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Testemunha: o incidente de 1999 em Tianjin sugere uma perseguição premeditada ao Falun Gong

8 de maio de 2010 |   Por uma praticante do Falun Dafa na Austrália

Linda Liang, de Melbourne, Austrália, vivenciou pessoalmente o apelo pacífico de 25 de abril em 1999. O que se segue é o que ela se lembra desse dia.

Oficiais da polícia na cidade de Tianjin pediram aos praticantes do Falun Gong para irem a Pequim

Em 11 de abril de 1999, He Zuoxiu publicou um artigo intitulado "Eu não concordoque adolescentes pratiquem Qigong" em uma publicação oficial do Instituto de Educação de Tianjin. Ele é o cunhado de Luo Gan, um dos altos funcionários que participaram ativamente da perseguição ao Falun Gong. No artigo, ele citou um caso que atacava fraudulentamente o Falun Gong.O caso foi abordado pela TV de Pequim e foi comprovada sua falsidade em 1998.

O Regulamento sobre a Administração da Publicação afirma claramente que, quando uma informação incorreta é publicada em jornais ou revistas e causa prejuízo aos direitos de uma pessoa ou de uma pessoa jurídica, a parte interessada tem o direito de pedir uma desculpa ou registrar uma ação judicial pública. A partir de 18 de abril, os praticantes começaram a ir ao Colégio de Educação de Tianjin para explicar o que era o Falun Gong e esperavam que a redação pudesse fazer uma correção.

Na manhã de 21 de abril, Linda foi ao Tianjin Education College de sua escola (Universidade de Ciência e Tecnologia de Tianjin).

O Colégio de Educação estava cheio de praticantes, velhos e jovens, homens e mulheres. Todos estavam quietos ou liam livros.

"Eu me lembrei que estava muito quente naquele dia. Alguns praticantes estavam lá desde 18 de abril e já permaneciam por quatro dias. O Colégio de Educação estava pacífico e silencioso".

Quando o escritório editorial foi esclarecido sobre o Falun Gong e estava prestes a publicar uma desculpa, de repente, o Departamento de Segurança Pública de Tianjin mobilizou a polícia antimotim em 23 e 24 de abril para agredir e retirar os praticantes. Quarenta e cinco praticantes foram presos. Linda lembrou: "Às 5 horas do dia 23, os oficiais do Escritório de Segurança Pública de Heping anunciaram que a reunião era ilegal. Às 8 da noite, cerca de trezentos policiais vieram. Dois praticantes que estava na frente foram arrastados e espancados. Alguns praticantes foram jogadosnos carros da polícia".

Alguns praticantes pediram que a polícia libertasse aqueles que foram presos, mas o governo da cidade de Tianjin lhes disse que não poderiam fazê-lo sem a permissão do Departamento de Segurança Pública de Pequim. O escritório de apelação do governo de Tianjin também disse aos praticantes que a prisão foi ordenada pelo governo central e os praticantes deveriam ir ao escritório de recursos do departamento estadual para expressar suas opiniões.

Em 25 de abril de 1999, cerca de 10 mil praticantes foram ao escritório de recursos em Pequim. Este evento foi mais tarde descrito como "Falun Gong atacando o governo central" pelos porta-vozes do Partido Comunista Chinês e usado como uma desculpa para iniciar uma perseguição estatal ao Falun Gong em 20 de julho de 1999.

Após 25 de abril, o secretário do partido no departamento de Linda informou-lhe que ela seria removida pelo Partido e teria que escrever um "relatório de ideologia" se continuasse a praticar o Falun Gong. Antes do secretário sair, ele disse a Linda: "Em dois meses, acredito que você irá parar a prática, não importa o que você faça". Ela não sabia o que ele queria dizer até a perseguição começar em 20 de julho.

Nos nove anos após 1999, ela não passou muito tempo com o marido, que também era praticante. Eles foram para três cidades diferentes e perderam seus empregos quatro vezes. Eles testemunharam a morte de cinco praticantes depois de serem torturados por sua crença. Muitos praticantes foram espancados até ficarem incapacitados e muitos outros foram presos. Toda a família do cunhado de Linda praticava Falun Gong. Oito deles foram presos, deixando um idoso e duas jovens crianças em casa.

"Em 2004, meu cunhado foi preso em uma prisão na Mongólia Interior. Ele foi torturado até que seus olhos ficassem desidratados e quase caíssem. A prisão teve que liber-lo". Linda visitou seu cunhado depois. Ela o viu morando em uma cabana que não havia nada dentro dela.

Em julho de 2008, Linda e sua família se mudaram para Melbourne e a vida de sem-teto na China terminou. Eles começaram a praticar novamente e são livres para acreditar no que eles querem, como na maioria dos países do mundo.