúde e deu-lhes uma nova perspectiva de vida. Seu sonho de viver uma vida mais saudável e feliz, no entanto, foi impedido quando Jiang Zemin lançou uma campanha nacional para erradicar a prática em 1999 na China.

Simplesmente por se recusarem a desistir de sua crença, os praticantes foram presos, detidos, torturados e tiveram suas casas saqueadas e pertences pessoais apreendidos pelas autoridades comunistas. Muitos também viram suas famílias implicadas por sua crença, enquanto alguns também foram forçados a pagar multas enormes.

A seguir, apresentamos o perfil de dois dos 86 praticantes de Dujiangyan, que processaram Jiang devido a seus sofrimentos.

Marido drogado pela polícia morre no aniversário da esposa

A Sra. Chen Huijun entrou com uma ação contra Jiang Zemin em 11 de maio de 2015, acusando o ex-ditador chinês de lançar a perseguição ao Falun Gong, que causou a morte por envenenamento do seu marido em 2014.

Seu marido, o Sr. Xiao Zhanghe, desenvolveu sintomas incomuns após ter sido forçado a ingerir grande quantidade de chá no segundo dia de sua prisão em 2013. O hospital diagnosticou-lhe com intoxicação por drogas e ele morreu sete meses depois, na data do aniversário de sua esposa. Ele tinha 60 anos.

As autoridades locais haviam considerado há muito tempo o Sr. Xiao como um alvo de perseguição desde que Jiang começou seu ataque contra o Falun Gong. Um grande grupo de policiais invadiu a casa do Sr. Xiao em 21 de outubro de 2013 e o levou para o Centro Municipal de Lavagem Cerebral de Tianma.

A polícia transferiu o Sr. Xiao para o Gabinete de Gestão Integrada do Governo Municipal no dia seguinte. De acordo com seu próprio relato, a polícia trouxe-lhe o almoço. No período da tarde, uma policial veio e preparou chá para ele. Ela insistiu para ele beber mais chá enquanto eles conversavam.

Às 17h, o Sr. Xiao repentinamente era incapaz de falar e não conseguia concentrar-se. Em seu estado debilitado, a policial deu-lhe ordens para escrever declarações de desistência da prática do Falun Gong, e ele, inconscientemente, as seguiu. No terceiro dia, a polícia continuou a dar-lhe chá e o Sr. Xiao experimentou os mesmos sintomas. Em tal condição, ele assinou mais declarações de acordo com as ordens da polícia.

Depois de assinar tudo o que a polícia queria, o Sr. Xiao foi autorizado a voltar para casa. Quando se recuperou, voltou para os escritórios do governo e declarou que suas declarações anteriores eram inválidas. Ele também questionou o tipo de droga que a polícia lhe tinha feito ingerir; a polícia negou ter-lhe dado qualquer tipo de droga.

Uma semana depois, o Sr. Xiao teve uma dor de garganta e rouquidão. Grandes manchas vermelhas apareceram por todo o corpo. O hospital da cidade não conseguiu diagnosticar a sua condição, por isso a sua família o levou para o Hospital de Huaxi, que é o hospital mais avançado na província de Sichuan.

Primeiro, o hospital diagnosticou que o Sr. Xiao foi envenenado. Mais tarde, porém, o diagnóstico mudou quando a família disse ao hospital que o Sr. Xiao era um praticante do Falun Gong. Em uma reviravolta estranha, o diagnóstico foi alterado para "cálculos biliares".

O hospital alegou que o tratamento requeria cirurgia e que era difícil de curar. O hospital também afirmou que o Sr. Xiao provavelmente morreria durante ou após a cirurgia.

As grandes manchas vermelhas propagaram-se por todo o corpo do Sr. Xiao, e ele faleceu em 22 de maio de 2014.

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Mulher processa Jiang Zemin por seus 444 dias de encarceramento

A Sra. Xia Li apresentou sua ação judicial contra Jiang Zemin em 9 de junho de 2015, acusando-o de ser responsável por seus 444 dias de sofrimento em um campo de trabalho.

Por se recusar a desistir da sua prática do Falun Gong, a Sra. Li foi submetida a diversas formas de tortura durante a sua detenção no Campo Feminino de Trabalho de Nanmusi. Ela foi muitas vezes obrigada a permanecer em pé por longos períodos de tempo e também era frequentemente espancada. Além disso, a Sra. Li e outras praticantes do Falun Gong detidas foram monitoradas o tempo todo por viciadas em drogas.

Durante a sua detenção, a Sra. Li também testemunhou a morte de outra praticante detida. De acordo com várias testemunhas oculares, as presidiárias Xu Wei e Li Luo misturaram drogas desconhecidas na comida da Sra. Zheng Youmei antes de lhe servir. Em 30 de outubro de 2008, a Sra. Zheng tinha acabado de lavar o cabelo quando de repente vomitou violentamente. Ela contorceu seu corpo de forma incontrolável e começou a queixar-se de ter frio e palpitações cardíacas. Ela faleceu dois dias depois, com a idade de 61 anos.

A morte da Sra. Zheng não impediu o campo de trabalho de maltratar os praticantes do Falun Gong. A partir de 2 abril de 2009, os guardas ordenaram a mais de 50 praticantes detidas a comer e a trabalhar no mesmo lugar com mais de 30 viciadas em drogas com diagnóstico de AIDS. Como todas elas eram obrigadas a usar agulhas e tesouras para fazer brinquedos, muitas vezes elas tiveram cortes nos seus dedos, deixando a Sra. Li e outras praticantes em constante temor de contrair a doença assustadora, que é transmissível através de fluidos corporais, incluindo o sangue.

Tendo sobrevivido a provação no campo de trabalho, a Sra. Li está agora em busca de justiça não só para si, mas também para praticantes como a Sra. Zheng, que pereceram nas mãos do regime comunista da China.

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Contexto

Em 1999, Jiang Zemin, então chefe do Partido Comunista Chinês, anulou o posicionamento dos outros membros do Comitê Permanente do Politburo e lançou a violenta repressão ao Falun Dafa (também conhecido como Falun Gong).

Ao longo dos últimos 16 anos, a perseguição levou à morte milhares de praticantes do Falun Dafa. Muitos outros foram torturados por sua fé e até mesmo mortos por seus órgãos. Jiang Zemin é diretamente responsável pelo lançamento e manutenção dessa perseguição brutal.

Sob a sua direção pessoal, o Partido Comunista Chinês estabeleceu um órgão extralegal de segurança, a chamada Agência 6-10, em 10 de junho de 1999. A Agência subjuga as forças policiais e o sistema judiciário para assegurar o cumprimento das ordens de Jiang contra o Falun Dafa visando arruinar a sua reputação, levá-los à falência e destruí-los fisicamente.

A legislação chinesa permite agora que os cidadãos sejam demandantes de ações criminais contra o governo. Muitos praticantes do Falun Dafa estão exercendo esse direito e apresentando queixas criminais contra o ex-ditador.