Este artigo foi primeiramente publicado em abril de 2008.

(Minghui.org) Na manhã de 25 de abril de 1999, mais de 10 mil praticantes do Falun Gong começaram a se reunir de forma ordeira do lado de fora do Escritório de Apelação ao Estado, em Pequim, perto de Zhongnanhai, complexo central do governo do PCC. Eles buscavam o retorno do ambiente aberto para praticar o Falun Gong, algo que tinham desfrutado durante anos, e, mais especificamente, a libertação de dezenas de praticantes que haviam sido recentemente presos na vizinha cidade de Tianjin. A polícia de Tianjin orientou que levassem seu pedido ao Escritório de Apelação ao Estado em Pequim, e isto foi exatamente o que fizeram.

À medida que o número de praticantes crescia em tamanho, os oficiais do partido ardilosamente orientaram os policiais para pedirem aos apelantes que se alinhassem ao redor de Zhongnanhai. Os manifestantes pacíficos, sem suspeitar de nenhum motivo ulterior, concordaram. Isso deu aos oficiais do Partido a munição necessária para divulgar o apelo como algo que não era. Em vez de retratá-lo como aconteceu, como uma demonstração notavelmente pacífica e tranquila de pessoas que defendem os seus direitos, os funcionários do partido rotularam-no como um “cerco ao complexo do governo central (Zhongnanhai)”. A mídia estatal então ativou sua máquina de propaganda em alta velocidade para denunciar o incidente, enganando não só as pessoas na China, mas também em todo o mundo.

Desde então, as autoridades do PCC usaram sua interpretação falsa e enganosa do incidente para “justificar” seu tratamento severo ao Falun Gong. Na mente de muitos ao redor do mundo, o apelo de 25 de abril é referido como o “Incidente de Zhongnanhai”, com todas as conotações negativas e deixando o PCC intacto.

Por esta razão, é importante apresentar a verdade de todo o incidente, para que as pessoas não continuem a ser enganadas. A falsa propaganda alega, entre outras coisas, que o apelo de 25 de abril é uma evidência de que o Falun Gong busca poder político, que representa uma ameaça perigosa e às vezes violenta para a nação e seu povo. Essas afirmações têm sido repetidamente pronunciadas pelos meios de comunicação chineses tanto na China como no exterior, agravando o popular mal-entendido sobre o evento.

Uma investigação honesta sobre o evento fornece uma imagem notavelmente diferente, radicalmente diferente do quadro assustador pintado na propaganda do PCC.

1. Sequência de Eventos

Os praticantes do Falun Gong foram a Zhongnanhai porque o Departamento de Segurança Pública na cidade de Tianjin recentemente havia detido ilegalmente 45 praticantes do Falun Gong. Como o Falun Gong ajuda as pessoas a melhorar sua saúde física e mental, o número de seus praticantes aumentou rapidamente na China Continental. De acordo com um relatório do governo em 1998, o número de praticantes do Falun Gong na China estava entre 70 milhões e 100 milhões. Isso fez com que o Partido Comunista Chinês (PCC) o considerasse uma potencial ameaça política, apesar de não ter aspirações políticas. Alguns funcionários do governo aproveitaram esta situação criando problemas com vistas a ganhar crédito político. Assim, agências de notícias controladas pelo governo têm constantemente publicado histórias e artigos falsos que atacam o Falun Gong.

O apelo de 25 de abril foi desencadeado por acontecimentos recentes em Tianjin, onde um cientista do PCC chamado He Zuoxiu publicou um artigo intitulado "Eu não concordo que adolescentes pratiquem qigong" na revista Ciência e Tecnologia para Juventude (Uma revista publicada pelo Instituto de Educação Tianjin). No artigo, ele fabricou histórias sobre o Falun Gong aludindo à doença mental e implicou que o Falun Gong poderia se tornar uma organização semelhante aos Boxers, que liderou uma rebelião no século 19 que destruiu a nação. Muitos praticantes do Falun Gong ficaram perturbados por essa calúnia. Sem alternativa, alguns praticantes usaram a abordagem de apelo aprovada pelo governo. Em 18 de abril, eles foram para o Instituto de Educação Tianjin para esclarecer os fatos sobre o Falun Gong. Este artigo explicará mais tarde por que não havia outra maneira de esclarecer tais acusações.

