(Minghui.org) Em muitas ocasiões, ao observar mais de perto nosso cultivo, devemos retificar a maneira como nos expressamos e fazemos as coisas, especialmente quando formamos maus hábitos em nosso discurso e tom. Se olharmos com cuidado, podemos encontrar muitas noções humanas, apegos e natureza demoníaca que se manifestam. Nossas palavras podem fazer com que os outros se sintam incomodados ou feridos.

Uma vez eu disse: “Alguém do nosso grupo de estudos parou de vir”, depois de alguns dias este praticante sentiu-se cansado de estudar sozinho em casa e voltou ao grupo de estudos. Perguntei para ele porque havia deixado de vir estudar e ele disse que foi pela maneira que eu depreciava as pessoas ao falar com elas, como se o erro sempre fosse dos outros.

Eu digo que esse praticante foi muito importante para mim. Com o passar dos anos eu acreditei que tinha sido muito diligente no meu cultivo e havia feito muitos trabalhos para validar o Fa. Entretanto, por que esse praticante se queixou de mim? Outro praticante também falou pelas minhas costas e disse que eu tinha tal e tal apego e que eu não podia tolerar as pessoas. O que eu estava fazendo de errado? 

Durante anos eu estive desconcertado, e “quebrei a cabeça” por isso. Entretanto, com o estudo continuo do Fa e ao compartilhar experiências com os praticantes, as coisas se tornaram mais claras. Acredito que o ponto chave não está somente nas minhas noções e apegos humanos, mas também na questão de eu não ter abandonado um hábito muito arraigado. Por não cultivar bem a fala o resultado é que eu feria os praticantes. Este foi o “x” do meu problema.

E foi assim que meu problema se manifestou, minha dificuldade, ao me reunir com outros praticantes: eu falava casualmente sobre os defeitos e omissões e erros dos que não estavam nos encontros. Eu me queixava de um certo casal que não havia conseguido abandonar o apego antigo de competição. Outro praticante havia tomado remédio e foi internado num hospital, outro não havia elevado seu xingxing e se envolveu numa briga.

O invés de me analisar com os requisitos do Fa e olhar para as ações retas e atitudes positivas dos praticantes, coloquei muita ênfase nas coisas negativas.

Eu não percebi que não estava cultivando bem a minha fala e meu discurso, minhas palavras foram aproveitadas pelas velhas forças. Isto aumentou as diferenças entre os companheiros praticantes e nos distanciou. Quando eu falo coisas ruins pelas costas de um praticante, cedo ou tarde ele saberá. Isso irá se agravar quando outro praticante retransmite a mensagem e acrescenta seu próprio exagero. Como os praticantes não ficariam chateados comigo?

Nesse dia eu tive um sonho muito real: havia muitos praticantes do Dafa que subiam uma montanha e esforçavam-se muito para subir mais e mais alto. Entretanto, ninguém observava onde estavam pisando com seus pés e tropeçavam constantemente com as pedras no caminho, caiam e se chocavam com os que estavam mais abaixo. Todos foram se ferindo com os que caiam e vice-versa. Alguns se machucaram tanto que até estavam com cicatrizes. Entretanto seguiam subindo e subindo. Isso me surpreendeu! Não estamos neste estado e situação por muito tempo? Ninguém tentava cultivar a fala e falava dos outros pelas costas, ferindo-se entre si. Somente as velhas forças estavam felizes ao ver isso, enquanto o Mestre estava sofrendo em seu coração. Falhamos em nos iluminar para esse assunto, mesmo depois de tanto tempo. Para aqueles que a família inteira cultivava era ainda pior, pois eles não consideravam os demais quando falavam. Porque estamos assim? A tendência de culpar os outros se tornou generalizada e sem limites. Com a retificação chegando ao seu fim, esta é a maneira pela qual os praticantes do Dafa devem amadurecer?

Desde então, sempre penso neste sonho. Agora quando falo com meus companheiros praticantes, mantenho uma mente pacifica e um tom benevolente. Sempre tento não magoar os outros. Devemos eliminar completamente a cultura do Partido Comunista Chinês, de falar com os outros como se você estivesse sempre por cima e sempre culpando os outros. Quando eu presto atenção a esse aspecto do cultivo, observo que faço um grande progresso e agora os praticantes estão cada vez mais dispostos e compartilhar suas experiências comigo.