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Praticante ocidental: minhas primeiras experiências com o Dafa

14 de novembro de 2005 |   Por uma praticante do Falun Dafa no Canadá

Saudações,

Estou estudando o Fa há dois anos e meio. Durante muitos anos eu troquei uma verdade por outra. Ao procurar fora o propósito da minha vida, continuamente eu vinha encontrando somente o contrário.

Somente quando eu tive o desejo de encontrar a verdade universal, minha vida tomou um novo rumo. A minha jornada começou com uma viagem de 8 horas para ajudar minha mãe a cuidar do meu padrasto que estava na UTI em Ontário do Norte. Ele ficou em tratamento intensivo por quase um mês. Frequentemente minha mãe falava que queria que eu conhecesse uma enfermeira de quem meu padrasto realmente gostava.

Quando finalmente nos encontramos, era como se já nos conhecêssemos. Trocamos ideias e, como ela falou do Falun Gong, eu fiquei encantada com o que ela me disse. Ela me convidou para assistir ao vídeo de uma conferência em um quarto vazio do hospital. Fiquei surpresa com o que aprendi e na noite seguinte consegui voltar para a Segunda Conferência.

Quando o meu padrasto faleceu, fiquei surpresa com o quão forte eu estava me sentindo, e não era uma confusão mental. Eu fiquei para dar apoio à minha família. Apesar de demorar um mês para voltar para casa, li muitas vezes o material sobre o Falun Dafa que a amável enfermeira tinha me dado. Eu ansiava por mais, mas ainda não tinha percebido o que estava sendo oferecido para mim.

Uma vez em casa, tentei adquirir o Zhuan Falun, mas as livrarias não podiam encomendá-lo para mim, e o meu computador estava com problemas, então não pude acessá-lo pela Internet. Então, depois que o meu computador foi consertado, tentei imprimir o Zhuan Falun da Internet, mas minha impressora começou a apresentar defeito. Isso continuou por cerca de uma semana. Eu disse em voz alta para mim: nada vai me impedir. Então a impressora de repente começou a imprimir minha primeira cópia da incrível sabedoria do Mestre.

Tive sorte de estar sozinha em casa, e li durante dias. Tive dificuldade para imprimir o livro. Chorei quando percebi que esta era a Verdade Universal que eu desejara há algumas semanas. Falun Dafa era o começo de uma busca de toda uma vida para encontrar o meu verdadeiro eu.

Eu compartilhei a nova Verdade que adquiri com amigos e família com entusiasmo, mas eles disseram: "Agora, o que você está fazendo?" Durante algum tempo minha família criou dificuldades para mim e o meu marido achava que eu estava perdendo tempo.

Passaram-se dois meses. Aprendi os exercícios e todos os dias eu lia artigos e palestras do site Clearwisdom. Decidi ligar para o número no folheto que a enfermeira havia me dado. A voz suave do outro lado da linha disse que haveria uma conferência no fim de semana prolongado em maio e que eu poderia ficar com ela. Eu me senti muito animada. Mas depois que eu desliguei o telefone, pensei, não posso ir, meu marido simplesmente saiu da cidade e eu prometi cuidar e levar nossos netos à feira, mas é muito longe, é uma viagem muito cara e é amanhã.

Mas, embora a minha mente estivesse cheia de desculpas, nunca havido me sentido tão animada. Liguei para uma agência de viagens e eles me deram o último assento em um voo, a um preço razoável. Em poucas horas fiz tudo o que era preciso fazer. Em seguida, na manhã seguinte eu dirigi 8 horas para Toronto para pegar o voo para Vancouver para a conferência.

A minha família não podia acreditar no que eu estava fazendo e nem eu poderia. Eu lhes garanti que isso estava certo. Eu não conhecia uma alma quando saí do avião e não sabia se eu iria ficar, mas ainda me sentia como se estivesse sendo guiada por uma força invisível e compassiva, e então eu segui com ela.