Foi um choque total para os praticantes quando o Departamento de Segurança Pública de Tianjin apareceu para os assediar. O Departamento se recusou a se comunicar com os praticantes adequadamente. Em vez disso, eles enviaram pessoas para atacar alguns dos praticantes. Em 23 de abril, eles começaram a dispersar os praticantes e a prendê-los, o que acabou bloqueando o único canal que os praticantes do Falun Gong tinham para reportar a verdade ao governo. Os praticantes voltaram para Pequim em 25 de abril para pleitear a uma autoridade superior. Eles pediram a libertação das pessoas inocentes, um ambiente aberto e legal para praticar os exercícios e para aliviar a pressão que o governo tinha colocado sobre os praticantes do Falun Gong há um longo tempo.

Inicialmente, os praticantes se reuniram ao redor do Escritório de Apelação ao Estado. Mais tarde, vários policiais lhes disseram que o lugar não era seguro, e que outro lugar estava proibido. Seguindo as instruções da polícia, os praticantes se dividiram em dois grupos ao lado de Zhongnanhai. Mais tarde, He Zuoxiu chegou, tentando perturbar os praticantes, mas ninguém respondeu a ele.

De acordo com uma testemunha, na noite de 24 de abril, alguns praticantes que trabalhavam no Departamento de Segurança Pública já haviam apresentado seus cartões de identificação em Zhongnanhai, pedindo uma oportunidade para discutir a situação. Não houve resposta. Às 21h, os praticantes começaram a se reunir na rua Fuyou perto de Zhongnanhai, alguns com bagagem e outros com tapete de meditação. A maioria deles era de cidades fora de Pequim.

Às 6h da manhã do dia 25 de abril, uma testemunha foi para a entrada norte da rua Fuyou, e descobriu que os policiais estavam bloqueando o caminho para Zhongnanhai. Nenhum dos praticantes tentou forçar o seu caminho, mas eles testemunharam uma cena surpreendente. A polícia conduziu primeiramente os praticantes do lado do leste da rua ao lado ocidental, e então os orientou a andar para o sul de Zhongnanhai. Enquanto isso, outro grupo vinha da direção oposta, também orientado pela polícia, e ambos os grupos se encontraram do lado de fora da entrada principal de Zhongnanhai. De acordo com a mídia, havia mais de 10 mil praticantes reunidos fora de Zhongnanhai.

Logo houve praticantes se aproximando de todas as direções. Eles encheram todas as calçadas ao redor de Zhongnanhai. Mas o tráfego não foi bloqueado; mesmo a rota para os deficientes permaneceu livre. Havia homens e mulheres de 70 e 80 anos de idade, mulheres grávidas que estavam perto do final da sua gravidez e mães segurando seus recém-nascidos. Muitos deles mal comeram qualquer alimento ou beberam água, para reduzir o tempo necessário para usar o banheiro.

Os praticantes não vagavam pelas ruas, não cantavam slogans ou seguravam faixas, e não começaram desavenças. Na China, apelar ao governo não exige uma autorização do Departamento de Segurança Pública. Cada praticante foi para representar apenas seus próprios pontos de vista. Eles vieram para relatar os maus-tratos que eles e seus amigos estavam experimentando, e não violaram quaisquer leis ou regulamentos. Como os praticantes achavam que haviam alcançado o objetivo de expressar suas preocupações e buscar compreensão e apoio do governo, eles discretamente se dispersaram às 23h30min (1)

2. Razões do encontro

Na superfície, o apelo de 25 de abril parecia ter sido desencadeado pelas prisões de Tianjin e por um artigo anti-Falun Gong escrito por He Zuoxiu. A razão subjacente decorreu da ansiedade das autoridades centrais sobre a popularidade sem precedentes do Falun Gong. Sete anos após a primeira conferência pública do Sr. Li Hongzhi em 1992, havia cerca de 70 a 100 milhões de praticantes de Falun Gong na China Continental. Uma compreensão completa do incidente é muito complexa, pois ele teve razõesde longo e de curto prazo, e estava relacionado com lutas políticas dentro do Partido Comunista.

