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Companheiros praticantes: cuidado com o orgulho

16 de setembro de 2014 |   Por um discípulo do Dafa de Daqing, província de Heilongjiang

(Minghui.org) A confiança em si mesmo é necessária e conveniente. Porém quando uma pessoa mostra um excessivo amor próprio e crê que é mais importante ou melhor do que realmente é, esse orgulho ou soberba, frequentemente é preocupante. Não admira que ambas as religiões, orientais e ocidentais, falam da soberba como um pecado que deve ser eliminado.

Os cristãos falam sobre os sete pecados capitais que nós humanos temos propensão a cometer: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça.

Entre os sete pecados capitais, a soberba é considerada o original e o mais grave, pois gera outros vícios. Aos olhos do teólogo Aurélio Agostinho, a soberba é a causa fundamental que leva as pessoas a cometer pecados. Clive Staples Lewis, um escritor cristão parece estar de acordo. Para Lewis o pecado mais fundamental e extremo é a soberba e inclusive vícios como a ira, a avareza e o alcoolismo não podem comparar-se a ela.

A conhecida escritura budista, o sutra “Mahā-vaipulya-buddhâvataṃsaka-sūtra”, também menciona a soberba como um dos três obstáculos que impedem que um cultivador alcance o estado de Buda. Em contraste com os outros dois obstáculos (a gula e a inveja), a soberba pode levar um cultivador a crer que é mais elevado que Buda.

Quando uma pessoa tem uma percepção muito alta de si própria, tende a ser egocêntrica e é totalmente cega ao seu excessivo orgulho. Pensa que já sabe tudo e que é melhor que qualquer outra pessoa, quando na realidade as pessoas a veem como uma tola arrogante, ignorante e ridícula. Apesar de tudo, seu excesso de confiança lhe impede de ver os pontos fortes das outras pessoas e evita o desenvolvimento de seu próprio conhecimento superficial. Fracassa em apreciar os outros e está obcecada com sua própria inteligência, que é verdadeiramente insignificante.

Se um comandante em um campo de batalha for arrogante, seguramente subestimará seu inimigo e poderá perder a melhor oportunidade de conduzir o ataque. Como diz um antigo ditado chinês, um exército superestimado está condenado à derrota.

Os dois relatos religiosos descritos a seguir são testemunhos do perigo que implica ser demasiadamente soberbo.

Criado como um anjo perfeito, reto e sábio, Satã tornou-se arrogante e rebelou-se contra Deus. Finalmente foi expulso do Céu e baixou à Terra. Foi a soberba que lhe fez cair.

Devadatta era o primo do Buda Sakyamuni. Durante os doze anos em que estudou sob a orientação de Sakyamuni, nunca abandonou seu orgulho e sua crueldade e, como consequência disso, cometeu numerosos pecados. Quando Sakyamuni se negou a ensinar-lhe capacidades sobrenaturais, ele ausentou-se por pouco tempo e aprendeu alguns truques de outros mestres e somente regressou com a intenção de ocupar o lugar de Sakyamuni. Quando Sakyamuni recusou, Devadatta ficou irado e assassinou uma monja chamada Uppalavanna. Logo contratou um guerreiro para que assassinasse Sakyamuni mas, em vez de assassiná-lo, tornou-se seu discípulo. Devadatta não se deteve e libertou um elefante na rua esperando que o animal pisoteasse Sakyamuni até a morte. Afortunadamente Sakyamuni saiu ileso. Ainda, Devadatta empurrou uma rocha gigante até um penhasco onde Sakyamuni estava sentado. Os pés de Sakyamuni foram golpeados por pequenas rochas e sangraram abundantemente.

Por seus pecados, Devadatta não conseguiu chegar ao Estado de Fruto, mas pelo contrário, desceu ao inferno.

A soberba pode arruinar uma pessoa e fazê-la cair até o mais baixo nível. Para um cultivador, uma vez que acendem as chamas da soberba, não somente destruirão sua fé, como também poderão destruí-lo.

Portanto, recordo a mim mesmo e também aos meus companheiros praticantes que nunca devemos crer sermos mais elevados que o Mestre e o Fa.