Havia praticantes chineses que se cumprimentavam entre eles e a mim, como se fôssemos uma família, e alguns me ofereceram um lugar para ficar. Entrei em uma perua van com estranhos que não falavam muito bem o inglês, mas eu confiava no universo para me guiar. Fui para um hotel econômico conseguir um quarto e o motorista me deu o número de seu telefone celular no caso de eu me perder. Na manhã seguinte, após fazer alguns exercícios, fui ao saguão e fiquei surpresa ao ver três praticantes da Espanha esperando pelo mesmo motorista.

Fomos conduzidos para um grande parque e atrás de nós foram montados banners de diferentes países para demonstrarmos os exercícios. Então pela primeira vez eu participei do desfile com mais de 2 mil praticantes. Houve tantas experiências incríveis naquele fim de semana, mas obviamente, o que se destacou mais foi a conferência da troca de experiências.

Depois de ouvir as histórias de benevolência e usufruir da confiança entre os companheiros praticantes, eu sabia que estava no lugar certo na hora certa. Então o Mestre Li entrou. Senti uma energia tão impressionante que foi como estar dentro de uma bolha de alegria, e lágrimas rolaram pelo meu rosto. O que eu aprendi naquele fim de semana foi que os praticantes, em qualquer lugar que fosse eles tratavam as pessoas com bondade, e que o Mestre estava aqui para nos trazer a salvação.

Na noite em que cheguei em casa passei por uma limpeza corporal de 2 horas. Meu corpo ficou tremendo, arrepiado em espasmos e eu estava encharcada de suor e com um frio congelante. Enquanto eu estava ali, totalmente acordada, agradeci ao Mestre pela purificação. Nos dois últimos anos e durante os exercícios, passei por muitas purificações de corpo e percebi que meu carma era enorme, e como o Mestre era benevolente em me ajudar.

No início, quando eu lia sobre as três coisas que o Mestre pedia, eu não me sentia segura sobre como abordar as pessoas para esclarecer a verdade. Depois de tudo, há exatamente sete meses, eu deixei por 30 minutos na cidade mais próxima, de propósito, em direção ao bosque para fugir do mundo corrompido. Agora eu sabia que tinha que mudar o meu pensamento. Eu tinha a responsabilidade de ajudar os outros a conhecer o Fa. Os sites do Dafa e a comunicação dos praticantes por meio da Internet me ajudaram a me manter atualizada e em contato com minha nova família de colegas praticantes.

Senti que apenas distribuindo panfletos algumas vezes por semana eu não estava fazendo o suficiente. Eu decidi me oferecer como voluntária na Finnish Rest Home (uma casa de repouso finlandesa na cidade). Quando comecei, as coisas pareceram mudar. O meu marido começou a ler o Zhuan Falun. Ele tinha lido cerca de três capítulos, mas quando teve que sair novamente da cidade para trabalhar, não encontrou mais tempo para terminá-lo.

Eu soube que o Falun Gong Cross Canada Car Tour for Justice passaria na minha região naquele outono. Senti necessidade de aproveitar a oportunidade para ajudar os praticantes no trabalho deles ao longo da jornada, mas na realidade eles estavam me ajudando. Uma manhã, no meu caminho para a casa de repouso, eu estava pensando em quem seria o nosso prefeito (apensar de eu nem sequer votar). Então, quando parei no sinal vermelho, eu vi um cartaz da próxima eleição para prefeito, e rapidamente anotei o nome do nosso prefeito como referência.

Algum tempo se passou, e era hora de ir para casa. Saí do elevador e vi um grupo grande de pessoas. Então me lembrei do rosto do cartaz eleitoral, e reconheci o prefeito! Como ele conversava com os moradores no lar de idosos, eu rapidamente fui para o meu carro e peguei um pacote de material informativo. Eu sorri feliz para mim mesma e em meu coração eu agradeci ao Mestre por esta oportunidade de esclarecer a verdade.