A. Razões de longo e de curto prazo

A razão de longo prazo do apelo de 25 de abril foi a repressão em andamento ao Falun Gong. Com a rápida expansão do Falun Gong, as autoridades centrais temiam perder o controle sobre o povo. O governo, portanto, estava tentando minar o Falun Gong através da mídia, proibindo livros, realizando investigações secretas e perturbando os locais de prática de exercícios nos últimos anos. O governo já estava tentando destruir o ambiente dos praticantes para praticar o Falun Gong. Não havia outra maneira de expressar os fatos sobre a repressão que apelar para as autoridades centrais. A reunião de 25 de abril pretendeu fazer exatamente isso.

As autoridades centrais iniciaram suas críticas ao Falun Gong em 17 de junho de 1996. Naquele dia, o Diário Guangming (a voz oficial do Conselho de Estado, artigos que refletem apenas as opiniões de funcionários do governo) publicou um artigo criticando o Falun Gong como uma " Anticiência " e uma prática " supersticiosa " e rotulando seus praticantes como pessoas " estúpidas ".

Em 24 de julho de 1996, o Escritório de Notícias da China emitiu um aviso sobre “confiscar imediatamente cinco livros, incluindo o Falun Gong (2)” em todo o país. Depois disso, dezenas de jornais e revistas começaram a se juntar à campanha contra o Falun Gong. Alguns estudiosos oficiais, como He Zuoxiu, também estavam ativos na campanha. Eles usaram suas consideradas posições de "cientistas" para caluniar o Falun Gong. O Escritório Central de Publicação Nacional e o Ministério Central de Propaganda também ordenaram que todas as editoras não publicassem livros relacionados ao Falun Gong.

Alguns departamentos oficiais começaram a investigar o Falun Gong no início de 1997. O Ministério de Segurança Pública implementou uma investigação nacional sobre o Falun Gong, usando o raciocínio de que o Falun Gong se enquadra na categoria de atividades religiosas ilegais. Como a prática do Falun Gong não contém tais atividades, esta investigação não encontrou nada para processar. Departamentos oficiais relacionados então formaram uma equipe para monitorar o Falun Gong. Enquanto isso, eles ordenaram que todos os departamentos de Educação Física investigassem as atividades do Falun Gong. Embora todas as respostas dos departamentos de Educação Física tenham sido positivas, e embora seus relatórios indicassem que o Falun Gong é uma atividade que melhora a saúde, cura doenças e não tem elementos religiosos ilegais, o Ministério de Segurança Pública insistiu que um monitoramento atento das atividades do Falun Gong era necessário.

Em 21 de julho de 1998, alguns departamentos oficiais novamente emitiram um "Aviso para a realização de investigação contra o Falun Gong", insistindo que o Sr. Li Hongzhi estava espalhando um culto do mal e que membros "chave" do Falun Gong estavam conduzindo atividades criminosas. O aviso também ordenou que todos os departamentos locais de Segurança Pública e Proteção Política investigassem as atividades internas dessas pessoas e procurassem provas de qualquer crime dentro do Falun Gong. É evidente que os departamentos de Segurança Pública rotularam o Falun Gong como envolvido em atividades criminosas, sem qualquer evidência disso. Isto era, em outras palavras, um incidente de convicção antes da investigação.

Depois que este documento foi emitido, muitos Departamentos de Segurança Pública locais anunciaram que as atividades do Falun Gong foram consideradas reuniões ilegais. Eles dispersaram as práticas de exercício em grupo, confiscaram a propriedade privada dos praticantes, e detiveram, prenderam, espancaram e abusaram verbalmente dos praticantes do Falun Gong. Em algumas áreas, os praticantes foram multados e os livros relacionados ao Falun Gong foram banidos. Os praticantes tentaram muitas vezes apelar por meio de canais normais, mas não obtiveram sucesso.

