Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

Libertando-me do apego ao sentimentalismo

24 de dezembro de 2014 |   Por um praticante da província de Heilongjiang, China

(Minghui.org) Desde que comecei o cultivo no Falun Dafa, a coisa mais difícil para mim foi me libertar do apego ao qing. Na verdade, se converteu numa prova de vida ou morte para mim. Ainda que tivesse me cultivado por mais de uma década e tivesse eliminado muito do meu qing, ainda sentia que não estava suficientemente determinado no meu cultivo.

Desde que era pequeno, considerava muito importante os laços familiares e as amizades como o verdadeiro significado da vida. Prestava muita atenção à minha mãe todos os dias. Por isso, aos olhos de um adulto, era uma criança muito filial. Cada vez que minha mãe falava sobre mim para os outros, estava muito orgulhosa por eu ser uma pessoa que valorizava muito os laços familiares. Depois de crescer, comecei a considerar o qing e a amizade como parte integral da vida.

Entendendo meu apego ao qing

Contudo, depois de começar a prática no Dafa, achava o qing dos demais como frio e me sentia decepcionado. Não sabia o que fazer. Meus pais, irmãos, amigos e parentes, todos me machucavam. Antes eles eram amáveis comigo, então, porque agora que eu era mais amável do que antes me tratavam assim? Ainda que como cultivador entendesse que uma pessoa precisa passar a prova do qing, ainda assim me sentia confuso com esse tema.

Enquanto estive preso num centro de detenção fiz uma greve de fome por oito dias. Quando minha mãe chorou e desmaiou na minha frente, senti uma forte dor no meu coração. O Mestre me deu pistas muito claras que isso não estava bem, porém ainda assim escolhi o qing. Enquanto estava num campo de trabalho forçado, sabia que um praticante se fazia de louco para que o liberassem antes. Isso trouxe efeitos negativos ao Dafa, mas não o expus por meu qing. Tenho percebido que meu comportamento gerou carma e problemas. Nesses dias me senti muito mal.

Logo minha mãe veio novamente ao campo de trabalho forçado para me convencer a renunciar ao cultivo. Ajoelhou-se no chão e suplicou, porém dessa vez minha mente não se moveu. Escolhi não renunciar ao Dafa!

Depois de sair do campo de trabalho e retornar para casa, notei que minha filha se comportava muito mal. Quase tinha que implorar para que fosse boa. Porém ela me apontava com o dedo e me amaldiçoava; eu estava tão triste que não queria mais viver. Todas essas coisas que tem ocorrido constantemente estão relacionadas com meu apego ao qing.

Eu sabia que isso estava tentando destruir a minha fé no Dafa e por isso lutei contra o apego ao qing. Ainda que me doesse o coração, nunca quis renunciar ao Dafa. Passei três anos nesse estado de cultivo.

Um dia vi um filme sobre Sakyamuni. Ele tinha um discípulo chamado Arnan que estava perdido na ilusão do qing e quase não tinha mais chance de regressar ao seu ser original e verdadeiro. Na noite anterior ao nirvana, Sakyamuni lhe enviou uma mensagem estereofônica: “Regresse Arnan”. Depois disso, Arnan regressou e converteu-se num discípulo genuíno. Uma voz desde o profundo de meu coração me disse: “Não se renda”.

Nosso compassivo Mestre me deu uma pista. Essa noite tive um sonho: meu espírito principal deixou o meu corpo, viu que eu estava profundamente adormecido e me olhou preocupado. De repente, o Fashen do Mestre apareceu na minha frente. O Mestre me olhou e disse com um tom de voz preocupado: “Meu filho, é hora de ir, porque você não levanta?” Escutei o Mestre suspirar e derramar lágrimas... Vendo isso meu espírito principal também chorou.

