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Testemunha do apelo pacífico de 25 de abril de 1999

1 de maio de 2012 |   Pelo correspondente de Minghui da Europa, Wu Sijing

(Minghui.org) "Os praticantes da cidade de Tianjin foram presos um dia e os praticantes de Pequim poderiam ser presos no próximo, incluindo eu. Isso [detenção de praticantes] está errado, já que os praticantes do Falun Gong eram um grupo de pessoas que se aperfeiçoavam para serem cidadãos melhores. Eu não podia deixar isso continuar, então eu decidi ir a Pequim protestar," disse a Sra. Li Yan (um pseudônimo), explicando por que ela e outros praticantes foram ao Escritório de Apelos de Pequim em 25 de abril de 1999.

Cerca de 10 mil praticantes do Falun Gong foram ao Centro de Apelos de Pequim em 25 de abril de 1999, localizado perto de Zhongnanhai, para solicitar o direito de praticar em paz.

Sinais antecipados de alerta

Mesmo antes de 25 de abril de 1999, a Sra. Li já havia notado que algo de incomum estava acontecendo. Durante os exercícios em grupo pela manhã, ela soube que a polícia estava perseguindo muitos locais de prática em todo o país. Isso incluiu agentes da polícia que ficavam próximo para observar, registrando o nome de cada praticante e até usando caminhões com jatos de água sobre os praticantes quando estes fechavam os olhos durante a meditação sentada.

A Sra. Li nasceu nos anos 60, por isso esse tipo de coisa não era totalmente novo para ela. Era semelhante ao que o PCC fazia sempre antes de suas várias campanhas políticas. No entanto, ela não esperava que o PCC estivesse prestes a lançar outro movimento político cruel. Afinal, era o final da década de 1990 e, em muitos aspetos, a sociedade era diferente da que existia antes.

25 de abril: ouvindo sobre as prisões e indo apelar

Na manhã de 25 de abril, como de costume, a Sra. Li foi ao local de prática de exercícios em grupo. Antes do início da música dos exercícios, um praticante apareceu de bicicleta. Ele disse que os praticantes de Tianjin que foram apelar vários dias antes tinham sido presos. Quando outros praticantes foram solicitar a sua libertação, as autoridades disseram que era uma ordem das autoridades e disseram-lhes para entrar em contato com funcionários superiores em Pequim. Ele disse que alguns praticantes tinham decidido ir ao escritório de apelos para explicar aos funcionários do governo central. Então ele foi-se embora.

Apesar de os praticantes locais terem ficado surpresos ao ouvir isso, eles não estavam chocados porque tinham ouvido falar sobre o maltrato de praticantes em diferentes regiões por todo o país. A maioria dos praticantes achava que precisava informar o governo central sobre isso. A Sra. Li pensou que, se os praticantes da cidade de Tianjin fossem presos um dia, os praticantes de Pequim poderiam ser presos no próximo, incluindo ela mesma. Ela sabia que o PCC estava errado, já que os praticantes do Falun Gong eram um grupo pacífico de pessoas que se aperfeiçoavam para serem cidadãos melhores. Ela sabia que não podia simplesmente ficar sentada e deixar isso continuar, por isso, ela decidiu ir a Pequim apelar.

Juntamente com outros praticantes, a Sra. Li acreditava que a prisão ocorreu porque os funcionários não conheciam os fatos. Ela pensou que uma vez que os funcionários soubessem que os praticantes estavam simplesmente tentando ser melhores cidadãos e não causaram nenhum dano à sociedade, certamente tomariam a decisão correta.

Confiando nos funcionários do governo, a Sra. Li foi apelar com vários outros praticantes. Alguns praticantes optaram por não ir, quer devido a questões familiares ou por medo. "Isso não era surpreendente", disse a Sra. Li, "praticar é voluntário, para não mencionar ir apelar para isso".

Esperando o dia todo

A Sra. Li e outros praticantes chegaram por volta das 8 horas em um local perto de Zhongnanhai. Eles sabiam que o Escritório Central de Apelos ficava próximo, mas não tinham conhecimento de sua localização exata. Eles notaram que vários policiais de pé, ao lado da estrada, pareciam nervosos. Quando a Sra. Li e outros praticantes perguntaram aos oficiais onde era o serviço de apelos, lhes disseram para escutar as instruções e seguir a multidão.