Na China Continental há apenas uma voz oficial. Muitos artigos foram publicados criticando, amaldiçoando e caluniando o Falun Gong nos anos anteriores à proibição oficial. Nenhum artigo que defendesse o Falun Gong podia ser publicado. Sob essas condições, em que não havia outras opções disponíveis, os praticantes do Falun Gong foram a Pequim pedir ao governo que lhes desse um ambiente sem restrições para praticar. Em suma, o apelo de 25 de abril foi motivado pelas calúnias de longo prazo que o Falun Gong havia sofrido nas mãos do governo. Além disso, os praticantes não tinham outro local para relatar os fatos na China continental - não há outra maneira de praticar a liberdade de expressão.

O outro motivo, de curto prazo, para a apelação, como mencionado acima, foi pedir a libertação dos praticantes presos no incidente de Tianjin. A tentativa de relatar esse incidente às autoridades em Tianjin resultou na detenção de 45 praticantes de Tianjin pelo Departamento de Segurança Pública. Na China continental, um apelo não é apenas um direito legalmente protegido, mas também é o único canal que os praticantes podiam usar para relatar os fatos. A reunião dos praticantes em Pequim foi um apelo legal; a única coisa foram do comum foi que o número de pessoas que participaram foi muito grande.

B. Razões políticas

A supressão feita pelo governo, que levou ao incidente de 25 de abril, provavelmente estava relacionada com as lutas políticas entre altos funcionários. Diferentes grupos dentro do governo central mantinham uma variedade de pontos de vista sobre o Falun Gong. Entre eles, alguns tentaram capitalizar a destruição do Falun Gong para avançar em suas carreiras políticas. De acordo com um relatório da Agência Central de Notícias (5/4 de Taipé), o esquema político do governo por trás do incidente de 25 de abril poderia ser descrito como uma "liberação antes de capturar" e um "ardil de sofrimento [por parte do governo] antes do ataque[contra o Falun Gong] ". O objetivo era fazer Zhongnanhai parecer ter estado sob pressão e, em seguida, proibir o Falun Gong, permitindo ao governo demonstrar seu poder ao demolir essa chamada ameaça.

Já em 1996, o rápido desenvolvimento do Falun Gong foi notado por alguns departamentos do governo central. Luo Gan, secretário-geral do Conselho de Estado na época, ordenou ao Ministério da Segurança Pública que conduzisse uma investigação secreta. O pessoal do sistema de segurança pública participou disfarçado de várias atividades do Falun Gong, mas nenhuma evidência de conduta criminosa foi encontrada.

Mesmo com a falta de provas, ainda havia duas opiniões dentro do governo sobre como lidar com o Falun Gong. Um dos lados achava que o Falun Gong não era um problema político. E portanto, não deveria ser banido. O outro lado estava preocupado com a crescente popularidade e influência do Falun Gong, que eles pensavam que poderia potencialmente ser uma força oposta ao regime do Partido Comunista. Houve a insistência em proibi-lo. Luo Gan, secretário do Comitê Central de Assuntos Políticos e Jurídicos no início de 1998, defendeu ativamente a proibição do Falun Gong. O primeiro-ministro Zhu Rongji rejeitou a ideia, e o presidente Jiang Zemin não expressou uma opinião.

Luo Gan é parente de He Zuoxiu, da Academia de Ciências da China. He Zuoxiu usou a mídia para difamar abertamente o Falun Gong, e tentou criar conflito entre o Falun Gong e o governo central. Seu objetivo era criar incidentes que levariam todos os grupos do Partido Comunista a concordar que a proscrição do Falun Gong era correta e necessária. Após o incidente de 25 de abril, Luo Gan relatou que o Falun Gong tinha dezenas de milhões de seguidores, possuía uma natureza religiosa e supersticiosa, e que o Sr. Li Hongzhi, que já então morava em Nova York, era suspeito de ter uma complexa rede de conexões internacionais. Ele relatou que o Falun Gong era, portanto, uma ameaça potencial à estabilidade social. Essas opiniões foram amplamente distribuídas a Hong Kong e à mídia internacional, com a intenção de exagerar a potencial "ameaça" do Falun Gong.