Nesse momento inesquecível finalmente despertei. Meu coração estava profundamente comovido e chorei. Revisei o meu cultivo de um ângulo diferente. Encontrei-me com um eu diligente de novo. Depois disso, consegui estudar o Fa com a mente tranquila. Como a experiência tocou profundamente o meu coração, entendi um pouco mais o significado do ensinamento do Mestre: “O qing é a fonte fundamental de onde nascem os apegos” de “Ensinando o Fa e Respondendo as Perguntas em Guanzhou” de Zhuan Falun Fajie

Deixando que a compaixão substitua o qing

Enviei pensamentos retos por um longo tempo para eliminar todos os fatores relacionados ao qing em minha dimensão. Logo depois, o Fashen do Mestre veio à minha casa novamente e Ele me ajudou a renunciar a muitas substâncias do qing. Desde então, reviso estritamente às pequenas mudanças nos meus pensamentos e comportamento. Faço o melhor para pensar primeiro nos demais e permito que o qing seja substituído pela compaixão.

Fazendo as três coisas, encontrei novamente a interferência do qing. Porém, tenho amadurecido, ainda que às vezes não alcanço o nível de não me mover.

Há pouco tempo, estava editando material sobre como desintegrar o mal. Cada vez que o trabalho de edição chegava a um momento crítico, minha mãe adoecia severamente e necessitava ver um médico na cidade. Como sempre, meus irmãos iam com ela. Não podia evitar ir com ela, mas estava muito ocupado com a edição desse material urgente. Então, parei para pensar sobre o que fazer. Usei meu lado divino e minhas capacidades sobrenaturais com pensamentos retos que o Mestre nos dá, para limpar todos os fatores perversos que interferem com a minha validação do Fa. Isso imediatamente afetou e mudou a situação. Um dos meus familiares ficou doente enquanto levava minha mãe a caminho do hospital. Teve que ficar em casa por alguns dias, então eu tinha uma desculpa que me permitiu ficar em casa e editar o material.

Quando o trabalho estava a ponto de ser concluído e estava por enviar o arquivo, uma amiga que não é praticante me telefonou e estava chorando. Pediu-me que fosse à sua casa porque sua vida estava em perigo. Queria que eu eliminasse o mal. Sabia que o mal estava assustado pelo material que eu tinha acabado de editar. Consolei a minha amiga e lhe pedi que recitasse “Falun Dafa é bom”. Disse a ela que não ocorreria nada. Parou de chorar.

Escolhendo que o lado divino esteja no comando

Uma vez, quando estava editando o material para desintegrar as classes de lavagem cerebral, minha mãe de repente quebrou a sua perna. A radiografia mostrava que o fêmur havia sido fraturado e necessitava de uma cirurgia urgente. Perguntei-me: “Minha mãe tem que ser operada, eu poderei ficar em casa?” Minha mente sabia claramente que se saísse de casa, haveria caído na armadilha da maldade. Sabia que essa era uma escolha entre a noção humana e o pensamento divino. Escolhi que o lado divino estivesse no comando. Enviei pensamentos retos e falei com a minha mãe. No final, minha mãe aceitou que eu fosse mais tarde.

Enquanto estava contente por ter abandonado o qing pela família, outra coisa ocorreu. Um dia, enquanto trabalhava num aspecto importante do trabalho de edição, tive a notícia de que a minha irmã mais nova (que vive em outra cidade), havia ingerido uma pílula mortal para cometer suicídio. Enviaram-na a um hospital, porém permanecia em coma. Seus três filhos estavam no hospital e choravam desconsoladamente. Pensei: “Terei que ir? O que devo fazer?” Então compartilhei com outro praticante. O praticante me aliviou e alentou, fazendo me sentir muito melhor.

Essa noite não podia dormir e pensei muito. Perguntei-me: “por que sempre encontro uma prova de qing em momentos críticos? Isso indica que meu cultivo não é firme o suficiente.” Creio que cada pessoa tem seu próprio destino; A lei do cosmos é justa! Por isso, decidi não ir ver minha irmã nesse momento, iria vê-la quando terminasse de editar o material. Inesperadamente, minha irmã saiu do coma e recuperou-se pouco depois.

Olhando para trás, aos mais de dez anos de cultivo, quando enfrentei cada prova de qing, não pude alcançar o estado de não mover o meu coração. Mesmo não conseguindo deixar completamente o qing, escolhi seguir o Mestre. Além disso, tenho a esperança de que sob a proteção e cuidado do Mestre, definitivamente irei superá-lo.