Gradualmente, mais e mais praticantes se juntaram à multidão até que mal conseguiam avançar. A polícia disse para ficarem ali, já que o centro de recursos estava à frente deles. Porque havia muitos praticantes, alguns se voluntariaram para recordar uns aos outros para não bloquear o trânsito ou a calçada.

A Sra. Li não sabia quantos praticantes havia. Ela só viu várias fileiras na calçada, mas não podia ver o fim da fila. A polícia indicou-lhes onde se alinhar e onde ficar de pé. Mais tarde, os praticantes ficaram cansados depois de ficar por tanto tempo em pé e alguns se sentaram. Então, para evitar parecer ser uma manifestação pacífica organizada e para reduzir as preocupações, jovens praticantes se revezaram na frente, enquanto os praticantes mais velhos se sentavam e descansavam atrás.

Havia muitos praticantes, mas todos estavam tranquilos. Embora os praticantes não se conhecessem, eles naturalmente cuidavam uns dos outros. Porque todos praticavam Verdade-Compaixão-Tolerância, eles também sabiam que os praticantes de pé ao lado deles praticavam os mesmos princípios. Ninguém deixou lixo no chão e todos limparam a área. Alguns praticantes caminharam com um saco para coletar o lixo. Apesar do grande número de praticantes, eles estavam calmos e não bloquearam o tráfego. No início, a polícia estava muito nervosa. Eles logo relaxaram e começaram a conversar uns com os outros e a fumar. A Sra. Li viu praticantes apanhar as pontas de cigarros que a polícia deitou no chão.

Enquanto muitos eram praticantes locais de Pequim, alguns haviam voado de outras cidades, e outros vieram em ônibus noturnos. A Sra. Li percebeu que nas ruas laterais fora da estrada, alguns praticantes se apoiaram contra a parede e fizeram uma soneca - eles estavam muito cansados.

Ao anoitecer, as notícias vieram da frente, dizendo que o primeiro-ministro Zhu Rongji tinha se reunido com vários praticantes e que os policiais de Tianjin haviam liberado os praticantes detidos. O assunto estava resolvido e todos poderiam ir para casa. Muitos hesitaram, já que não sabiam se isso era verdade. Eles esperaram por um tempo e viram praticantes que estavam em frente começando a sair. Quando se convenceram que isso era verdade, os praticantes ficaram felizes. A Sra. Li também ficou satisfeita por saber que os funcionários do governo central tomaram a decisão certa depois de entender a verdade.

A Sra. Li voltou no carro de outro praticante. Como ainda havia lugares disponíveis no carro, eles pegaram vários praticantes idosos no caminho, embora eles não se conhecessem. "Todos nós sabíamos que éramos boas pessoas", disse a Sra. Li, "e nós nos ajudamos tanto quanto pudemos".

O dia seguinte era segunda-feira, e a Sra. Li foi trabalhar como de costume. Ela pensou que tudo estava resolvido e não esperava que a situação se tornasse pior. Quando viu na televisão que seu apelo pacífico em 25 de abril foi descrito como "cercando e atacando Zhongnanhai", ela achou que era uma piada. Ela disse: "Nós escutamos os policiais e permanecemos nos locais onde nos indicaram. Se parecia que estávamos cercando Zhongnanhai, então foi resultado das instruções dadas pelos policiais. Simplesmente aguardamos e fizemos o que nos disseram."

Treze anos se passaram desde o apelo pacífico em 25 de abril de 1999. Ao longo dos anos, a Sra. Li e outros praticantes sofreram pressão e maus tratos, tanto mental como fisicamente.

A história verá este evento com objetividade

A Sra. Li saiu da China há dois anos para a liberdade da Europa. Olhando para o apelo pacífico há 13 anos, ela disse: "Entrei com um pensamento puro e não esperava que fosse um evento histórico tão significativo. Agora vimos que o PCC deturpou o apelo pacífico em 25 de abril de 1999, para servir de prelúdio para a perseguição. Acreditamos que a história verá esse evento de forma objetiva e justa ".