Na verdade, o Falun Gong é uma prática muito vagamente organizada, sem filiação nem hierarquia. Como esses praticantes, sem ter uma organização, pareciam estar "bem organizados e dirigidos"? Poderia ser por isso que os oficiais de segurança pública fingiram ser praticantes? Três dias antes do apelo de 25 de abril, os departamentos de segurança pública já haviam recebido informações sobre o apelo e haviam começado a acompanhar de perto a situação. Eles não relataram essas informações no momento anterior ao incidente, mas preferiram assumir a culpa depois. Não era isto um "ardil de sofrimento antes do ataque"?

Outras evidências mostraram que o incidente de 25 de abril foi uma armadilha criada pelo pessoal da segurança pública, e os praticantes de Falun Gong, inocentes, caíram na armadilha antes que eles soubessem. A próxima parte analisará este tópico.

3. Alguns esclarecimentos

A. Os praticantes foram induzidos pelas autoridades a cercar Zhongnanhai

Afirma-se que os praticantes do Falun Gong "cercaram" Zhongnanhai porque formaram um círculo ao redor da área. Na verdade, esta situação foi criada pelo Departamento de Segurança. Na primeira parte desta discussão, compartilhamos uma descrição dos eventos feita por uma testemunha ocular. Ela afirmam que os praticantes do Falun Gong foram orientados pela polícia a seguir duas rotas que convergiam na entrada da frente de Zhongnanhai e formaram um círculo. Mesmo que essa testemunha estivesse nos contando os fatos, ela não notou que a polícia enganou o povo. Ela simplesmente declarou o que tinha visto. Muitas pessoas, incluindo os praticantes do Falun Gong, não ficaram cientes da situação após a leitura de tal relato. Isto só aconteceu após 24 de junho, quando alguns praticantes apontaram esse enredo em um artigo publicado na Internet.

Três dias antes do incidente de 25 de abril, o Departamento de Segurança havia recebido informações e acompanhava atentamente a situação. Eles optaram por não relatar as informações e, em vez disso, sofrer as críticas depois. Também foi relatado que quando He Zuoxiu foi convidado a comentar sobre o incidente, ele disse: "Por enquanto, eu não vou comentar porque eu não quero estragar toda a organização."(3)

O incidente de 25 de abril foi planejado por determinadas pessoas em alguns departamentos governamentais? Os artigos de He Zuoxiu e a prisão de praticantes do Falun Gong no Departamento de Segurança de Tianjin poderiam ter sido pequenas armadilhas que faziam parte de um plano principal?

B. Os praticantes do Falun Gong foram a Pequim apenas para apelar por justiça

Os praticantes foram a Pequim e a Tianjin porque não havia outra maneira de informar a verdade e buscar reparação pela difamação divulgada contra eles. A abordagem que eles tomaram é chamada de "apelativa", que é um direito protegido pela lei chinesa. De acordo com o item 41 da "Constituição da República Popular da China", os cidadãos têm o direito de apresentar críticas e sugestões a quaisquer instituições e funcionários nacionais. Os cidadãos têm o direito de recorrer, apresentar uma ação judicial ou falar a respeito de instituições nacionais sobre qualquer conduta de instituições ou funcionários que violem a lei ou falham em cumprir suas responsabilidades. No 10º Código dos "Códigos de Apelação" da China, diz-se que as questões do processo de apelação devem ser submetidas aos departamentos executivos relacionados ou a um nível superior, uma vez que estes departamentos têm o direito legal de tomar decisões.

