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Sobre a raiz do apego

18 de outubro de 2014 |   Por uma praticante da província de Hebei, China

(Minghui.org) Frequentemente pensava que pouco me importava os bens e o prestígio e que as pessoas ao meu redor também pensavam da mesma forma. Ainda que não tivesse riquezas, eu emprestava dinheiro para os outros, de milhares a dezenas de milhares. Não tenho mais uma poupança e não me preocupo muito quando os outros me pedem emprestado dinheiro.

Creio que as coisas mais difíceis de abandonar são os apegos à reputação e à autoestima. Quando outras pessoas tiravam vantagem de mim, sempre pensava que não me importava perder esse pouco de interesse próprio. Por dentro, porém, pensava: “Como se atreve a me tratar tão mal!”, “Como se atreve a atuar como se eu fosse uma tonta!”

Tentei ao máximo suprimir esses apegos, de competir, proteger a minha reputação e remover o profundo ressentimento que sentia por aqueles que tiravam vantagem de mim. Passei muitas provas e tribulações desse modo.

Um dia me dei conta de que se os outros não quisessem os meus preciosos pertences e só quisessem uma pedra ou a terra do meu jardim, meu coração se moveria? Nesse momento descobri o quão forte era o meu apego aos bens materiais e ao prestígio.

Deixar o apego os bens e ao status social estava misturado com o coração de: “Sou melhor que os demais” e o coração impuro da busca pela fama. Como se escondeu tão bem e por tanto tempo? Acho que foi porque pensei erroneamente que já o havia abandonado e também, porque outras pessoas comentaram que havia feito bem nesse aspecto.

O Mestre disse:

“Talvez o chefe já tenha dito que ela é muito competente, que é capaz de fazer bem qualquer coisa. Quem sabe, todos os colegas de trabalho dela também digam que ela é muito competente.” (Zhuan Falun)

“Quando você acumula conhecimento desta dimensão, quando o seu conhecimento de coisas desta dimensão se torna mais claro, quando aparentemente você está se tornando mais consciente das coisas desta dimensão, na realidade, você está se bloqueando cada vez mais.” (“Ensinando o Fa no Fahui da Suíça”)

Iluminei-me que quando uma pessoa está segura de algo por muito tempo, isso pode ser a origem de muitas tribulações e dificuldades. Quando uma pessoa consegue encontrar a raiz do apego e eliminá-la, muitas coisas podem ser resolvidas facilmente. Às vezes, ainda que a raiz já não exista mais, ainda mantemos o apego desenraizado somente por hábito.

Por exemplo, quando a minha sogra trata os meus filhos de forma diferente que os outros netos, eu ficava com ciúme e achava que era injusto. Logo perguntei para mim: “O que eu quero? Realmente quer que os seus filhos sejam malcriados? Quer que os demais se ocupem de tudo por eles? Quer que cresçam e não saibam fazer nada?” As respostas eram óbvias.

Quando meu esposo chegava tarde em casa, queria ligar para ele e perguntar onde estava e quando chegaria em casa. Ainda que não fizesse a ligação, eu ficava preocupada. Quando isso ocorria, me perguntava novamente: "Você não está muito apegada a ele? Eu precisava da sua proximidade o todo o tempo? Necessita do seu afeto e consideração?” Novamente sabia as respostas.

Nessas oportunidades me dei conta de que eu estava buscando coisas sem pensar se necessitava delas ou não. Tudo bem quando as pessoas comuns buscam qing, mas como cultivador, necessita cultivar esse apego. Ainda que só fizesse isso por hábito, quando notei que não necessitava realmente, foi fácil soltá-lo.

Podem procurar perguntar a si mesmos quando se sentirem desequilibrados: “O que desejo? Realmente quero isso?” Quem sabe você descubra que não é o que deseja realmente e que essa coisa é ínfima e insignificante. O que nós necessitamos fazer é nos libertarmos dos nossos velhos hábitos.

Por favor, apontem qualquer falha no meu entendimento!