(Minghui.org) “Nós estamos cientes da extração forçada de órgãos, sancionada pelo Estado, na China”, disse um imunologista aos praticantes do Falun Gong durante a campanha da petição contra a extração ilegal de órgãos, em Hannover, Alemanha, em 18 de outubro de 2014.

Praticantes do Falun Gong recolheram assinaturas na petição redigida pelos Médicos Contra a Extração Forçada de Órgãos (DAFOH, sigla em inglês) e receberam o apoio de médicos locais em Hannover, cidade de uma das melhores escolas de medicina alemãs, a Medizinische Hochschule Hannover, líder na área de transplante de órgãos.

População local assinando a petição

O imunologista disse: “Eu fui recentemente a um congresso de transplante de órgãos em Mannheim. Um médico na conferência, praticante do Falun Gong, deu uma excelente palestra sobre a questão do tráfico de órgãos na China.”

“Durante a palestra, foram mostradas evidências detalhadas indicando a origem dos órgãos e do genocídio cometido pelo governo chinês contra praticantes de Falun Gong e Cristãos para conseguir os órgãos. Esses crimes são inclusive apoiados pelos militares.”

Ele expressou o seu apreço pelos praticantes do Falun Gong por seus esforços em trazer essa informação a público e encorajou-os a manter o esforço.

Outro cirurgião local, que conversou longamente com os praticantes, nunca tinha ouvido falar sobre o Falun Gong ou sobre a perseguição na China. No entanto, ele sabia sobre o tráfico de órgãos.

Uma vez, ele relatou uma experiência surpreendente. Há alguns anos, ele tinha um colega chinês, também cirurgião de transplante de órgão. Um dia no trabalho o médico chinês perguntou a ele onde ficava o campo local de execuções. A pergunta e as implicações por trás chocaram os cirurgiões alemães.

Em todo o mundo, praticantes do Falun Gong têm tentado sensibilizar a comunidade internacional para combater esses crimes e têm buscado a colaboração de profissionais da área médica.

Kelley Currie, membro sênior do “Instituto 2049”, um grupo de estudos em política sediado em Washington DC, repercutiu esse apelo durante uma entrevista ao programa Current da emissora Canadian Broadcasting Corp. (CBC).

Na entrevista, Currie disse sobre essa questão: “Buscar apoio nos governos é apenas uma pequena parte do esforço. Além disso, deve-se prestar atenção nas associações médicas e como elas podem denunciar essas práticas e tomar uma posição firme, especialmente os cirurgiões que deveriam informar os pacientes sobre essas questões envolvendo transplantes de órgãos.”

Ela acredita que é importante educar os médicos que estão cientes desta situação e organizações como a Associação Médica Americana e a Escola Americana de Cirurgiões. Além disso, as equivalentes canadenses dessas organizações devem estar cientes dessa questão, bem como as contrapartes em países europeus e outras economias modernas, onde há escassez de órgãos e as pessoas podem ser levadas a realizar “turismo de transplantes”.

Muitos médicos na comunidade internacional, incluindo os de Hannover, já tomaram medidas para combater esse crime na China.

No Congresso Internacional de Transplantes de Órgãos de Londres em junho de 2014 o dr. Nicolus Richter, um cirurgião de Hannover, especializado em transplante de fígado e rins, disse aos praticantes do Falun Gong o que ele e seus colegas de trabalho fizeram para ajudar a combater esse problema há alguns anos.

“Nós discutimos esse assunto em nosso departamento quando recebemos a visita de colegas da China que queriam aprender a técnica do transplante hepático no nosso centro na Alemanha. Nós conversamos sobre o assunto e decidimos não cooperar com os chineses.”

O Departamento do dr. Richter escreveu de volta para os médicos chineses, recusando-se a treiná-los em transplantes de fígado e citou a extração forçada de órgãos em curso na China. “Essa situação é catastrófica e um crime contra a humanidade!

“Acho que, como alemães, nós também temos uma história muito forte de catástrofes. Hoje em dia, nós temos um grande senso de responsabilidade e dever moral, de ver onde essas coisas estão acontecendo no mundo e levantar as nossas vozes...”, disse o dr. Richter.