Em 23 de abril, depois que o Departamento de Segurança Pública de Tianjin prendeu praticantes, alguns praticantes se reuniram no Escritório de Apelações do governo da cidade de Tianjin para apelar e apresentar os fatos. No entanto, o apelo não foi bem recebido. Em vez disso, cerca de 40 pessoas foram presas. Como resultado, os praticantes do Falun Gong tiveram que apelar para o nível acima do governo da cidade de Tianjin, que é o governo central em Pequim. Na China, apelar não requer aplicação ao Departamento de Segurança Pública. Cada praticante apenas representa a si mesmo, relatando o tratamento injusto que ele ou seus amigos e parentes experimentaram. Os apelos em Tianjin e Pequim não violaram nenhuma regra do governo.

O Sr. Li sempre ensinou aos praticantes do Falun Gong que não devem violar a lei. Qualquer praticante genuíno respeitaria este ensinamento, um dos princípios do Falun Gong, e não violaria a lei. Portanto, ao longo dos incidentes, os praticantes sempre mantiveram uma conduta pacífica e amável. Eles eram ordenados e cooperaram com os arranjos e orientações da polícia. Eles estavam onde o pessoal do Escritório de Apelações e da polícia de trânsito lhes disse para ficar, esperando para ser recebidos por funcionários. Todo o processo não envolveu quaisquer sinais ou slogans, nem bloqueou o tráfego. Os praticantes até mesmo retiraram todo o lixo do chão na área. Tais detalhes foram relatados pela mídia internacional.

C. O Encontro de 25 de abril não foi o organizado pelo mestre Li Hongzhi

No relatório de dez mil palavras preparado pelo Departamento de Segurança Públicada China, Li Hongzhi, o fundador do Falun Gong, foi acusado de orquestrar todo o incidente de 25 de abril nos bastidores. De fato, o Sr. Li passou por Pequim em seu caminho para a Austrália para ministrar uma conferência do Falun Gong, mas não estava em Pequim no dia 25 de abril. Para reduzir o custo do seu bilhete de avião, ele fez uma pequena pausa em Pequim e Hong Kong. Ele ficou por 48 horas em Pequim durante a transferência e deixou Pequim em 24 de abril para Hong Kong. O governo chinês afirma que isso não foi algo acidental e que o Sr. Li estava planejando as coisas usando a desculpa das transferências de aviões.

O governo chinês se perguntou como, sem qualquer organização, tantas pessoas chegaram a Zhongnanhai ao mesmo tempo. Na verdade, foi em grande parte devido à rede pessoal de contatos entre os praticantes e aos locais de prática. A propagação do Falun Gong é feita principalmente por praticantes individuais que, depois de se beneficiarem pessoalmente dele, dizem aos seus amigos e famílias. Muitas pessoas praticam em parques, em grupos. Sem ter uma organização, e sem nenhum planejamento oficial, qualquer atividade passa a ser conhecida por muitas pessoas em um curto período de tempo por meio desse tipo de rede pessoal de contato.

D. Como 10 mil podem se reunir sem serem "organizados"

Algumas pessoas têm dificuldade em imaginar tantas pessoas indo fazer uma apelação por conta própria. Poderiam ter tomado essa decisão de forma independente? Basta lembrar que, em 1980, surgiram na Europa encontros espontâneos em todo o território e em muitas outras partes do mundo para se reunirem pela morte de John Lennon. As pessoas apareceram com bandeiras, desenhos, velas, música e recordações. Quem organizou isso? Que comitê os despachou? Quem distribuiu as fotos e as gravações que eles carregavam? Sabemos, é claro, que eram pessoas que seguiam espontaneamente seus corações. Tal foi o caso do apelo de 25 de abril.