Esperei pacientemente o prefeito terminar de falar, e então eu me aproximei dele. Ele se sentou comigo enquanto eu esclarecia a verdade. Contei-lhe sobre o Cross Canada Car Tour for Justice e pedi para ele dar um depoimento. Ele disse que achava que as questões de direitos humanos na China estavam melhorando e que não podia me dar um depoimento, mas aceitou o pacote de material e um VCD. O prefeito então me disse para ligar para o seu escritório para um encontro.

Quando o grupo do Cross Canada Car Tour for Justice chegou, eu preparei cartazes e uma mesa de informações em frente à praça de alimentação em um grande shopping. Não havia muitas pessoas quando estávamos preparando, mas então, de repente o shopping ficou cheio de gente. O tempo passou rapidamente enquanto demonstramos os exercícios e esclarecemos a verdade. Depois fomos apressadamente para o encontro com o prefeito. Um praticante ficou no shopping enquanto o outro praticante e eu fomos ao encontro.

À medida que o outro praticante esclarecia a verdade para o prefeito, tive a oportunidade de notar seus pensamentos retos no trabalho. O prefeito pediu à sua secretária para pegar o arquivo sobre a China. A secretária trouxe vários livretos. Um deles dizia que uma coisa como: Falun Gong é um [termo difamatório omitido aqui]. Ele nos perguntou se isso era a respeito de nós. Quando dissemos a ele que fazia parte da propaganda de ódio emitida pelo Partido Comunista Chinês (PCC) que havíamos dito, de repente ele ficou esclarecido com relação as mentiras do PCC. Ele disse: "Eu vou lhe dar o depoimento”.

O meu marido estava feliz em conhecer e conversar com os outros praticantes do Dafa. Nós conversamos sobre a conferência em Atlanta, Geórgia e decidimos ir. Na conferência, meu marido ficou surpreso com todas as pessoas amáveis e confiáveis, e comprou seu próprio exemplar do Zhuan Falun.

Na primavera, solicitei o depoimento oficialmente, sem saber como era o processo. Enquanto eu estava preparando a minha solicitação para a reunião do conselho, recebi um telefonema do prefeito me pedindo para não falar sobre a perseguição. Quando entrei na reunião do conselho, havia cerca de 50 pessoas e câmeras de TV. Eu estava tão nervosa que mal podia respirar. Nunca fui boa em falar na frente de um grupo de pessoas. Para acalmar meu coração eu me virei e mentalmente recitei as fórmulas para pensamentos retos.

À medida que as outras declarações eram lidas, eu me sentia mais confiante e relaxada. Finalmente, foi a minha vez e só levou alguns momentos. Eu respeitei o pedido do prefeito e embora eu quisesse dizer mais, só falei sobre o quão bom era o Dafa. No final da minha apresentação, passei panfletos para os membros do conselho. Senti que tinha conseguido algo bom, mas não poderia ter feito sem a ajuda de meus colegas praticantes e, claro, do Fa. No último mês de maio, quando celebramos o Dia do Falun Dafa, a enfermeira que me falou pela primeira vez sobre o Falun Dafa viajou 8 horas de ônibus para ajudar a fazer do dia um sucesso.

Em 2005, eu pedi outra declaração, e não teve problema. Para poder colocar folhetos em cada assento, e entregar um folheto para as pessoas que estavam na sala, cheguei cedo à reunião. Havia câmeras de pelo menos 4 diferentes estações de TV e uma estação de rádio. E enquanto eu esperava a minha vez, enviei pensamentos retos.

Ninguém havia me telefonado para dizer o que não deveria ser colocado na minha declaração, então escrevi um artigo completo sobre a perseguição, expondo a propaganda da China e como eu vinha recebendo telefonemas de propagandas hostis da China. Quando o prefeito entrou, eu o vi olhando para mim. Senti que ele estava se perguntando o que eu ia dizer. De repente eu comecei a ter dúvidas, e me perguntei se eu deveria ler toda a apresentação ou deixar de fora algumas partes.

