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Membros do Parlamento falam sobre o Falun Gong durante negociações de livre comércio entre China e Austrália (fotos)

21 de novembro de 2014 |   Por correspondentes do Minghui Mu Wenqing e Shi Hui em Camberra, Austrália

(Minghui.org) Vários membros do Parlamento australiano se juntaram a um rali do lado de fora do Parlamento em Camberra, onde foi realizado um dia de negociações de livre comércio entre China e Austrália após a conclusão da Cúpula dos Líderes do G20.

A manifestação pediu o fim imediato da perseguição, especialmente da extração forçada de órgãos,  sancionada pelo regime chinês de praticantes do Falun Gong vivos.

Rali dos praticantes do Falun Gong no Parlamento em 17 de novembro de 2014

O senador independente John Madigan fala no rali no Parlamento em 17 de novembro de 2014

Alannah MacTiernan, representante da Câmara, fala no rali no Parlamento em 17 de novembro de 2014

O comércio deve ser baseado na moral e na consciência

O senador independente John Madigan apontou que o comércio deve ser baseado na moralidade e na consciência, a fim de ter um impacto positivo na sociedade. Ele disse que, como a economia existe para a humanidade, o comércio deve ser o primeiro a responder aos direitos humanos básicos.

Ao falar sobre a perseguição do regime chinês ao Falun Gong, incluindo a extração forçada de órgãos, Madigan perguntou ao primeiro-ministro Tony Abbott: "Por que esta questão não faz parte das nossas discussões com a China?"

"Congratulo os praticantes do Falun Gong. Ao redor do mundo vocês continuam a fazer a campanha contra a perseguição religiosa e contra a prática de extração forçada de órgãos na China", disse Madigan em seu discurso.

Ele lembrou que no ano passado, o Senado aprovou um projeto de lei pedindo à Pequim para parar a extração forçada de órgãos de pessoas vivas, mas o crime não abrandou e as vítimas são, em sua maioria, praticantes do Falun Gong.

"Mas toda a vida humana importa. Toda vida humana tem valor. Dou as boas vindas a todos vocês aqui hoje. Desejo-lhe felicidades com o seu protesto. Incentivo-os a continuarem a sua luta", disse Madigan.

'Eu não posso simplesmente fechar os olhos'

Madigan acredita que o governo australiano valoriza o comércio com Pequim mais do que a vida humana e chama esse ato de miopia.

"Como você concilia que algumas pessoas são trancadas porque o governo não concorda com elas ou com suas observâncias e depois dizer que eles podem construir um argumento ou justificar a retirada de rins ou pulmões de uma pessoa e comercializar a vida das pessoas e os seus órgãos?

"Algumas pessoas dizem que não há problema em fechar os olhos para algo, mas e se fosse seu irmão, seu pai, irmã, tio, primo ou seu melhor amigo? Se o mundo está se degenerando a esse ponto, onde podemos apenas racionalizar as coisas fora, fora da vista e fora da mente .... mesmo se for um prisioneiro, cada pessoa tem sua dignidade inerente.

"Eu não posso simplesmente fechar os olhos. Porque fazer isso seria ser complacente. E mais uma vez, há muito dinheiro envolvido na [extração forçada de órgãos]. Se isso é o que é preciso para ganhar dinheiro, eu não quero ser uma parte disso", disse Madigan.

Falun Gong beneficia a sociedade chinesa

Alannah MacTiernan é um membro da Câmara dos Representantes da Austrália para Perth. Ela destacou que o Falun Gong traz harmonia e bênçãos à sociedade e que acabar com a proibição do Falun Gong beneficiaria a sociedade chinesa.

MacTiernan disse no rali: "Vamos acompanhá-los no seu apelo para garantir que esta tolerância crescente que emerge na China estenda-se aos praticantes do Falun Gong.

"Acredito profundamente que os praticantes do Falun Gong só desejam o melhor para a comunidade chinesa. Sua prática será positiva para a China, como podemos ver isso na Austrália. Nós temos esta lição para aprender, sabemos abraçar a diversidade que, de fato, faz a nossa nação mais forte. Quando podemos garantir o sentimento de nacionalidade, a nossa identidade nacional é reforçada.

"Queremos dizer que nós entendemos a posição do Falun Gong e entendemos suas preocupações que vocês têm ao longo do tempo em que foram perseguidos, mas estamos confiantes e esperançosos de que o novo regime da China irá abraçar essa diversidade, garantindo que a sua prática seja permitida a florescer e venha a trazer bondade para a comunidade chinesa."

Joe Bullock, o senador do Trabalho para a Austrália Ocidental, no Parlamento, escreveu uma carta para a Associação do Falun Dafa. O senador Bullock expressou sua preocupação sobre a extração forçada de órgãos de praticantes vivos na China e disse que espera que os praticantes pudessem aproveitar esta oportunidade para expor o problema ao público.

O Partido Verde é anfitrião do Fórum de Direitos Humanos sobre a perseguição

Enquanto o presidente chinês, Xi Jinping fez um discurso no Parlamento australiano, o Partido Verde realizou simultaneamente um Fórum de Direitos Humanos na China. Os representantes do Falun Gong, o Tibete, os ativistas da democracia e da Região Autônoma de Xinjiang foram convidados para o fórum.

O senador e líder parlamentar do Partido Verde, Christine Milne, disse: "Os Verdes australianos permanecem extremamente preocupados com as constantes violações dos direitos humanos e com o lento progresso da reforma democrática na República Popular da China.

"Em particular, nós condenamos a contínua perseguição aos praticantes do Falun Dafa, que deve ser igualmente reconhecida e condenada pelo governo australiano."

Por que falar mais alto?

No rali, o senador Madigan foi perguntado por que ele escolheu participar do rali e falar. Ele respondeu: "É somente porque você não pode ser complacente pelo seu silêncio. As pessoas me dizem, muitas vezes, 'agora não é o momento certo'. Bem, quando é o momento certo? Ao longo da história, têm havido algumas pessoas que se sentam nas suas mãos, boas pessoas que se sentam nas suas mãos.

"'Tudo que é necessário para que o mal triunfe é que boas pessoas se sentem e não façam nada e então a história vai julgá-la'.... no final do dia, eu quero ser capaz de ir para casa à noite e ter a consciência tranquila. Eu não quero que ninguém, desde de quem não nasceu até os vivos, idosos ou crianças, tenha seus direitos humanos violados. Eu valorizo cada vida. Cada vida é preciosa e cada vida deve ser defendida.

"Lembro-me uma vez que eu estava fazendo um trabalho em Melbourne e eu passava pelo consulado na estrada. Eu lembro de ter visto duas mulheres mais velhas lá na frente. O que eu notei foi que elas eram muito pacíficas e tranquilas.

"Elas estavam apenas expressando um ponto de vista e eu pude ver quão irritados os funcionários do consulado estavam porque elas estavam lá fora, na rua, na Austrália, mas todo mundo têm o direito de expressar sua opinião, quer se goste ou não.

"Essas pessoas têm o direito de expressar sua opinião e vou defender seu direito de expressar sua opinião sem medo de perseguição."