Alguns comentam: "Bem, a disciplina em Zhongnanhai foi descrita como sendo mais alta do que a da polícia oficial no local.” Sim, seria preciso um treinamento extensivo para conseguir manter em disciplina uma grande multidão. Mas o que aconteceria se cada indivíduo estivesse se disciplinando todos os dias durante anos - aprendendo princípios e aperfeiçoando-se até que as respostas emocionais impulsivas fossem embora, aprendendo a considerar os outros primeiro e a treinar para ser uma pessoa melhor e melhor em todos os aspectos? O Falun Gong é uma prática séria. Cada uma dessas pessoas próximas de Zhongnanhai estava simplesmente manifestando o que tinham aprendido no Falun Gong, seguindo os princípios que as melhoraram espiritualmente, as movendo e elevando-as. Este é o padrão de comportamento que eles tentam manter todos os dias - em suas casas, locais de trabalho, escolas e assim por diante. Por que seu comportamento em Zhongnanhai deveria ser diferente? Se alguém examinar cuidadosamente, não é tão difícil de entender. É muito mais fácil para um indivíduo ser disciplinado do que uma multidão. Esta era uma multidão de indivíduos disciplinados. Nenhum trânsito foi interrompido, nenhum slogan foi gritado, nenhuma bandeira ou sinais foram exibidos, e ninguém foi assediado ou intimidado. Os praticantes do Falun Gong não só recolheram seu lixo, mas também pegaram as pontas de cigarro que os policiais lançaram. Evidentemente não houve protesto político.

4. Resumo: Quem realmente "perturba a estabilidade social"?

Os praticantes do Falun Gong são conhecidos por serem cidadãos exemplares. No local de trabalho, eles são trabalhadores diligentes, comprometidos e honestos, não se preocupam com ganhos ou perdas pessoais, são estritos consigo mesmos, amáveis e atenciosos com os outros. Muitos praticantes do Falun Gong têm sido bem conhecidos como os melhores trabalhadores em suas unidades de trabalho. Na cidade de Changchun, havia um ditado que circulava entre os empregadores que estavam contratando: "Vamos contratar quem está praticando o Falun Gong, porque queremos nossas mentes tranquilas". Em casa, os praticantes são bons maridos, boas esposas e bons filhos, sempre trabalhando para assegurar uma vida familiar pacífica e harmoniosa. Essas qualidades não perturbam a ordem social, mas a asseguram.

Li Hongzhi declarou claramente: "Todos os praticantes de Falun Gong devem obedecer rigorosamente às leis de vários países. E qualquer comportamento que viole as políticas e leis de um país é proibido pelas virtudes do Falun Gong." A ênfase na compaixão, harmonia e serenidade garante uma sociedade que funciona sem problemas, combinando bem o desejo do governo chinês de ter "estabilidade acima de tudo". Não importa se eles estão na rua, no trabalho ou com suas famílias, todos os praticantes do Falun Gong tentam o seu melhor para ajudar os outros e ser uma parte positiva da sociedade. Ao invés de louvar e abraçar o impacto positivo do Falun Gong na sociedade, o governo perseguiu milhões e milhões de pessoas boas, posicionando-as do lado oposto do governo chinês, e provocou conflitos, causando grande agitação social. Pais e mães foram levados para prisões ou enviados para campos de trabalho, deixando seus filhos para trás, às vezes até mesmo sem amparo. Famílias e comunidades foram fisicamente despedaçadas pela perseguição do governo chinês. Mães instigadas a caluniar suas filhas, filhos se virando contra seus pais, e vizinhos denunciando um ao outro à polícia. Literalmente, a ninguém foi permitido permanecer neutro. Inúmeros alunos foram expulsos da escola por praticarem o Falun Gong. Numerosos adultos foram demitidos do trabalho e multados pesadamente por não renunciarem a sua prática. Quem então, perguntamos ao governo chinês, tem perturbado a estabilidade social? Se o Falun Gong tivesse, de alguma forma, alterado de forma mínima a estabilidade social (e não há nenhuma evidência disso) então o governo chinês clara e objetivamente superou a prática em cem vezes.

Referências e notas de rodapé:

(1) 4/26, Central Daily

(2) O livro introdutório “Falun Gong da China” foi renomeado “Falun Gong’ após o início da perseguição em julho de 1999.

(3) Mingbao, 5/5/99, edição eletrônica. (jornal de Hong Kong)

Fonte: http://pt.minghui.org/html/articles/2008/4/25/3063.html