A minha vez veio rapidamente. Ao ler a apresentação, eu notei que alguns dos conselheiros olhavam os panfletos na frente deles e alguns pareciam desprovidos de envolvimento, mas percebi que sem dúvida fazia diferença. Então, eu não tive dúvida de que eu deveria ler o artigo inteiro. A sala estava em silêncio. O prefeito não sabia o que dizer no início, mas então, ele disse que eu estava profundamente comprometida com a minha crença e ele leu o artigo. Tudo parecia estar se acomodando em seu lugar para o Dia do Falun Dafa, e conseguimos uma sala enorme em um centro popular da comunidade para a exibição de arte.

Embora meu marido não tivesse terminado de ler o Zhuan Falun, ele apoiava totalmente tudo o que eu fazia. Já que ele estaria na região a negócios, se ofereceu para buscar as pinturas em Toronto. Isso foi no dia anterior à exposição. Ele sofreu interferências contínuas e estava ficando bastante frustrado, mas não desistiu. Depois das pinturas terem sido colocadas no caminhão para o transporte, ele conseguiu chegar sem mais problemas.

De volta para casa, eu liguei para verificar a sala, e foi-nos dito que tínhamos sido transferidos para uma sala menor, e que só tínhamos uma hora para prepará-la porque tinham recebido uma doação para fazer uma reforma no quarto maior, e que tinha de ser feito naquela semana. Eu me recusei a reconhecer qualquer interferência. Após isso, tudo correu bem. A mesma amável enfermeira se voluntariou novamente, juntamente com outros dois praticantes, viajaram 8 horas para ajudar com a exposição de arte. Eles chegaram na noite anterior. Ficamos todos felizes ao ver meu marido chegar não muito tempo depois, ao ver que estava tendo oportunidade de relaxar e participar. Na manhã seguinte, depois dos pensamentos retos, estávamos preparados para o grande dia.

Naquele dia foram plantadas sementes do Dafa em muitos corações. Até mesmo meus dois netos ajudaram. Aos quatro anos, meu neto distribuiu panfletos e minha neta, de dez, mostrou às pessoas como fazer flores de lótus. Muitas crianças foram atraídas para a sala e até mesmo induziram seus pais a entrar. Meus filhos e meu marido vieram para ver a exposição e, quando terminou, também ajudaram na arrumação.

Eu me senti realmente honrada por ter sido capaz de testemunhar a exibição de arte com os colegas praticantes, e juntos, como um corpo, esclarecer a verdade. O Dia do Falun Dafa foi bem sucedido devido aos esforços de muitas pessoas incríveis. Não tenho dúvida de que o Fa guia nossos pensamentos retos, e cabe a nós rejeitar qualquer coisa que não seja boa. Vejo o Fa mudar minha vida e estou aprendendo a elevar o meu xinxing.

Quando eu sinto que não estou tão diligente quanto deveria ser, ler o que outros praticantes compartilham me encoraja a ficar focada e seguir em frente. Aprendi que manter meus pensamentos retos e enviar pensamentos retos especialmente antes de fazer algo importante para o Dafa, ajuda a clarear o caminho. Quando leio sobre outros praticantes fazendo tanto pelo Dafa, e como eles estão compartilhando e lendo juntos, eu me sinto feliz por eles e penso em como eles são sortudos. Mas eu percebo que o Mestre tem um plano para todos nós, não importa onde vivemos ou nosso lugar na sociedade. Mesmo nos bosques onde eu moro há oportunidades e tribulações. Eu sinto que não é por sorte ou por acaso, mas que estamos predestinados a conhecer o Fa.

Nas minhas viagens nos últimos dois anos, eu nunca encontrei um praticante que não fosse verdadeiro, compassivo e tolerante.

Aprendi a confiar no universo sem expectativas e a fazer o que precisa ser feito. Eu nunca me sinto sozinha em minha nova vida predestinada, sabendo que todos nós somos partículas do Dafa, conectados como um corpo pelo bem de todos. Sei que,com o Mestre, somos todos uma partícula do seu Pensamento Reto.